Para aproveitar o lançamento do terceiro game da série Dragon Age: Inquisition, no dia 18 de novembro, já vimos tudo sobre Dragon Age: Origins aqui no Garotas Geeks. Agora, vamos falar sobre a sua continuação, Dragon Age 2, para quem ainda não jogou e está pensando se vale a pena antes do terceiro game da série chegar às lojas.
A História
A proposta da história é bem interessante. Dragon Age 2 é contado em flashbacks por Varric, o anão companheiro de Hawke, durante um interrogatório sobre o paradeiro do campeão(ã) de Kirkwall.
A cada acontecimento marcante, a história volta para Varric e sua interrogadora, Cassandra. Ambos estarão presentes em Dragon Age: Inquisition.
O desenvolver da história terá influência a partir de alguns acontecimentos do DAO. O jogador pode importar o seu save do final do jogo para servir de background e, caso não tenham jogado o primeiro game, já existe backgrounds pré-existentes.
No segundo game da série, os Grey Wardens (antiga ordem de guardiões que lutam contra os darkspawns e o Archdemon) desempenham um pequeno papel na aventura e alguns personagens de DAO fazem uma participação especial, incluindo ex-companheiros do herói/heróina de Ferelden.
Varric conta sobre a fuga de Hawke e sua família de Ferelden devido às ameaças dos Darkswpans quando o rei Cailan é traído e morto, cita a vitória do (a) Grey Warden contra o dragão Archdemon e continua anos após os eventos de DAO.
Assim como o primeiro jogo, Dragon Age II possui finais diferentes que vão depender das escolhas do jogador. Aqui, a rivalidade dos templários em relação aos magos está ainda maior e vai levar o jogador a escolher um dos lados.
Criação de Personagens
Assim como em Dragon Age: Origins, a criação do personagem vai interferir em todo o jogo. Dessa vez o jogador é obrigatoriamente um humano, mas pode escolher o sexo e a classe (warrior, rogue ou mage). Só lembrando que cada classe tem seus próprios benefícios.
O jogador deve controlar o(a) personagem Hawke e tem a opção de criá-lo(a) do zero ou utilizar o(a) personagem já pré-existente criado pela BioWare. Acabei escolhendo a segunda opção.
A criação de personagem está bastante similar a de DAO, podendo personalizar aparência, nome e retrato. Estão disponíveis várias opções de cores, cortes de cabelo, barba, cor de pele, dos olhos, etc. A diferença é que neste temos uma variedade bem maior de opções.
O sexo do personagem vai mudar alguns diálogos. Já a classe pode influenciar mais o rumo da história. Dessa vez não existe um background (antecedentes) diferente para cada personagem. Todos vão começar da mesma forma.
Companheiros
Hawke terá vários companheiros durante sua jornada. Dependendo das causas que você apoia e como trata os seus companheiros, você pode aumentar a amizade ou a rivalidade com eles.
Juntam-se ao seu grupo a guerreira humana Aveline, o mago humano Anders, a maga elfa Merril, o guerreiro elfo Fenris, a ladina humana Isabela, o anão ladino Varric e seu irmão ou irmã Carver ou Betânia (vai depender da classe que o jogador escolher).
Novamente, ~love is in the air~ em Dragon Age. Hawke pode se relacionar com alguns de seus companheiros. Ao contrário do primeiro game, o personagem não tem restrições quanto a orientação sexual e o sexo do protagonista. Hawke (homem ou mulher) pode se relacionar com qualquer companheiro disponível para um relacionamento íntimo e discreto. Mais uma vez, a BioWare promovendo o amor sem preconceitos <3
Voltando para o quesito amizade, dependendo das suas ações, os companheiros podem abandoná-lo ou traí-lo. Então tomem cuidado!
O jogador pode escolher até três companheiros para se unir a ele na próxima aventura e pode controlá-los durante as missões. Escolha bem quem vai entrar no seu time. Por exemplo, se você for a favor dos templários, não é muito sábio colocar os magos Anders ou Merril no seu time. Isso com certeza vai aumentar a rivalidade entre vocês.
Dessa vez Hawke e seus companheiros têm moradias que podem ser uma casa, taverna ou uma clínica. Seus dias de acampamento ao ar livre e picadas de mosquito acabaram!
Certos diálogos só irão ocorrer ao visitá-los em suas respectivas moradias e eles podem levá-lo a sidequests dos companheiros. A possibilidade de dar presentes aos seus companheiros é bem restrita, bem restrita meeeeesmo. Ao contrário de DAO que o jogador podia distribuir presentes à vontade para aumentar o nível de aceitação dos companheiros.
Combate
A mecânica de combate continua bastante simples e similar ao primeiro jogo. A porcentagem de ataque é a chance de que um ataque acertará o inimigo e a porcentagem de defesa é a chance de esquivar de um ataque. Isso vai depender da classe, nível, arma, armadura, equipamentos e dos atributos escolhidos para os personagens. É possível utilizar comportamento e táticas de combate para orientar os companheiros como agir durante a luta.
Sempre fiquem de olho na quantidade de vigor/mana que os personagens possuem para soltar golpes especiais e feitiços. Eles são recuperados com o tempo, mas pode ser preciso utilizar poções durante a batalha para recuperá-los mais rapidamente. Os guerreiros recuperam um pouco do vigor quando matam um oponente, ladinos a cada acerto e os magos regeneram mana automaticamente.
Se pelo menos um personagem sobreviver à batalha, os que morreram voltarão à vida, porém com um ferimento que reduz a reserva de saúde. É preciso utilizar o kit de primeiro socorros para curar o personagem. Quando Hawke volta para cara, eles são curados automaticamente.
Pontos Positivos
- Melhoria assombrosa dos gráficos e texturas em relação ao primeiro game da série.
- Dessa vez o(a) personagem do protagonista fala (ainda bem!). Antes existiam várias opções de diálogo que o jogador escolhia e todos os outros personagens tinham áudio, menos o(a) protagonista.
- Melhoria na velocidade dos golpes e magias.
- Opção de um companheiro falar no lugar de Hawke.
Pontos Negativos
- Cenários repetitivos: Temos uma cidade enorme para explorar, mas em compensação as cavernas, esgotos e outros tipos de cenários são exaustivamente reutilizados. O que causa a sensação eu de “já estive aqui algumas
dezenas devezes antes”. - Falta de carisma e pouca opção de conversa com os companheiros: Por não ter muita interação/conversa com os companheiros consequentemente faltou carisma aos personagens. Em DAO, o jogador podia conversar a qualquer hora com eles (algumas conversas só aconteciam no acampamento) e as histórias dos companheiros eram mais interessantes e aprofundadas.
- Bugs: Aconteceram dois bugs comigo. O primeiro foi de uma sidequests que resolveu não aparecer no mapa. Rodei o mapa inteiro e a missão não estava lá. A segunda foi uma sidequest que eu fiz e completei, mas ela ficou se reiniciando.
- Sem opção de troca de armadura/roupa dos companheiros: A única opção é comprar upgrades da armadura/roupa que eles já têm e que só serão liberados para a compra conforme o desenvolvimento do jogo.
- Poucas opções de escolha de diálogos: Em DAO, eram tantas oportunidades de escolha que o jogador ficava em dúvida em qual escolher. Em DA2, só existem três opções: a forma educada/boazinha, sarcástica ou rude. Resumindo: o personagem só pode ter três tipos de personalidade.
Conclusão
Terminei Dragon Age 2 com a sensação de que poderia ser melhor, mas ao mesmo tempo foi bom retornar ao mundo de Ferelden. Dá para matar um pouco a ansiedade até o lançamento de Dragon Age: Inquisition, que pelos trailers e vídeos de criação de personagens promete ser um dos melhores jogos da série.
DA 2 não é um jogo ruim, mas para quem já teve a oportunidade de jogar Dragon Age: Origins, o segundo game não é uma aventura épica tão boa quanto o primeiro. Para quem nunca jogou e, por causa, disso não tem um parâmetro de comparação, o jogo é um excelente RPG. É impossível não comparar ambos os jogos.
O jogo foi desenvolvido pela BioWare e distribuído pela Eletronic Arts, em 2011. Dragon Age 2 está disponível para PC, PS3 e Xbox360.
Confiram o trailer do jogo:
Graduada em Jornalismo e Jogos Digitais e pós-graduada em Mídia Digitais. Fã de As Crônicas de Gelo e Fogo, Tolkien, Fables, Miyazaki, Okami, Dragon Age, Mass Effect e Horizon Zero Dawn/Forbidden West. Divido meu tempo livre com os meus vícios em séries, filmes, livros, webtoon, quadrinhos e games.