Coffee Talk Episode 2: Hibiscus & Butterfly veio para aquecer o coração!
Em 2020, o jogo indie Coffee Talk foi lançado com aclamação discreta, mas entusiástica. Nele, você joga como uma pessoa barista sem rosto que atende a uma variedade de clientes interessantes, em uma Seattle povoada por raças fantásticas: elfos, orcs, anões e até sereianos. Pense no Midnight Diner, mas com café e fantasia. Foi uma experiência incrivelmente confortável que me deixou desejando mais.
Agora, finalmente temos mais no Coffee Talk Episódio 2: Hibiscus & Butterfly. Embora os dados salvos não sejam transferidos, o jogo começa três anos após os eventos do último, com o elenco completo retornando, ao lado de alguns rostos novos. Enquanto eu já estava animado para voltar ao mundo do Coffee Talk, fiquei tão agradavelmente surpresa ao descobrir que esta franquia só melhorou com o Episódio 2.
As alegrias do café (e comunidade)
Semelhante ao jogo VA-11 Hall-A de 2016 (embora significativamente menos weeby), Coffee Talk opera em duas mecânicas principais: narrativa no estilo Visual Novel e criatividade na cozinha – ou, neste caso, criatividade no café expresso bar.
A cada dia de jogo, você encontra uma variedade de personagens que passam pelo seu café noturno (que é o homônimo do jogo, Coffee Talk) e que gradualmente se abrem para você, assim como para os outros clientes rotativos. No primeiro jogo, o patrono mais constante era Freya, a jornalista de cabelos verdes que dependia de você para seu expresso noturno. Mas no Episódio 2, Freya está viajando a negócios, então você tem mais chance de conhecer o elenco de apoio.
E meu deus, a escrita no Episódio 2 é surpreendentemente boa. Já era bom no primeiro jogo, mas de uma forma muito casual e com apostas baixas. O Episódio 2 vai muito mais fundo em seus temas centrais e nas histórias de fundo de seus personagens, de uma forma que reflete o quanto os desenvolvedores (Toge Productions) se preocupam com esta franquia.
Por exemplo, aprendemos muito mais sobre um dos meus personagens favoritos, o modelo vampiro Hyde. No primeiro jogo, Hyde era uma pessoa enigmática e deliciosamente mal-intencionada, que preenchia o cenário fantástico do jogo com seu vampirismo e trazia um toque de tédio ao elenco. Mas no episódio 2, nós o conhecemos em um nível mais profundo, descobrindo que sua conexão conosco, o Barista, é mais profunda do que poderíamos ter percebido. Ele também aparece com mais frequência e fornece mais um papel de apoio para o resto do elenco, atuando como a voz áspera, mas sábia, da razão de que todo mundo precisa.
Os novos personagens também são surpreendentemente profundos e estou impressionado com a facilidade com que combinam com o elenco atual. Temos Lucas, um e-boy sátiro que parece apenas mais um TikTok-er irritante na superfície, mas que rapidamente se torna bastante cativante, e então temos Riona, a garota-propaganda banshee do episódio 2, que eu pessoalmente achei incrivelmente atraente e gostei de conhecer enquanto jogava. E, claro, há Amanda, a prima alienígena de Silver, membro do elenco alienígena do primeiro jogo, que vem à Terra para acertar dois coelhos com uma cajadada só: 1) aprender algo sobre terráqueos e 2) ajudar seu primo.
Em relação à jogabilidade real, porém, devo dizer que há algo tão satisfatório em servir uma boa xícara de chá para alguém de quem você gosta, e a coisa divertida sobre Coffee Talk é que fazer a bebida “certa” é um quebra-cabeça por si só. Às vezes, o jogo vai dizer de antemão o que o cliente quer: um café com leite e mel. Outras vezes, você terá que descobrir qual bebida fazer com base em uma variedade de pistas, variando de bastante específico (algo quente e doce) a bastante vago (colorido e novo).
É um processo muito divertido que, reconhecidamente, faz você se sentir mal quando não acerta o que o cliente está pedindo no momento exato em que ele pede. Isso ocorre apenas porque parece que a xícara de café certa resolve muitos problemas para eles no momento em que precisam. Pode parecer uma maneira estranha de implementar uma mecânica de jogo, mas garanto que é muito divertido e satisfatório. Este é especialmente o caso quando uma combinação de ingredientes resulta em uma bebida “única”, em vez de um “café com X e X” genérico. Uma das minhas novas bebidas favoritas é um “Bee N ‘Buzzy”: um latte de mel com um favo de mel aninhado no topo.
Eles também introduziram uma nova função de jogo onde você pode dar itens aos personagens que eles deixam para você diretamente ou deixam para trás. O jogo não lembra desses itens até você estragar uma oportunidade de devolvê-los, então demorei um pouco para me acostumar, mas é uma mecânica interessante que adiciona outro nível de interação à história.
A história em si? Quase não quero falar muito, porque é o tipo de história que é melhor vivenciada por você mesmo. Não é inovador, mas é bastante comovente, e a maneira como o mundo é configurado é intrigante: Toge usou a fantasia para fazer um paralelo com os dilemas socioculturais da vida real de uma forma que parece realmente natural e nada desajeitada. O primeiro jogo teve a ver com racismo e desigualdade; este jogo tem mais a ver com alienação social e, como amo uma boa escrita, posso atestar o fato de que eles fizeram um ótimo trabalho com esses temas.
Você deveria jogar?
Se você está procurando uma experiência emocionante para relaxar, eu realmente não posso recomendar o Coffee Talk o suficiente. Em particular, acho que o episódio 2 é fenomenal e mais do que digno do seu tempo, embora o primeiro jogo ainda se mantenha muito bem e valha a pena correr, apenas para obter mais contexto para a sequência. O melhor desses jogos também é que eles têm MUITO valor de repetição, com vários finais, dependendo de quais bebidas você serve e quando. Você realmente ganha muito dinheiro, especialmente com o episódio 2!
Houve uma série de dicas expositivas que lançaram as bases para um terceiro jogo, pelo qual estou mantendo meus dedos cruzados! Coffee Talk Episode 2: Hibiscus & Butterfly já está se preparando para ser um dos meus jogos do ano, e estou ansioso para ver o que a Toge Productions fará com ele a seguir.
Matéria traduzida e adaptada de The Mary Sue
Saiba mais sobre Coffee Talk no GG!
Graduada em Jornalismo e Jogos Digitais e pós-graduada em Mídia Digitais. RP de games. Fã de As Crônicas de Gelo e Fogo, Tolkien, Fables, Miyazaki, Okami, Dragon Age, Mass Effect e Horizon Zero Dawn/Forbidden West. Divido meu tempo livre com os meus vícios em séries, filmes, livros, webtoon, quadrinhos e games.
