Adaptação da HQ, de mesmo nome, tinha sido cancelada pela Disney!

A animação Nimona passou por mudanças de estúdio, censuras de um beijo gay e, em 2021, o cancelamento pela Disney após o fechamento do Blue Sky. Sendo assim, o destino desse filme, baseado na HQ de Noelle Stevenson, estava incerto. Mas, a Netflix anunciou que assegurou os direitos da animação e que a estreia está prevista para 2023.

Além disso, Chloë Grace Moretz, Riz Ahmed e Eugene Lee Yang, que estavam envolvidos no projeto da Blue Sky, continuam escalados para dar voz a Nimona, Lorde Ballister Coração-Negro e Sir Ambrosius Ouropelvis, respectivamente. Aliás, Nick Bruno e Troy Quane irão assumir a direção do filme.

Sobre Nimona

Nimona - garotas Geeks
Página do capítulo 1 de Nimona

Nimona começou como uma webcomic no Tumblr em 2012, até ser lançada como graphic novel Editora Intrínseca no Brasil, em 2016.

Premiada com um Eisner, o Oscar dos quadrinhos, a HQ acompanha Nimona, uma garota com poderes metamorfos, que sonhava em trabalhar com um dos maiores vilões de seu mundo, Lorde Ballister Coração Negro. Confira a sinopse da animação:

“Um cavaleiro é acusado por um crime que ele nunca cometeu, e a única pessoa que pode ajudá-lo a garantir sua inocência é Nimona. Uma adolescente que muda de forma que também pode ser um monstro que ele jurou matar. Ambientado em um mundo futurista-medieval como nenhuma outra animação fez anteriormente, essa é uma história de como colocamos rótulos nas pessoas e como uma metaforma se recusa a ser definida por qualquer um”.

Por que a Disney abandonou o projeto?

Nimona - garotas Geeks

Anunciada em 2015, a animação estava sendo produzida pelos estúdios Blue Sky, da Fox, o mesmo responsável por A Era do Gelo (2002). A data de estreia estava prevista para o ano de 2020, mas acabou sendo adiada com a fusão da 20th Century Fox com a Disney. Dessa forma, o projeto seria o primeiro filme da Disney com protagonistas LGBTQ+. Entretanto, com o fechamento do estúdio, o filme, que estava quase pronto, foi engavetado.

“Era um projeto inovador para o estúdio, também para a Disney. O filme tinha dois protagonistas masculinos se beijando, e contava também com uma heroína que desafiava os estereótipos de gênero”, afirmou um funcionário anônimo do estúdio Blue Sky Studios em entrevista ao Buzzfeed.

Segundo relatos de três ex-funcionários da produtora Blue Sky, que conversaram com o Business Insider, a Disney criou caso com elementos LGBTQIA+ do projeto e, particularmente, com o beijo entre Ballister Blackheart e Ambrosius Goldenloin, que têm um relacionamento romântico na graphic novel.

Os ex-funcionários alegaram que a omissão do beijo causou confusão dentro da Blue Sky, causando uma atmosfera estranha no estúdio. O filme já estava 75% completo, e precisava apenas de 10 meses para terminar a produção.

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