O terceiro da série do Astronauta terá lançamento na FNAC esta semana .
Em outubro de 2012, foi lançada a primeira edição do selo Graphic MSP, Astronauta – Magnetar. Foi um grande sucesso. Cinco anos depois, teremos a conclusão, ou não, dessa trilogia emocionante que faz uma releitura do oficial da Brasa – Brasileiros Astronautas, criado por Mauricio de Sousa.
E o lançamento oficial (rolou um pré-lançamento na CCXP, em dezembro de 2016), ocorrerá dia 7 de fevereiro, na FNAC Brasil, em São Paulo, a partir das 18h.
Por isso, aproveitei para fazer uma minientrevista com o autor, Danilo Beyruth e o editor da Mauricio de Sousa Produções, Sidney Gusman.
GG – Você começou esta trilogia com um Astronauta quase enlouquecendo de solidão e com a perspectiva de morrer sozinho no universo, em Magnetar. Depois, ele lutou contra uma força desconhecida, mais uma ameaça gringa, em Singularidade. O que os fãs do personagem podem esperar desta nova aventura, Assimetria?
Danilo Beyruth – Tem muito pouco que eu posso contar sem acabar entregando spoilers, mas este terceiro álbum continua a saga do Astronauta, a partir de onde ele terminou no segundo. E, desta vez, ele parte para investigar um sinal inexplicável partindo de Saturno e de uma das suas luas, Titã. E, durante a missão, é confrontado com o que sua vida poderia ter sido se tivesse feito escolhas diferentes.
GG – Qual a sensação de fechar esta trilogia? Ou melhor: podemos esperar mais vindo aí?
DB – A ideia era que Assimetria fechasse um arco de histórias, com os dois primeiros volumes, mas ela deixa ganchos para outras possíveis aventuras, ampliando o universo do Astronauta.
GG – Você surgiu no mercado independente, fazendo seus próprios personagens. Como foi trabalhar com um personagem clássico do Mauricio de Sousa? E como foi o relacionamento com o editor, Sidney Gusman?
DB – Trabalhar com um personagem criado em 1963, e que é publicado até hoje, é uma responsabilidade enorme. E uma oportunidade maior ainda. Eu sou de uma geração que cresceu vendo gigantes dos quadrinhos reinterpretando heróis clássicos, como [Frank] Miller com Batman, [Alan] Moore com o Monstro do Pântano etc. Poder fazer isso com o Astronauta é fantástico.
O Sidney foi não só um grande editor, mas um contribuidor nesse processo.
Realmente, uma responsabilidade do tamanho do universo! Não só de reinterpretar, como ter sido o primeiro da linha. E o que será que o editor achou disso tudo?
GG – Seu primeiro “filho” do selo Graphic MSP está fechando um ciclo. Qual a sensação?
Sidney Gusman – Ah, é de missão cumprida! O selo é hoje uma realidade no mercado. Já são 14 Graphics MSP e todas foram muito bem recebidas por público e crítica. Além disso, projetou diversos talentos do quadrinho nacional para leitores que antes não conheciam seus trabalhos. Sobre o Astronauta estar “fechando um ciclo”, recomendo fortemente que todo mundo leia atentamente Assimetria. Depois a gente conversa. 😉
GG – Após três álbuns com Danilo Beyruth, como foi o desenvolvimento dessa relação?
SG – Eu tenho a sorte de vários dos autores que escolhi para trabalhar nas Graphics MSP terem se tornado meus amigos pessoais. Danilo é um deles. Mas não misturamos as estações quando o assunto é trabalho. O trato com ele, desde o desenvolvimento do roteiro à entrega das artes finalizadas, é absolutamente tranquilo, pois trata-se de um grande profissional. Não tem nenhum tipo de “mimimi”. Caso eu peça alguma alteração, conversamos e achamos a melhor solução, sempre. E isso se estende ao trabalho da Cris Peter, nas cores.
Serviço:
Que dia: 07/02/2017
Horas: das 18h às 21h
Onde: FNAC Brasil, Avenida Paulista, 901, São Paulo, SP
Belle Felix, ou Lilo para os íntimos, não sabe dançar a hula, mas veste sua roupa de coelho e tenta sempre fazer seu melhor!
Tradutora do material da editora Valiant no Brasil, resenhista no Universo HQ e tem um site e canal no YouTube, o Plano Infalível.
E, sim, pretende dominar o mundo.