Preparem os lencinhos e sentem confortavelmente que lá vem um review’zão bem completo especialmente para vocês! <3

Para os que ficaram órfãos após o fim de Child of light, a Ubisoft não hesitou em nos fazer felizes: em menos de dois meses do lançamento de seu último jogo “a la game-arte”, Valiant Hearts: The Great War veio para nos consolar (ou nos deixar mais tristes ainda, o que é mais provável). Desenvolvido pelo estúdio Ubisoft Montpellier, responsável pelas franquias Rayman Legends (Origins e Raving Rabbids também), Beyond Good and Evil e ZombiU, o jogo foi lançado mundialmente dia 25 de junho. Apesar da Ubisoft ter anunciado há alguns bons meses, só fui conhecê-lo na E3 mês passado, mas logo soube que iria ser um dos jogos mais marcantes e deprimentes que jogaria.

(Recomendo altamente ver em tela cheia e com fones de ouvido)

Emocionante, não? Respira fundo e segue adiante que ainda tem mais review pela frente.

Na época que vi faltava aproximadamente um mês para o lançamento. Quando ficou disponível para compra na PSN enlouqueci e tive que sair correndo para comprar o cartãozinho de saldo e colocar – e esse foi um dos investimentos em jogos que mais valeu a pena, tanto que se eu pudesse colocar o titulo dessa postagem mais extenso e fiel ao que estou sentindo, iria inserir “[Review] Você precisa, necessita – mesmo ainda não sabendo – de verdade, sem falta e prá’ ontem jogar Valiant Hearts: The Great War”.

No centenário da primeira guerra mundial, a equipe da Ubisoft Montpellier decidiu prestar homenagem aos mortos em batalha e ao sofrimento de milhares de pessoas envolvidas. De jogos que se passam em guerras o mercado já está mais do que saturado. Temos “zilhões” de Call of Duty, Battlefield, Medal of Honor, Counter Strike, Wolfenstein e afins para todos os gostos, mas quase nenhum deles assume a abordagem que Valiant Hearts teve. Inspirado pelas cartas trocadas por soldados e seus entes queridos no período entre 1914 e 1918, optaram por tratar do lado mais humano e sensível, que muitas vezes é esquecido nos jogos de guerra da atualidade focados na matança desenfreada (que também é legal, mas às vezes é bom inovar, certo?).

Famílias sofrendo pelos efeitos da guerra (intoxicação por gás, fome e doenças)
Famílias sofrendo pelos efeitos da guerra (intoxicação por gás, fome e doenças)

Tá, falei, falei escrevi, escrevi, mas do que se trata?

Aí vai um resumo: é um game de ação em plataforma 2D side-scroll envolvendo puzzles bastante intuitivo e criativo, com uma temática para lá de interessante e uma baita lição de história da primeira guerra mundial que nenhum colégio vai te ensinar (pelo menos não de forma tão detalhada). Mostra, imparcialmente, a guerra pela visão de quatro soldados de nacionalidades diferentes, todos envolvidos no mesmo pesadelo que parece não ter fim. Nenhuma nação é vilã aqui. Ninguém é feliz em meio a um conflito traumatizante como esse, pode haver pessoas mais frias ou ruins, mas não dá para generalizar sem pensar no drama pessoal dos soldados, grande parte ali por obrigação, com seus temores, saudade de casa, frio e fome, e foi esse cuidado de não tomar partido que tornou o título tão especial. Se você procurava um jogo para explodir cabeças de adversários, não é aqui que vai encontrar.

História

França, 1914 – declaração de entrada na guerra
França, 1914 – declaração de entrada na guerra

O jogo é dividido em quatro grandes capítulos subdivididos em sete etapas, passando pelas datas e combates memoráveis da guerra, como a batalha de Verdun, Neuve-Chapelle e Marne, contando através de textos e diários revelados no decorrer do game os fatos históricos pelos quais os protagonistas estão vivenciando. O enredo é focado no período entre 1914 e 1918, tempo de duração da primeira guerra mundial, e é uma aula de história para quem está interessado e disposto a ler todos os documentos presentes no jogo. A comovente história tem seu inicio em 1º agosto de 1914. Após o assassinato de Franz Ferdinand, banda arquiduque do império austro-húngaro, o império alemão declarou guerra à Rússia. Por conta de alianças estabelecidas, a França já se preparava para o conflito. Horas após o anúncio da mobilização geral, civis alemães vivendo na França são solicitados a deixar o país, e Karl – um jovem alemão que encontrou na terra dos croissants seu amor Marie – é um deles. Como se já não fosse ruim o suficiente (sempre pode piorar), dias após a saída de Karl, Emile – pai de Marie – é convocado para juntar-se às tropas francesas, deixando a filha sozinha na fazenda com seu neto e a colheita para cuidar.

Militares forçando a saída de Karl da França
Militares forçando a saída de Karl da França

O enredo é centrado na vida dos personagens, acompanhando sua evolução desde a chamada para servir, até o treinamento e suas batalhas, perdas e ganhos, exercendo seus papéis como combatente, médico ou prisioneiro de guerra (POW). Retrata a vida nas trincheiras, bastante complicada devido ao frio, água suja e barro (ambiente propício para doenças muito comuns na época, como disenteria, tifo ou cólera).

Carta enviada por Emile à Marie no começo de seu treino militar
Carta enviada por Emile à Marie no começo de seu treino militar

Enviar cartas era o único meio de comunicação dos soldados (rádio e telefone eram de uso exclusivo para fins militares), portanto era gratuito para os envolvidos em guerra. Durante o período de 1914 a 1918 mais de 10 bilhões de cartas e cartões postais foram trocados entre as pessoas que se amavam – entes queridos, famílias, namorados e amigos. O momento em que os carteiros chegavam era de euforia, trazendo notícias e reforçando as esperanças de todos (True Story).

Personagens

O jogo é protagonizado por cinco personagens com destinos entrelaçados e compartilhados que buscam aliviar a dor de estar longe de quem amam, deixando de lado nacionalidade, raça e espécie, e se ajudando para completar seus objetivos. Você acaba se apegando demais, ficando difícil não se emocionar com os momentos de tensão vividos.

valiant-hearts-emile

Emile (1871)
Francês, 57 anos. Vive em uma fazenda em Saint Mihiel na França com sua filha Marie, seu genro Karl e Victor, o recém-nascido neto. Chamado para servir o exercito francês poucos dias após a declaração de guerra em 1914.

 

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Karl (1896)
Alemão, 18 anos. Tem um pequeno filho chamado Victor com Marie, filha de Emile, e vivem juntos em Saint Mihiel. Foi obrigado a retornar ao seu país para servir ao exercito alemão no conflito.

 

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Freddie (1881)
Americano, 33 anos. Original de La Place em Louisiana, saiu de seu país para viver seu amor com Margaret na França. Alistou-se no exercito francês após a guerra estourar, desejando vingança. É combatente de linha de frente.

 

valiant-hearts-annaAnna (1891)
Belga, 23 anos. Nascida em Ieper (Ypres) na Bélgica, mudou-se para Paris para estudar veterinária. Filha de um importante engenheiro, deixou a França durante a batalha de Marne (06 de setembro de 1914) para ir atrás de seu pai. Tornou-se médica durante a guerra, auxiliando na recuperação de feridos.

valiant-hearts-walt Walt (-)
Doberman criado na Alemanha e treinado para ser útil ao exercito como um cão de resgate. Por desvios do destino, entra na vida de Emile e acaba por acompanhar os protagonistas em suas jornadas, sempre pronto para auxiliar no que for preciso. Honra o ditado “o cão é o melhor amigo do homem”

Os cães na primeira guerra mundial e inspirações para a criação de Walt
Os cães da primeira guerra mundial e inspirações para a criação de Walt

Um fato interessante de observar sobre os personagens é que cada um fala sua língua materna, mas ambos se entendem através de gestos ou expressões. É engraçado que no inicio não entendemos nada, parece um idioma inventado, misturando palavras em francês com inglês e um “resmunguês”. Com o tempo dá para perceber bem marcadas suas origens, até compreender Emile falando um “merci mon ami” (obrigado meu amigo) entre outras frases (é um diferencial, pois é bizarro como na maioria das vezes todo mundo fala a mesma língua não importando suas origens).

Arte

A arte foi inspirada em Comic Books (revistas em quadrinhos), utilizando de forma muito intuitiva a comunicação através de balões e quadros. A única escrita que vemos são trivia de objetos, fatos históricos ou diários.

Diálogos entre personagens através de balões
Diálogos entre personagens através de balões

Para tratar de um tema extremamente pesado e delicado como a guerra de uma forma sensível e tão leve quanto possível, são inseridos elementos cômicos, como os movimentos exagerados e espalhafatosos dos oficiais aos berros, ou até mesmo Freddie, um homem moreno alto, bonito e sensual que talvez seja a solução dos seus problemas grande e forte correndo com os braços curtinhos encolhidos. Isso deu uma amenizada à tensão do jogo.

Lucky Freddie, esse é O cara!
Lucky Freddie, esse é O cara!

Novamente vemos aqui a ferramenta de criação usada UBIart Framework, desenvolvida pela Ubisoft que permite a animação a partir das ilustrações de forma rápida e prática, tornando possível o uso de artes quase que completamente conceituais e deixando o jogo com ar leve e fantástico.

Ambiente de trabalho da equipe e... OLHA O BUTTEEEEEEEEEEEERS!
Ambiente de trabalho da equipe e… OLHA O BUTTEEEEEEEEEEEERS!

Em momentos de tensão e batalhas, são utilizados 50 tons de cinza e sépia com pouco contraste, dando aquele clima de fotos antigas, enquanto em momentos um pouco mais amigáveis são utilizados tons suaves de outras cores, com pouca saturação e brilho nas cenas. Até mesmo no uniforme vermelho dos soldados optaram por um tom mais próximo ao laranja para não tornar tão agressivas as cores, pois o cenário já é bastante hostil.Outro fator interessante e que tomaram um cuidado especial foi com os olhos. Nos adultos eles não aparecem nunca no período da guerra – somente nas crianças ou em flashbacks em épocas de felicidade. É provável uma interpretação livre de relação com a inocência, pois as crianças não entendem o que está acontecendo, e os adultos naquela época não esperavam que sua felicidade fosse acabar (talvez até um pouco de ingenuidade). Agora, destruídos pela guerra, seus olhos estão escondidos, não desejando enxergar o que o mundo se tornou – altamente poética essa interpretação, me puxei (hohohoho).

Jogabilidade

Valiant Hearts é a prova viva de que um jogo não precisa de tutoriais enormes lotados de textos para que o jogador entenda o que deve ser feito. Demonstra em poucas imagens o problema e isso basta – aí encaixa bem o ditado “uma imagem pode falar mais que mil palavras”. A jogabilidade é um misto genial de mecânicas diferentes que casaram muito bem, dando um toque todo especial à Valiant Hearts. Cada personagem assume uma característica própria e peculiar no seu modo de jogo, mas para todos muitas vezes é necessário usar de suas habilidades stealth para atravessar diversos obstáculos sem ser notado pelas tropas inimigas. Emile conta com a ajuda de Walt, seu fiel companheiro, e uma tigela/pá, e é quem vai fazer sua jornada muitas vezes por baixo da terra, nos labirintos e trincheiras, e como prisioneiro de guerra, auxiliando nas atividades cotidianas. A interação com Walt, o cão, se dá pelo pressionamento de um botão para as ações: é iniciado um modo de “visão canina” em preto e branco, como supõe-se ser a visão dos cães. De todos os jogos que lembro com animais ajudando em que o jogador não tem total controle, com certeza esse foi o que mais deu certo (apesar de eu ser do contra e também curtir um bom e velho Agro, de Shadow of the Colossus). A resposta de Walt aos comandos é espetacular – você aperta um botão para chamar e ele vem para perto, você o manda fazer algo e ELE VAI. Perfeito <3

Freddie entra na linha de frente ao campo de batalha, com seu alicate super útil para cortar arames farpados e controlando equipes e tanques. É o líder nato, corajoso e destemido para completar sua vingança. Alguns objetos encontrados no meio do caminho podem ser arremessados, lembrando Worms no sistema de mira. Anna assume o cuidado dos feridos em batalha e a direção de seu táxi, acrescentando novas mecânicas e dando um toque único para o jogo.

Taxis de La Marne - Recriação do momento histórico que relata as caronas de táxi aos soldados para frente de batalha em Marne, 1914.
Taxis de La Marne – Recriação do momento histórico que relata as caronas de táxi aos soldados para frente de batalha em Marne, 1914.

As corridas de táxi são embaladas ao som de músicas clássicas sangue’nos’óio. O objetivo aqui é desviar dos obstáculos do caminho – uma das partes mais entusiasmantes e que dá vontade de jogar várias vezes, tentando não levar nenhuma porrada – o que aliás é uma conquista/troféu. No modo de tratamento dos feridos, O jogador deve apertar o botão no mesmo compasso dos batimentos cardíacos (para quem está acostumado com jogos de ritmo vai ser barbada!).

Tratamento de feridos em campo
Tratamento de feridos em campo

E Karl… Bem, sobre o Karl é melhor ficar na surpresa 😉
Os desafios são relativamente fáceis, mas não tão óbvios que tenham perdido a graça. Exigem um reconhecimento prévio do local para identificar os itens disponíveis e barreiras na passagem, assim o jogador deve usar a lógica para resolver os problemas. É divertido juntar os itens e tentar imaginar como o personagem pode torná-los uteis, por exemplo improvisando uma muleta com uma pá ou coisas do tipo.

Trilha sonora

A trilha sonora é poética, formada por um time de diversos compositores talentosos, fechando perfeitamente com cada momento do jogo. O som do piano ganha espaço em cenas emocionantes, e algumas músicas adquirem significado tão grande após certos atos, que fica difícil de não se emocionar relembrando.

Dá uma curtida na musica de menu do jogo, “Little Trinketry” de Daniel Jacob Peter, para já sentir do que estamos falando aqui:

Ian Livingstone é responsável pela composição da música tema do jogo, “No Adrenaline” posteriormente renomeada para o álbum como “Dream Within Dreams” – aquela mesma do trailer da E3 no inicio desse review. Fez um trabalho de mestre em captar o espírito do jogo e adicionar – e muito – na nossa experiência.

Comentamos semana passada no review de Contrast a boa ação do pessoal da Compulsion Games, e hoje quem merece o troféu “Good Guy” é Ian Livingstone. Ele está levantando fundos através do site Just Giving auxiliando o projeto beneficente CLIMB (Crianças que vivem com problemas metabólicos hereditários). Você pode doar o que achar justo em troca de uma cópia da partitura de piano do tema do jogo. Dá uma escutada de novo, e se você se sensibilizar, quem sabe não dá uma mãozinha também? 🙂

Colecionáveis e Trivia

Para cada capítulo há itens espalhados pelos cenários, com significados e sentimentos incrustados: eram parte de pessoas que estão servindo, que já morreram ou que deixaram seus pertencem para trás em desespero ao fugir do conflito. Os coletando é possível adquirir mais conhecimento sobre a época ali representada. São inspirados em objetos existentes em museus ou conseguidos com a ajuda dos fãs através do projeto Memorabilia (‘guenta só mais um pouco que logo vamos falar aqui).

Dog Tag de um soldado morto em batalha
Dog Tag de um soldado morto em batalha

São mais de 100 colecionáveis, alguns bem fáceis de achar e à vista, outros escondidos, necessitando do faro e patas de Walt para desenterrar. Neles há trivia sobre artefatos criados ou usados em batalha, como as tão conhecidas Dog Tags – um pingente metálico de ferro com nome, país de origem e data de inscrição para identificar com facilidade soldados derrubados em batalha ou levados como reféns.

Pegue o pombo, pegue o pombo, pegue o pombo... agora! Muttley estaria orgulhoso de Valiant Hearts
Pegue o pombo, pegue o pombo, pegue o pombo… agora! Muttley estaria orgulhoso de Valiant Hearts

Memorabilia

Artigos escolhidos para fazer parte da história de Valiant Hearts
Artigos escolhidos para fazer parte da história de Valiant Hearts

No meio do projeto a equipe resolveu aproximar mais os fãs, criando um tipo concurso no qual pediram à comunidade que enviassem imagens de seus artigos memoráveis de família que achassem que deviam ser imortalizados no jogo. Após a seleção, foram ilustrados dois dos objetos selecionados, e o vídeo abaixo mostra um pedaço do processo de ilustração deles.

Bacana a intenção, só é meio desanimador lançar os fãs “ao mar” e escolher só dois no fim.

Personagem misterioso

Para quem acompanhou há mais tempo ou quem fez uma breve pesquisa na internet pode ter visto junto com os atuais protagonistas outro integrante encapuzado vestido de laranja. Pois bem, isso non ecziste mais, pelo menos não da maneira como foi planejado. Inicialmente ele seria inserido como um soldado encarregado por pilotar aviões, mas sem experiência para tal. Não sabemos qual seriam seus objetivos ou como ele desenvolveria sua relação com os outros personagens, mas acabou se tornando um item descartado no evoluir do projeto, fazendo só uma pequena participação especial em um momento específico do game.

Uma das imagens divulgadas em diversos sites, que deixou muitos leitores e jogadores confusos
Uma das imagens divulgadas em diversos sites, que deixou muitos leitores e jogadores confusos

Pontos negativos

Não há, simples assim.

Aparentemente o jogo pode demorar a iniciar na versão de PC. Acompanhei em forum as reclamações de algumas pessoas que sequer conseguiram iniciar o jogo devido a requisitos que o Uplay obriga a ter, mas aí isso não é exatamente algo ruim do jogo em si (como uma jogabilidade falha ou história fraca – características completamente contrárias a Valiant Hearts).

Bom trabalho sendo fantástico, Valiant Hearts!
Bom trabalho sendo fantástico, Valiant Hearts!

Conclusão:

O jogo merece a medalha de masterpiece. Com certeza jogaria ele agora (e já) novamente só para poder aproveitar um pouco mais. É épico em todos os sentidos da palavra. Zerei em torno de 08 a 10 horas, lendo todos os documentos disponíveis (Gotta read ‘em all!) e pegando quase todos os colecionáveis. Acredito que para fazer tudo deva levar umas 15 horas no máximo dos máximos. É curtinho, mas todas as horas foram bem aproveitadas sem enrolação, te prendendo do inicio ao fim. E por falar em final… QUE FINAL! Os ninjas cortadores de cebola visitaram meu quarto e me fizeram chorar litros, rios, oceanos. Agora para saber se é de alegria (por tudo dar certo) ou tristeza (autoexplicativo) você descobre jogando, então corre lá e aproveita que vale cada centavo!

Conta com legendas em português e está disponível para compra pela PlayStatyon Network para PS3 e PS4 – (R$ 30,99), Steam (R$ 34,99), Xbox Live para XBOX 360 (R$ 29) e XBOX ONE (R$ 35) e na Uplay (R$ 34,99)

Para os que já zeraram e querem compartilhar suas emoções e criticas aqui comigo, segue o baile:

[spoiler]

War makes men mad…

O game não deixa pontas soltas pelo caminho, mas queria saber de vocês se esperaram algum momento antes de dar a “pázada” fatal no oficial? Fiquei pensando se existia algum outro desfecho, pois eu não hesitei nem meio segundo para matar aquele &*@#$%.
E o capítulo final… Why? Sério, demorei alguns minutos para pegar no controle e conseguir seguir em frente. Caminhar para a própria execução, bem ao estilo Crisis Core: Final Fantasy VII (ok, beeem menos trágico que o Crisis Core) foi demais para o meu coraçãozinho depois de me apegar aos personagens. Chorei rios pelo Emile, ainda mais com aquele narrador falando com tanto peso e sofrimento na voz (palmas eternas para ele). Até acho que se fosse o Freddie seria menos doloroso, pois ele estaria indo “encontrar a esposa” ou algo que desse uma desculpa bobinha para nos deixar felizes apesar de tudo, mas o Emile sempre foi bonzinho do inicio ao fim… #sad
Pelo menos não foi o Karl, pois daí seria um jogo inteiro desperdiçado tentando salvá-lo. Emile parte com a consciência leve de que cumpriu com o seu objetivo e conseguiu aproveitar muito na vida ao lado de sua família.

Sei que ele não irá voltar (todos choram), mas ficou uma centelha de esperança para os que também imploram por um novo jogo. No meio dos créditos não acharam que dá a entender que vai sair uma continuação com o Lucky Freddie? No minuto 4:18 do final, parece que o americano continuará lutando em outra guerra, o que me deixa triste por ele não poder ficar em paz com a memória de sua esposa, mas FUCK YEAH OUTRO JOGO!

Ainda estou com aquele gostinho de “o que faço da minha vida agora que acabou?”.

[/spoiler]

E aí, quem mais compartilha desse sentimento comigo? 🙂

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