Vamos resolver uma dúvida interessante.

Um Pokémon domesticado costuma passar a maior parte do tempo dentro de uma Pokébola, e todos os treinadores, em algum momento de sua vida acabam se perguntando: os monstrinhos envelhecem dentro das Pokébolas ou ficam em estado de animação suspensa até a hora que devem entrar em uma batalha? Seria muito mais fácil para a franquia Pokémon nunca ter de lidar com o tema morte, mas a GameFreak decidiu mergulhar a fundo no tema, desde a cidade de Lavender em Pokémon Red e Blue.

A cidade de Lavender é o local onde os Pokémon são enterrados, e locais como a Torre Pokémon estão recheados de pessoas de luto por seus companheiros. A Pokédex também faz referência a Pokémon caçando uns aos outros para alimentação, assim como o fato de humanos comerem Pokémon, sendo que Farfetch’ds e Sharpedos são dois excelentes exemplos de espécies vítimas dessa prática. Slowpokes têm suas caudas decepadas e o anime já apresentou Magikarps filetados nos sonhos dos protagonistas Brock e Ash.

E o anime também já apresentou Pokémon de diferentes idades, do Pikachu surfista ao Scyther de Tracey, durante as temporadas das Ilhas Laranja. Em Pokémon Sun & Moon, temos a tocante cena do Stoutland falecendo por conta da sua idade. Apesar dos jogos não possuírem mecânicas de envelhecimento, salvo em uma interpretação extensiva das mecânicas de “breeding” e dos pokémon bebês. E isso ajuda a levantar os questionamentos sobre o envelhecimento dos monstrinhos quando recolhidos em suas Pokébolas, e teorias dos fãs apontam que um “estado de animação suspensa” dentro das Pokébolas poderia explicar a falta de envelhecimento das criaturas nos jogos.

Mas na verdade, há muito tempo já temos uma resposta canônica acerca do que existe dentro da Pokébola. O compositor e diretor de longa data da franquia, Junichi Masuda, afirmou em entrevista para a Kotaku que o interior de uma Pokébola é o equivalente a uma suíte de luxo de um hotel de alta classe. Isso sugere que os Pokémon estão relaxando dentro de suas Pokébolas enquanto continuam conscientes dos seus arredores, aguardando um chamado para a ação. As mecânicas desse local não foram explicadas, uma vez que o interior da Pokébola parece vazio, mas se as criaturinhas podem ser digitalizadas e enviadas pelo computador (ou armazenadas em um), por que tal processo não poderia valer também para o armazenamento de um ambiente confortável para os monstrinhos?

Também temos que considerar a questão do dano de veneno. Quando um Pokémon é envenenado em batalha, ele continua a sofrer danos até que seja tratado com um antídoto ou levado a um Centro Pokémon. O dano acontece com base nos passos do jogador, assim como a mecânica de “breeding” que leva em conta os passos para determinar o tempo necessário para um ovo chocar. Com isso, podemos entender que existe de fato a passagem de tempo. Caso contrário, se o Pokémon de fato estivesse em animação suspensa, ele não poderia sofrer danos após o fim da batalha.

Por isso, podemos afirmar com certa segurança que os Pokémon envelhecem dentro das Pokébolas, ainda que não exista mecânica com esse efeito nos jogos.


Fonte: Screenrant

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