Difícil esquecer, hehe.

Encontrei Remember Me por acaso enquanto procurava por jogos no estilo Cyberpunk para jogar de referência.  Antes de tudo, porém, acredito que seja interessante notar que esse jogo foi lançado pela DontNod Entertainment, mesma desenvolvedora que lançara o maravilhoso Life is Strange em 2015, dois anos depois da publicação de Remember Me.

Apesar de não ser tão popular aqui no Brasil, Remember Me alcançou algum sucesso nos anos seguintes à sua chegada aos consoles. Em 2014, por exemplo, ele foi incluído na biblioteca de jogos grátis para Playstation Plus, e isso fez com que o título batesse a marca de 2 milhões de jogadores. Não só isso, o game ainda ganhou o destaque de “Título Platina” pela Capcom ao ter mais de 1 milhão de cópias vendidas.

Mas, enfim, do que se trata?

Remember Me é um jogo de ação e aventura de terceira pessoa com ambientação Cyberpunk. A história começa no ano 2084 e o mundo parece ter sido dominado por uma corporação conhecida como Memorize, responsável por implantes e manipulação de memória pelo bem da população.

Isso significa que cerca de 99% das pessoas tem acesso imediato a um sistema em Cloud onde todas as suas memórias podem ser carregadas e baixadas e isso, claro, é uma maravilha para se esquecer das más experiências.

Certo?
ERRADO.

Remember Me segue a linha tradicional do gênero Cyberpunk e mostra como o capital acumulado e a ambição humana não se misturam ao controle excessivo por parte das corporações, e isso gera uma série de problemas para a protagonista Nilin, que acaba de acordar de um pós-operatório para a remoção de todas as suas memórias.

Esse é um daqueles jogos que tem a lore um tanto maior do que o gameplay e juro que seria a primeira da fila se eles decidissem lançar livros dentro do mundo criado.

Remember Me atualmente é meu jogo favorito dentro da temática Cyberpunk. Ele ganha não apenas na lore, que já mencionei, mas também no design de ambiente, personagens, plot twists e, considerando as limitações da época de seu lançamento, gameplay.

remember me nilin

Nilin, a protagonista, é uma mulher forte e  com personalidade distante dos estereótipos chatos que costumam construir para personagens femininas em jogos. Ela é imbatível no combate corpo a corpo, nas respostas inteligentes e na coragem para lidar com as tretas da Memorize. E, mesmo assim, ela ainda tem uma fragilidade emocional que ajuda a construir a personagem e reforçar a sensação de que, de fato, temos acesso à sua mente.

Vamos então aos pontos fracos e fortes do jogo:

Pontos Fortes

  • Personagem feminina bem construída;
  • Lore MUITO boa;
  • Ambientação MUITO boa;
  • Plot Twists completamente inesperados acontecem;
  • Diversidade nos puzzles;
  • Boa curva de aprendizado;
  • Trilha sonora muito bem adaptada ao jogo;
  • Abre espaço para reflexões pessoais.

Pontos fracos

  • Jogar no modo hard não é nada difícil;
  • O jogo é bastante progressivo, e isso incomoda;
  • A lore é maior do que o jogo, e isso frustra um tanto;
  • Sistema de batalha defasado;
  • Pouca ou nenhuma interação com o ambiente.

Apesar de tudo, esse foi um jogo que gostei muito mais do que eu esperava. Foram apenas 6 horas de jogo linear, mais quatro horas para completar a platina. Terminar em 100% e ter acesso à galeria de Concept Art valeu muito à pena.

Apesar da recepção, o jogo não deve ter uma sequência tão cedo. O sucesso de Life is Strange salvou a DontNod de um baita problema financeiro, e por conta disso eles decidiram focar no título em lugar de um RememberMe 2.

Nossa esperança de fã, porém, é a última que morre.

E você? Conhece outros títulos Cyberpunk para recomendar? Manda aí que estou jogando de tudo <3

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