Essa semana caiu na internet um vídeo que está se tornando bem popular na timeline do Twitter e do Facebook. Você provavalmente já deve ter visto o tal vídeo em que Riley, uma adorável menininha de 5 anos, questiona o sexismo na indústria dos brinquedos.
No vídeo, gravado pelo pai em uma loja de brinquedos, Riley expõe seu ponto de vista e toda sua frustração por “não achar justo meninas terem que comprar coisas cor de rosa enquanto meninos podem ter coisas de todas as outras cores”.
Pra quem ainda não viu, confira o vídeo abaixo (para ver a legenda é có clicar no CC na barrinha do youtube) :

Riley tem 5 anos, mora em Nova York e já questiona mais do que muito adulto por aí.
Ela não entende porque não pode gostar de super-heróis e porque deve querer comprar tudo cor de rosa. Afinal, tem tantas outras cores tão legais por aí, por que eu vou querer tudo de uma cor só?
Riley mostra que nossas crianças ainda tem esperança e estão ficando cada vez mais espertas.
Quando eu ganhei minha primeira bicicleta foi uma grande frustração pra mim. Ela não era rosa, era azul. E azul não era de menina, aquela bicicleta era de menino. (mesmo com todas as margaridas desenhadas nela)
Meu pai, na tentativa de me fazer gostar da bicicleta, encheu ela de adesivos coloridos. E eu percebi que tinha ficado legal, e era uma bicicleta única, toda personalizada com adesivos e muito mais legal do que as outras bicicletas. E todos viveram felizes para sempre.
E talvez muitos de vocês não tenham reparado, mas já perceberam que o Garotas Geeks não tem o rosa como sua cor principal? Isso foi propositalmente pensado antes de criarmos o blog. Achamos que o roxo mostraria a nossa feminilidade, e o verde-água daria um toque mais vivo e descontraído, quebrando um pouco o estereótipo “garotas-gostam-de-rosa”.

Mas afinal, quem disse que meninas gostam de rosa e meninos gostam de azul?
A rede de TV BBC produziu um documentário para tentar explicar esse estereótipo que nós conhecemos, principalmente, desde a década de 50. Acontece que existe uma tendência universal de preferência pelo azul e uma rejeição para verdes amarelados. Esse mesmo estudo mostrou reações positivas a componentes azul-amarelos e mulheres também reagiram positivamente aos vermelhos-verdes. Partindo desses resultados, quando você combina essas duas tendências, obtém o rosa. Não se convenceu? É, nós também não.
Mas Steve Palmer, psicólogo da Stanford University, na Califórnia, fez vários estudos sobre o assunto e concluiu que as cores de que gostamos dependem das coisas de que gostamos. “A base para nossas preferências são as interações emocionais com objetos à nossa volta”.
Por exemplo: Os pais compram os brinquedos, mas nós achamos que são os colegas quem exercem maior pressão. A influência dos colegas nessa idade é muito grande, maior do que a dos pais. (entendeu o meu problema com a minha bicicleta? =/)
Segundo a psicóloga Melissa Hines, da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, os pais tendem a querer o que os filhos querem: se a filha quer um brinquedo rosa, há grandes chances de que seus pais comprem o brinquedo daquela cor. “Isto se torna um círculo vicioso”. A criança quer uma coisa rosa, os pais compram a coisa rosa, a criança aprende a gostar da coisa rosa.
Com isso, as meninas estão sendo incentivadas a ficar longe dos brinquedos neutros – que ajudam a criança a desenvolver a inteligência analítica e espacial – e a cor rosa é usada para indicar quais brinquedos elas devem escolher.
E é aí que a Riley aparece para mostrar que ela pode SIM trocar uma boneca por homem-aranha se ela quiser. E os pais devem entender isso.
Sua filha não gostar de rosa não a faz menos menina, muito pelo contrário, faz dela uma menina inteligente e com personalidade que prefere ser diferente de todas as outras.
E as Garotas Geeks desejam que ainda existam muito mais Rileys no mundo! (:

Obs: E se você também acha que a Riley lembra fisicamente a @TheRealGiovana quando pequena, põe a mão aqui. LOL

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