Vem entender o por quê!

À medida que a era dos heróis se desenrola em 2021, vimos o renascimento da personagem da DC, Nubia, bem como a primeira representação em live-action de Fóton, da Marvel. Ambas são inovadoras.

** Spoilers de WandaVision. **

A autora L.L. McKinney está responsável por trazer Nubia de volta ao reino dos quadrinhos em Nubia: Real One e em A Imortal Mulher Maravilha, a série Future State da DC Comics lançada no início deste ano.

Como alguém que conhece a personagem de Nubia há anos, foi incrível vê-la ser destacada desta forma. Sua origem como gêmea de Diana Prince sempre foi tratada de forma estranha em alguns casos, mas McKinney traz isso à luz, ilustrando que Nubia é igual a Diana em todos os sentidos.

A irmandade delas é real, embora seja complicada. Eu amo esse lembrete, e para aqueles que não estão familiarizados com a longa história da personagem (já que ela estreou lá em 1973, afinal de contas), Nubia: Real One permite que as pessoas vejam isso sendo tratado pela mão amorosa de McKinney, com a fantástica arte de Robyn Smith trazendo tudo para a vida.

Em A Imortal Mulher Maravilha, temos outra camada de Nubia, também com a escrita de McKinney. Nessa HQ, vemos que Nubia assumiu o manto de Mulher Maravilha enquanto Diana governa Themyscira, e elas não estão em bons termos. Mas enquanto Nubia está protegendo a Terra, os personagens de fundo vão demonstrando a riqueza da construção desse mundo, principalmente quando Nubia procura pela orientação da Tia Nancy (também conhecida como Anansi).

Anansi é uma das figuras mais importantes do folclore da África Ocidental, afro-americana e negra caribenha. Ao incluir esse personagem literalmente como uma Tia nesta HQ, é uma forma impecável ​​de ver a história de Núbia florescer com especificidade negra, sob as mãos de uma autora negra. Além do mais, um trabalho foi feito para homenagear Núbia como uma princesa amazona, ao mesmo tempo que permitiu que ela fosse uma mulher negra com um rico mito dentro dessa identidade. É uma coisa muito bonita de se ler, especialmente porque ela também é uma heroína que arrasa.

Imagem: DC Comics

Com a Marvel e a Disney+ lançando WandaVision, uma das maravilhas mais inesperadas foi assistir Monica Rambeau passar por uma das melhores histórias de origem heroica no universo cinematográfico da Marvel enquanto a atriz Teyonah Parris também arrasa em cada cena interpretando a personagem.

Quando Capitã Marvel foi lançado e vimos a primeira aparição de Maria Rambeau, sabíamos que a versão heroína de Monica não demoraria a aparecer também. Nos quadrinhos, Monica foi a segunda Capitã Marvel antes de receber os nomes posteriores de Fóton e Espectro, alusões ao fato de que ela pode se transformar em qualquer forma de energia dentro do espectro eletromagnético.

Apesar de fazer parte da história de Wanda, Monica se configurou como uma espécie de heroína empática. Ela entende a dor de Wanda e ao invés de agir com violência, ela busca entender a pessoa à parte de toda esta situação de feitiço. No último episódio, quando vimos Monica se recompor por meio de pura força de vontade e senso de identidade, eu fiquei arrepiada.

A Marvel e a DC ainda não nos deram muitas super-heroínas negras nos telões, mas nos quadrinhos e na televisão está provando que existe um anseio de ver essas lendas femininas dos quadrinhos receberem créditos.


Texto traduzido do The Mary Sue.

Compartilhe: