8 – Vagabond
Vagabond é um título super valorizado pelos fãs de ação histórica e vem sendo publicado desde 1999. O mangá é premiado e vendeu mais de 82 milhões de cópias no mundo todo. Ele foi escrito e ilustrado pelo talentoso Inoue Takehiko, baseado em um romance de Eiji Yoshikawa sobre um herói japonês lendário que realmente existiu. Os gêneros da obra são, além dos já citados: aventura, drama, samurai e seinen.
A história de Vagabond conta sobre como, no século 16 no Japão, um jovem espadachim chamado Shinmei Takezou sobrevive a uma batalha entre clãs poderosos.
Devido à sua aparência meio grosseira e áspera, além de sua personalidade selvagem e violenta, Takezou era visto como uma criança demônio para moradores locais. Fugindo de casa aos 17 anos de idade, Takezou se junta ao exército Toyotomi para lutar contra o clã Tokugawa na batalha de Sekigahara. No entanto, o clã Tokugawa obtém uma vitória esmagadora, levando a quase trezentos anos de governo shogunato. Takezou e seu amigo conseguem sobreviver na batalha e juntos juram fazer de suas vidas memoráveis. No entanto, após seus caminhos se separarem, Takezou é acusado de um suposto assassinato, se tornando um criminoso procurado, e acaba mudando de nome e de natureza para conseguir escapar de uma morte infame.
Comentando pessoalmente: Se me perguntarem, eu definitivamente não me vejo como fã de seinen. Tenho estômago fraco e críticas fortes para cenas excessivamente nuas e sanguinolentas, então na maioria dos casos acho histórias desse gênero bem perturbadoras. Mas fui bem surpreendida por Vagabond, que escapa desse sensacionalismo e apresenta a mais pura arte do gênero. As cenas de luta são impressionantes e pouco a pouco o enredo vai te prendendo na história. O começo dela me pareceu um pouco confuso, mas logo vai se desenvolvendo e passa a se tornar cada vez mais interessante. O personagem principal também se desenvolve bastante e as lutas vão melhorando muito também nesse processo, que inclusive cria uma conexão maior entre leitor e protagonista – o que faz você torcer por ele, mesmo quando ele toma alguns caminhos errados. Não posso me aventurar a falar muito mais que isso porque apenas comecei a ler, mas concordo com as críticas no que diz respeito à história ser mesmo brilhante, muito bem desenhada e muito bem escrita. Para quem curte batalhas sangrentas de espada, histórias chocantemente realistas e ótimos personagens, Vagabond cai como uma luva. Acho que no mais, as críticas desse clássico dos quadrinhos falam por si mesmas.
O mangá está nas bancas por R$17,90, com distribuição mensal e média de 250 páginas em papel off-set. A série está em andamento no Japão com 37 volumes. O único problema é que ela entrou em hiato em maio do ano passado ): O negócio agora é torcer pra o hiato acabar antes da publicação brasileira alcançar a original, assim todo mundo fica feliz, hahaha!
Débora é musicista, professora de artes, pesquisadora de sociologia de gênero. Autoproclamada otaku-não-fedida e gamer casual. A alcunha de Liao veio de um site aleatório de geração de nomes japoneses (Liao é chinês, mas tudo bem).
