Saiba mais sobre, Pamela Otero, a ex-atriz do Disney Channel, que estreia na Amazon Prime com a série “A Todo Vapor”

A Todo Vapor é uma série independente brasileira, que está disponível na Amazon Prime Video. A produção mistura Steampunk com a nossa cultura e literatura, aliada a uma pegada de mistério e leve terror (Quem tem medo pode ficar tranquilo, que esse é daquele terror que só deixa a gente roendo as unhas de curiosidade).

A série, de oito episódios com duração de cerca de 20 minutos, acompanha a dupla de investigadores Capitu (Thais Barbeiro) e Juca Pirama (Felipe Reis), que são chamados para a cidade do interior Vila Antiga dos Astrônomos, marcada por uma onda de assassinatos misteriosos.

A narrativa se passa em 1900 e isto transparece na paleta de cores e cenários, e claro, na ambientação Steampunk. A série tem uma narrativa transmídia, ou seja, existe em livros, HQs e até mesmo cartas de jogos.

Série A Todo Vapor | Reprodução

Outra coisa que chama atenção na construção da obra são os elementos mágicos presentes, como tarot, símbolos e alguns poderes. Aliás, uma das personagens que possui o poder de falar com os mortos e roubar pensamentos é a Vitória Acauã – uma indígena interpretada pela atriz Pamela Otero, que deu uma entrevista exclusiva às Garotas Geeks!

Acompanhe a entrevista

Garotas Geeks: O que significa para você estar na primeira série Steampunk brasileira? Já conhecia o estilo?

Pamela Otero: Oiê! Um prazer estar aqui com vocês! Amo a ideia de estar na primeira série steampunk brasileira, e eu já conhecia e gostava do estilo! Olha, difícil quem não goste, grande parte das pessoas que converso, às vezes não sabe que esse estilo tem um nome e uma história. Mas amam, a cores, roupas, acessórios ou decoração com o tema!

Saiba mais: o que é Steampunk?

GG: Por que você acha que as pessoas deveriam assistir a série? Quais elementos você acha que se destacam?

PO: Com certeza devem assistir pra prestigiar o audiovisual independentemente, pois é importante para nós! Fazer arte com conteúdo, linguagem e história — mesclando nossa literatura e elementos steampunks de forma independente — é coisa de guerreiro, como muitos artistas no nosso país! Além disso, é importante ter o hábito de valorizar o que é nosso, somos um país com muitos artistas, muita arte! O brasileiro exala arte! Isso precisa ser notado e apreciado por nós!

E claro, valorizar, incentivar e divulgar a arte nacional. Para que possamos ser notados por possíveis patrocinadores e conseguirmos dar continuidade com verba investida e entregar uma segunda temporada melhor ainda!

GG: Qual foi o maior desafio de fazer a sua personagem?

PO: Foi de certa forma tranquilo construir a “minha” Vitória! (nome da personagem). Comecei pela nossa conexão e depois fui estudando pontos mais distantes. Frio na barriga sempre dá, em todo projeto, mas acho que isso me deixa intrigada a sempre estudar mais sobre a obra e personagem!

Além de “A Todo Vapor”, a atriz já participou de trabalhos como Quando Toca o Sino, do Disney Channel, e curtas produzidos e autuados por ela!

Sou uma atriz incansável! Não sobrevivo sem atuar! A TODO VAPOR foi o projeto independente com maior espaço, uma plataforma como AMAZON PRIME VÍDEOS é excelente pro nosso portfólio! Uma grande Vitória! É uma passo importante em minha trajetória!”, conta a atriz.

GG: Em um país que tais produções enfrentam dificuldades, tanto no mercado, como na aceitação do público, como é para você estar em contato com a produção audiovisual brasileira, e até mesmo a literatura brasileira?

PO: Claro que todo projeto independente sempre pode melhorar, e sempre tem quem não goste, não tem o que fazer! Mas o mais importante é saber que estamos contando uma história com boas referências, repleta de cultura. Aos pouquinho vamos mostrar a importância de incentivar o conteúdo do Brasil!

Não é fácil fazer arte aqui, mesmo! Os que permanecem, insistem e conseguem de forma de guerrilha, arregaçando as mangas e fazendo acontecer. São guerreiros, esse empenho por si só já deveria ser visto com bons olhos! A gente aprende muito fazendo o que ama sem incentivo! Mas é desafiador, muitos desistem! Quem não desiste, aprende, amadurece, e chega com boa bagagem nos projetos maiores!

GG: Alguma curiosidade dos bastidores da série?
PO: Olha, fazer uma série de forma independente faz com que todo mundo se envolva mais, com outras tarefas, ajudando como pode, isso nos uniu! Gravamos em muitas locações diferentes, na época eu tinha carro ainda, então sempre ia alguma outra pessoa do elenco e mais pessoas da equipe comigo para as cidades onde seriam as gravações! Nos conectamos muito.

As viagens eram divertidas, compartilhamos gostos musicais, conversávamos sobre a vida! Momentos assim só foram possíveis por ser uma produção onde todo mundo ajudava como podia! Não “só” com o talento específico mas com carro, culinária, casa… Fomos praticamente uma família durante o projeto!

Uma coisa que lembro com carinho foi quando gravamos algumas das diárias na cidade em que minha avó morava. Ela cedeu a casa para algumas pessoas da equipe e, depois de gravar o dia inteiro, todo mundo foi pra lá comer! Vovó faleceu no período de gravações da série… E eu não tenho dúvidas de que um dos dia mais felizes da vida dela foi quando dezenas de artistas (atores, direção, produção, enfim, a equipe toda) ficaram tudo lá na sala dela, jogando papo fora, sentados no chão… Lembro dela feliz vendo os “jóvenes” fazendo arte inteligente.”

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