Um drama belíssimo sobre maternidade, sem todo o glamour imposto à ela.
Essa resenha contém spoilers!
Se tem algo que todos nós sabemos sobre a maternidade, é que se trata de um dos relacionamentos mais intrincados, frustrantes e às vezes bonitos que já experimentamos em nossas vidas. The Good Bad Mother, pode ser o K-drama mais lindo ofertado nos últimos tempos. Ele separa as sutilezas e explora as nuances das relações entre mãe e filho de maneira igualmente vulnerável, pessoal e instigante.
Ra Mi-ran é a nossa matriarca principal da série, Young-soon, uma mulher que carrega muitas dores e mãe solteira de seu filho adulto, Kang-ho (Lee Do-hyun, do The Glory).
Sua história começa na Coreia do Sul dos anos 80, onde Young-soon – então uma artista – é pedida em casamento por seu marido e criador de porcos, Choi Hae-shik (Jo Jin-woong), com um leitão. Como o destino quis para o casal, a fazenda de Hae-shik é incendiada por uma empresa que quer demolir propriedades para abrir caminho para as Olimpíadas de Seul.
A tragédia acontece quando o marido de Young-soon decide continuar lutando por sua fazenda e não aceita vendê-la, o que resulta em seu assassinato, que é encenado para parecer um suicídio. Grávida, Young-soon agora está sozinha para cuidar de si e de seu filho.
Assim que Kang-ho nasce, somos apresentados a todas as facetas do relacionamento caótico de Young-soon e Kang-ho. Durante os episódios, assistimos a trechos de acontecimentos dolorosamente crus da adolescência de Kang-ho. Eles lutam um pelo outro contra os valentões da escola, sobre os exames de admissão da faculdade e sobre as primeiras paixões. Young-soon cria um filho para ser um “vencedor” e isso mais tarde acarreta uma sequência pesada de fatos.
Como em qualquer relacionamento mãe e filho, Young-soon e Kang-ho nem sempre concordam, nem se entendem o tempo todo, mas há amor organizado e involuntário em cada interação.
A séria dá o pontapé inicial quando Kang-ho atinge a idade adulta, depois de se mudar de sua cidade natal para o interior para seguir carreira como promotor na cidade. Quando finalmente somos apanhados nos eventos do presente, Kang-ho está executando um plano estranho para um caso em que ele aparentemente (também estranhamente) mata uma mulher e uma criança. Mais tarde, ele relutantemente volta para casa para buscar a ajuda de Young-soon a fim de realizar o restante de seus esquemas.
Embora seu relacionamento com a mãe seja distante, tanto física quanto emocionalmente, ela o recebe de todo o coração, espalhando a notícia para seus companheiros de vila que organizam uma festa de boas-vindas para Kang-ho. Enquanto ele amarra sua mãe quase distante de volta à sua vida para ganho pessoal, os dois passam por uma nova fase difícil quando se conhecem novamente.
A série é não romantiza a maternidade! Ambos os personagens têm uma história tão carregada que apenas o outro pode entender, então assistir a essa história enquanto as probabilidades estão contra eles, parece um reflexo de nossos relacionamentos pessoais.
E o romance? Temos!
De volta à sua cidade após o acidente, Kang Ho revê sua amiga de infância Mi Joo, conhecida por seu coração caloroso e forte senso de justiça, essa relação irá levá-los a uma experiência transformadora.
Preparem os lencinhos e mantenham a terapia em dia, porque esse drama vai mexer em todas as suas gavetas! Um verdadeiro desbunde de roteiro e atuação.
Aqui, deixo meu agradecimento especial pra Rê (irmã) que me deu sua visão sobre o k-drama e enriqueceu ainda mais essa resenha. ( ˘ ³˘)♥
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♥ Até a próxima! ♥
Uma mistura ambulante de aleatoriedades. Escreve sobre tudo o tempo todo, fala sozinha mais do que o normal e vai de Literatura brasileira à Dramas asiáticos num suspiro. Professora aposentada por opção, é completamente apaixonada pelas palavras e por plantas. Tudo isso enquanto é mãe, esposa e estudante.