O Mágico de Oz (1939!!!?? ETAPORRA)

Acho que nada explica tão bem sobre como garotas deveriam assistir esse filme como esse post AQUI, em que a Marina fala sobre uma palestra do TED Talks que explica como o filme O Mágico de Oz ensina sobre masculinidade e feminilidade. Vale muitíssimo a pena dar uma conferida! Decidi que era melhor abrir uma exceção para explicações de sinopse porque esse aqui realmente não tem meio mais efetivo de compreender. Vejam!

Para Sempre Cinderela (1998)

Essa tem de ser a melhor adaptação da história de Cinderela de todos os tempos, certo? Siiiim, a MELHOR de todos os tempos! Eu me lembro de assistir pela primeira vez esse filme, coisa de aproximadamente sete anos atrás, e de me apaixonar pela Danielle na pele de Drew Barrymore, sem nem mesmo saber o porquê. É uma grande proeza quando uma cena consegue grudar na memória de uma criança por muito tempo depois dela assistir ao filme, e ainda assim aquela cena onde Danielle salva o príncipe Henry jogando ele sobre seus ombros e carregando-o floresta afora foi impressionante. Cinderela sempre foi uma personagem muito pouco caracterizada. Sua forma bidimensional foi irrigada com conceitos ultrapassados e um cenário “clássico” teve suas ideias projetadas nela. Danielle e Para Sempre Cinderela retiram a essência do conto de fadas e toma a decisão de fazer uma história integralmente baseada nas ideias de Danielle. Ela não é a donzela, e sim a heroína. Suas decisões é que fazem a história se desenvolver.

Encantadora de Baleias (2002)

Esse é outro filme que só recentemente tive a chance de aproveitar, assim como é outro que gostaria de ter visto quando era mais nova. Paikea cresce na costa leste da Nova Zelândia, onde seu povo acreditou por séculos que apenas os primogênitos dos chefes seriam descendentes de seu adorado ancestral, também chamado Paikea. Quando o irmão da garota morre em seu nascimento, junto de sua mãe, seu avô crê que seu povo está amaldiçoado. Paikea por sua vez tem ideias completamente diferentes, e com sua forte personalidade consegue provar que nasceu para ser líder, independente de seu sexo ou idade. É uma bela, e um pouco assustadora, imagem do preconceito de gênero, mas abordado de forma a não deixar de lado a questão familiar. É uma história sobre abraçar seu destino e ser quem você quiser ser, apontando os holofotes para as pequenas garotas que conseguem sonhar grande.

Caçadoras de Aventuras (1995)

Mais um da série “filmes que marcaram sua infância, mas você não se lembrava do título”. Assisti inúúúmeras vezes na Sessão da Tarde, aposto que muitos de vocês também. Bate até uma nostalgia falar sobre ele, que mostra como Beth e Jody rapidamente se tornam amigas apesar das convenções sociais e preconceitos que envolviam Judy e sua família. Então elas desafiam o mundo com seus espíritos aventureiros e mostram que não é preciso ser Tom Sawyer pra fazer história. Principalmente, não é preciso ser menino. As duas exploram a caverna misteriosa da Montanha do Urso em busca de ouro e passam por situações que ensinam bastante sobre companheirismo, fraternidade e amizade. Que o que importa é estar com quem você ama, não importando quando nem onde.

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E, pra finalizar, não podíamos deixar de falar,  é claro, de:

Mulan ( 1998)

Boa sorte tentando me convencer que Mulan não é a melhor protagonista feminina da Disney de todos os tempos.

Mulan é um dos mais progressistas filmes já feitos pelos estúdios da Disney. Fica óbvio que ela vence no final graças a uma mistura do seu treinamento para a vida caseira e de seu treinamento como guerreira. Ela é complexa, valente e a única “princesa” da Disney que deixei o cinema querendo imitar quando era uma garotinha. Acho importante notar também que levou alguns bons anos para a Disney finalmente entender a crítica da sociedade sobre os estereótipos criados pelas “princesas que tinham como única funcionalidade casar, donzelas em perigo – onde só quem as pode salvar é um príncipe”. Daí surgiram, felizmente, outros filmes tão bons quanto, que deixamos aqui como extras da Disney para assistir: Encantada (2007), Valente (2012), A Princesa e o Sapo (2009), Detona Ralph (2013) e Frozen (2013).

(๑・ω-)～♥”

Espero que tenham gostado da nossa lista! <3

Outras sugestões igualmente ótimas: Matilda (1996), Shrek (2001), A Bússola de Ouro (2007), O Mistério da Ilha (1994), Pequena Miss Sunshine (2006), Driblando o Destino (2002), estreando a Keira Knightley<3, Prova de Fogo (2006), Voando Para Casa (1996), Juno (2007) e A Espada Mágica: A Lenda de Camelot (1998)!!!

Se vocês tiverem outras sugestões, indiquem pra gente aí nos comentários! Ç;

Débora Liao

Débora é musicista, professora de artes, pesquisadora de sociologia de gênero. Autoproclamada otaku-não-fedida e gamer casual. A alcunha de Liao veio de um site aleatório de geração de nomes japoneses (Liao é chinês, mas tudo bem).