Confira a crítica!

O Disney+ está chegando ao Brasil hoje (17), com o catálogo reunindo todo conteúdo da empresa e franquias populares da Marvel, Pixar e Star Wars. E claro, a estreia de uma das maiores apostas do serviço de streamin, High School Musical: O Musical: A Série, que traz de volta o doce gostinho da famosa trilogia de filmes lançada no início dos anos 2000.

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A série é pensada para agradar um novo nicho de consumidores, incluindo os fãs do produto original (que estão mais velhos), os novos devotos e o pessoal que até hoje ainda torce o nariz. Logo, o cenário ocasionou a inovação por parte da Disney com uma espécie de releitura e não necessariamente uma continuação ou remake. Ressaltando, as produções que fazem sucesso hoje não são as mesmas dos anos 2000.

Além disso, a Disney aparenta ter noção sobre o público que faz piada sobre o seu produto. No episódio piloto o roteiro contorna a situação levando para o lado engraçado. Há falas de personagens alegando que assistiram ao primeiro filme incontáveis vezes, mas apenas os vinte minutos iniciais das continuações, e aqueles que odeiam musicais e nunca assistiram o filme. O nome da série também faz uma brincadeira com dois subtítulos.

O primeiro episódio se apresenta de forma nostálgica, mas sem deixar de lado sua história

Assim como o que já foi apresentado no trailer e nas imagens de divulgação. A trama começa com um triângulo amoroso com Nini Salazar (Olivia Rodrigo), Ricky Bowen (Joshua Bassett) e E.J. Caswell (Matt Cornett). Os três são estudantes da East High — escola onde ocorreu a gravação dos filmes High School Musical — motivação para a nova professora Miss Jenn (Kate Reinders) querer trazer isso para a produção do teatro de inverno. Outra personagem que ganha um destaque no primeiro episódio é a Gina Porter (Sofia Wylie) com indícios de ser a vilã da trama.

A pegada de “reality show” ou “semi documentário” foi algo bem assertivo. Muitas séries e filmes estão recebendo feedbacks positivos com essa pegada de quebrar barreiras e conectar de forma mais íntima os personagens com o telespectador, ou seja, conseguimos saber o que está se passando na cabeça deles.

Da mesma forma que em nosso mundo a vida de Gabriella e Troy é vista como obra de ficção, no mundo deles a situação é a mesma. Isso é mais uma forma de tornarmos íntimos, mesmo que subconscientemente. A ideia de “reality” também trás um certo conforto tanto para os consumidores desse mercado, quanto para a introdução do filme HSM.

Clichês deste tipo de produção não são deixados de lado, afinal, iniciamos o piloto com o um triângulo amoroso e a sensação de que todo mundo sabe cantar, independente de ser nerd, tímido, atleta, etc. Neste caso, há o público que irá amar isso e obviamente os que irão detestar. Cabe aguardar que o roteiro não decepcione no desenvolvimento dos personagens, que a propósito estão diversificados.

Falando nisso, uma coisa que incomoda nas produções de Hollywood, envolve o quesito aparência dos personagens relacionado a idade. Em alguns filmes — por mais que o papel seja de um adolescente do primeiro ano — a caracterização parece mais um jovem com 24 anos ou mais. No caso desta série, é possível sentir que são estudantes do ensino médio. O elenco de fato conta com adolescentes, mas também inclui atores com mais de 20 anos.

Para finalizar, a questão nostálgica para os fãs é bastante presente. Temos de volta: músicas clássicas, a citação dos personagens, cenas do filme, capa de DVD e claro o mesmo cenário do filme. Além disso, todos esses elementos são introduzidos de forma sucinta, com a cantoria aparecendo com uma desejável naturalidade.

O primeiro episódio entrega bem a proposta e desperta a curiosidade “do que acontecerá a seguir”. Confira o trailer:

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