No novo volume da Coleção Futuro Infinito, 15 autores LGBT imaginam o futuro

Violetas Unicórnios e Rinocerentes - capa - divulgação - catarse
Imagem: Catarse

Quer uma dica de projeto de financiamento coletivo para aquecer o coração? Confira Violetas, Unicórnios & Rinocerontes – coletânea com autores LGBTQIA+. A publicação de ficção científica brasileira tem organização de Claudia Dugim e curadoria Luiz Bras, para a Coleção Futuro Infinito, da Patuá Editora.

Os contos da coletânea Violetas, Unicórnios & Rinocerontes foram escritos por pessoas LGBTQIA+, com protagonistas LGBTQIA+. Imaginando o que o futuro nos reserva(ria), vários subgêneros da ficção científica e new weird foram exploradas em narrativas com distopia, space opera, cyberpunk, etc. Cada pessoa escolheu um livro como inspiração. De escritoras e escritores consagrados como Ray Bradbury, William Gibson, Stanislaw Lem, Arthur C. Clarke, Ursula K. Le Guin, Isaac Asimov, Robert A. Heinlein e atuais como John Scalzi e Jeff Vandermeer, e também nacionais como Aline Valek e Emília Freitas.

Como seriam os bastidores de um programa de TV num universo similar ao de Fahrenheit 451? Como seria estar em coma e ter seu exocorpo controlado por um terceiro, num planeta muito distante? E uma invasão alienígena “pacífica”, como em O Fim da Infância, mas do ponto de vista de pessoas soteropolitanas? Essas e outras histórias estarão nos 15 contos do livro.

Violetas Unicórnios e Rinocerentes - autores - divulgação - catarse
Imagem: Catarse

Quem escreve
As pessoas que escreveram os contos são invisíveis. Seria um poder incrível: passar despercebide, entrar sem restrições em qualquer lugar, ouvir o que as outras pessoas dizem sem se fazer notar.

Na realidade, a invisibilidade não é um poder, é um fardo. LGBTQIA+ são invisíveis porque não fazem parte da sociedade normal. Por causa dessa falta de percepção das pessoas normais, algumas pessoas LGBTQIA+ são inicialmente julgadas como heteronormativas e aceitas sem restrições, até que por acaso ou decisão própria revelem-se diversas. A partir de então são ignoradas e sua contribuição a amigues, família, sociedade é invisibilizada. Pior para as que não têm como se camuflar no meio dos “normais”. Dessas espera-se que mudem para um universo paralelo.

Violetas Unicórnios e Rinocerentes - capa e marcador - divulgação - catarse
Imagem: Catarse

O direito de ir e vir, universal a todos os seres humanos, é restrito para as pessoas LGBTQIA+. Entrar em lugares e viajar para países estrangeiros depende do ambiente e das leis, há lugares em que podem ser legalmente presas e/ou mortas pelo simples fato de existirem. Quanto a ouvir o que os “normais” têm a dizer, ofender é o que se faz nas sombras, assim como à luz do dia.

Recompensas
Violetas, Unicórnios & Rinocerontes está em financiamento coletivo no Catarse até 29 de junho. E você pode apoiar com valores de R$40 a R$135. A previsão de entrega é agosto de 2020.

Coleção Futuro Infinito - Divulgação - Catarse
Imagem: Catarse

Os mimos vão desde agradecimentos ao final da publicação, o livro Violetas, Unicórnios & Rinocerontes; livros da Coleção Futuro Infinito – Brasa 2000, O fruto maduro da civilização/O éter inconsútil, e Matando Gigantes; marcadores de página, cartões coloridos contendo trecho inédito de doze contos e caderno de notas exclusivo.

São oito modelos de cartões com animais e flores, com textos extras, com descrições de lugares, personagens, spin-offs, para agradar quem quiser saber mais sobre as histórias. Todo o material gráfico da coleção e a diagramação do projeto foram realizados pelo artista gráfico Teo Adorno.

cartões e marcado - divulgação - catarse
Imagem: Catarse

Os animais e as flores escolhidos para os cartões representam a comunidade LGBTQIA+ há milhares de anos, ou foram símbolos de lutas e momentos históricos, ou ainda marcas de representantes ilustres da comunidade.

Na quarta capa do livro Violetas, Unicórnios & Rinocerontes estarão presentes as diversas bandeiras LGBTQIA+. O bloco de notas também conta com as cores das bandeiras para seu diário dos tempos futuros.

Patuá Editora
A Patuá Editora, capitaneada por Eduardo Lacerda, não dá ponto sem nó. Tendo recebido diversos prêmios ao longo dos seus dez anos de existência, apostou no projeto Futuro Infinito, uma coleção de ficção científica brasileira contemporânea, com a curadoria do escritor Luiz Bras. A proposta da coleção é combater o preconceito e tornar mais visível aos leitores brasileiros a boa ficção científica brasileira contemporânea. Dezenas de escritores brasileiros produzem uma ficção científica de alta qualidade que nos exprime melhor do que a estrangeira, e melhor nos representa.

Agora é só escolher sua recompensa favorita, apoiar o financiamento coletivo de Violetas, Unicórnios & Rinocerontes e fazer sua parte para imaginar e criar um mundo melhor.

Compartilhe: