Confesso que sou daquelas que passa longe de todos os MOBAs. Dota então… sempre me deu aversão por causa dos jogadores ~ que normalmente são mega hostis com quem está começando a jogar. Acho que abri o jogo umas 2x na minha vida e…foi para nunca mais! Hahahah! Descobri que sou uma Batata com psicológico muito fraco para aturar nego gritando que eu sou uma merda, etc. Mas além disso, acho que eu curto mais jogos finitos que me permitem passar para um próximo sem ficar no vício eterno, o que não me faz achar que Dota é ruim, pelamordedeus, só não me despertou interesse…até hoje!

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Free To Play foi produzido pela própria Valve (linda querida), mostrando um pouco do primeiro campeonato oficial de DOTA2, o The International de 2011. A produção ficou sensacional! É bacana ver que em momentos da competição no jogo tem cenas produzidas especialmente para o filme com os modelos 3D do próprio jogo.

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Para quem não sabe, 2011 foi o primeiro ano com dinheiro altamente relevante em um campeonato de Dota2, dando ao primeiro lugar 1 milhão de dólares. Sim, UM MILHÃO! ~se você acha que isso é muito, relaxa,o PRÉMIO TOTAL ATUAL é de $10,569,753, mas o prêmio total do The International aumenta em $2,50 por cada Compêndio comprado. Ou seja, ainda pode aumentar hahaha!

O documentário fala dos eSports, mas foca em 3 jogadores específicos de algumas equipes do campeonato de DotA 2, contando um pouco do background de cada um. São eles: Danil “Dendi” Ishutin (Na’Vi) da Ucrânia, Benedict “HyHy” Lim (Scythe) de Cingapura e Clinton “Fear” Loomis (Online Kingdom) dos Estados Unidos. Não é fácil ser um gamer profissional. Primeiro porque não é uma “profissão reconhecida” para as pessoas mais velhas, vulgos pais, e até mesmo para certos jovens que são mais tradicionais. Imagine só, você, advogado bem sucedido com pós graduação e doutorado, ouvindo do seu filho dizer que quer ser ilustrador_hue jogador profissional? Parece coisa de vagabundo! Daqueles que só quer ficar brincando a vida toda! ~aposto que muita gente daqui já ouviu isso em algum momento da vida, mesmo que não esteja com intuito de ser profissional HAHA. Mas esses caras não, eles são bons em nivel espetacular, nível melhores do mundo!

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Esse foco na vida desses 3 jogadores mostra a parte emocional de toda participação deles, o que tiveram que abrir mão, seus sacrifícios e dificuldades. Afinal, só se dá bem quem ganha, imagina quem foi lá e não levou nada para casa? Ouvir o pai dizer que “não é isso que quero para sua vida” é algo super difícil, ter que “se provar” para os outros exige um esforço que pede uma vontade muito grande – e legítima. Ser um jogador profissional é bem caro, não é fácil se sustentar à base de prêmios que você pode não ganhar! Um dos jogadores selecionados do filme mostra como essas dificuldades financeiras o fizeram viver de um quartinho alugado e jogar em um PC de segunda mão com monitor de tubo elevado por livros. Acho que isso que tornou o documentário importante e real na minha opinião, mostrando não só a vida glamourosa de quem vai lá, recebe mil aplausos, tem trocentos fãs e tudo mais… É bom ver os dois lados da moeda! Como não é fácil virar um eSportista atualmente, embora isso esteja crescendo bastante.

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Uma das curiosidades levantada no filme é mostrar o quão importante esses jogadores são na cultura asiática. Para vocês terem noção, os jogadores de futebol que representam o a Coreia receberam visitas de jogadores de eSports como incentivo para o time! Em alguns programas de TV eles mostram como é o “sonho das pessoas” conhecer eles ao vivo e como as pessoas realmente se emocionam. Então não, não são nerds gamerz zé ruelas gordos tetudos como o pessoal pode pensar, são realmente pessoas importantes por fazer o que fazem! Com fan-base e tudo! Será que daqui a uns 10 anos esse tipo de esporte vai ter mais peso na nossa cultura ocidental?

Quer assistir também? Você pode assistir aqui embaixo ou baixar na sua Steam gratuitamente! Ambas as versões tem legendas em português se acharem necessário 🙂

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