De novo, outra vez nos traz infinitos universos e infinitas maneiras de se apaixonar!

Em De novo, outra vez, escrito por E. Lockhart, acompanhamos a história de Adelaide que, depois de enfrentar uma tragédia familiar e de ter seu coração partido, torna seu verão praticamente em passar os dias no internato, cuidando dos cachorros dos professores. Só que esse verão vai se estender não só através de dias e meses, mas de várias realidades paralelas repletas de possibilidades. Inclusive, é num desses passeios que Adelaide encontra (ou melhor, reencontra) Jack, um garoto bonito e interessante, que anos atrás tinha escrito um poema para ela, até hoje guardado em sua carteira. Será que com Jack ela vai conseguir se abrir ― para o amor e para a vida?

História

Diante do enredo que já adiantamos para vocês, podemos ver Adelaide – LITERALMENTE – explorando os rumos que a sua vida pode tomar: por quem ela pode se apaixonar, como suas noites podem terminar…

Não há como especificar em detalhes o que acontece em cada um dos universos porque traríamos spoilers da história, mas basicamente, cada vez que há um acontecimento, temos várias versões diferentes, dependendo da “dimensão” em que ele acontece.

Independente das possibilidades diante do mesmo acontecimento, podemos ver Adelaide lidando com seus problemas, decepções e traumas familiares, aprendendo a se abrir e dar uma nova chance para a vida.

Imagens: divulgação

É verdade que pela sinopse achamos que o livro se resume a um romance, mas, em verdade, o protagonismo é todo de Adelaide, no qual vemos coisas que poderiam ter acontecido, coisas que nunca aconteceram – tudo dependendo das escolhas que ela fez.

Além disso, a história traz a complexidade das emoções: amor, medo, raiva, luto. E o que prevalece? Depende da dimensão.

Vale a pena?

O intuito de De novo, outra vez é mostrar que há felicidade e tristeza em todos os universos, afinal, para cada “sim” houve um “não”, para cada escolha, houve uma renúncia.

O ponto negativo é que foi um pouco demorado até entender a dinâmica da leitura e entender qual foi de fato o tópico da questão, mas depois de um tempo dá para se acostumar com o formato de escrita. O livro é curto e tem muito o que refletir, o que demanda bastante concentração – e até mesmo uma leitura bem pausada, pouco fluída.

Mesmo assim, o livro traz uma escolha para o leitor, cabendo a ele decidir em qual dimensão Adelaide realmente esteve, porque nunca fica especificado o que realmente aconteceu, retratando apenas acontecimentos e momentos que aconteceram de forma diferente em cada universo.

Ainda que seja um pouco confuso, a reflexão por trás do livro é realmente interessante. Vale a leitura, já que a proposta é diferente do que costumamos encontrar por aí.


Curtiu? Então leia também: Dica de Leitura: O Experimento do Amor Verdadeiro

Compartilhe: