Sobrevivência, mutantes, apocalipse e intrigas… quem não queria um RPG assim?

Olá exploradores de terras devastadas,

Quem gosta de RPGs de sobrevivência deve se alegrar hoje, vamos falar de Mutant: Ano Zero, que está para ser lançado aqui no Brasil pela Pensamento Coletivo (que já é a minha editora do coração com o Jadepunk). Ele vem no aniversário de 30 anos do sistema que foi desenvolvido pela editora sueca Fria Ligan, sob licensa da Paradox Entertainment e tem um plot muito rico e interessante. Então vamos ao review!

 

Mutant 3

Porém, a vida persiste. Resquícios da humanidade sobrevivem ao Apocalipse. Na Arca, um pequeno povoado nos limites de uma cidade morta, o Povo vive. Vocês são a cria da humanidade, mas não são exatamente humanos. São imagens distorcidas em uma casa de espelhos, aberrações mutantes. 

 

Num ambiente onde comida e água são escassos e o clima de tensão é constante, o que importa mesmo é sobreviver, se esforçar no seu limite ainda que isso signifique ter consequências extremas. O cenário gira em torno dA Arca, o resquício da humanidade onde você, (humano meio mutante) precariamente habita. O Ancião que antes os orientava a não sair dA Arca agora já não tem mais a mesma saúde de antes e com o grude ficando escasso, passa a ser impossível não sair para explorar novos lugares em busca de sobrevivência e até mesmo de um Éden. Mas a Zona, como é conhecido o mundo lá fora, é cheio de podridão, coisas desconhecidas e resquícios de uma humanidade que um dia existiu. Inexplorado, inabitado (talvez), mas com certeza perigoso.

-Falem sério!? Quem já não está com vontade de jogar?

mutant 2

O sistema conta com rolagens de D6, sendo que o número que você tem de atributo corresponde a quantos dados você vai rolar, muito parecido com o jeito que rolavamos dados nos sistemas de D10. Mas o sistema fica em segundo plano quando o mais emocionante do jogo é o cenário e a proposta da trama, a interação entre jogadores e os outros habitantes da Arca. Pra isso o sistema faz com que você escolha qual a sua relação pessoal com eles, criando vínculos logo de início, facilitando o desenrolar das histórias dos personagens e criando pequenas complexidades nas interpretações. (Aliás determinar vínculos é uma excelente dica para qualquer RPG que você queria começar e ter interações bacanas com os outros jogadores)

E as “classes” jogáveis também são bem características de mundos pós apocalípticos:

  • Batedor – aquele que caminha na Zona em meio a podridão buscando sobreviver
  • Adestrador de Cães – porque sempre é importante ter um companheiro canino e leal
  • Brutamontes – pois cada dia é uma luta para sobreviver
  • Chefão – alguns lideram e outros seguem
  • Cronista- a tarefa de escrever o destino do Povo da arca
  • Engenhoqueiro – transformando artefatos em pedaços em mecanismos funcionais
  • Escravo – porque as vezes é mais fácil não escolher seu destino, ainda que as vezes você sonhe com um lugar melhor
  • Negociante  – porque até no fim do mundo um desses é preciso

Outra coisa muito bacana do sistema são as tabelas de rolagens, que servem tanto para dano quanto na hora de escolher mutações. Essa aleatoriedade no momento de criar o personagem e na hora de receber dano crítico torna o jogo um tanto mais imprevisível. O que, para alguns, pode parecer muito agoniante, mas é a medida certa de incerteza num mundo envolto em perigos. E eu posso garantir que a sensação de necessidade de sobrevivência é bem real, joguei na Stream do Perdidos no Play e quase que comprometemos nossa sobrevivência em UMA PARTIDA! Então podem esperar por duas coisas: Um bom cenário e muita emoção.

Ah, e não esqueçam de contar sobre aventuras de sobrevivência nos comentários e falar de outros sistemas do tipo.
Mutant 4

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