Filmes de ação bons podem ser dirigidos por mulheres.

Os filmes de ação têm sido um marco em Hollywood desde o início do gênero – mas como os filmes de ação influentes e dominantes estão nas bilheterias, a grande maioria dos grandes sucessos de bilheteria são dirigidos por homens. A disparidade entre diretores masculinos e femininos (em qualquer gênero) foi tão dominante, por tanto tempo, que levou até 2010 para uma mulher ganhar o Oscar de melhor diretora – um sinal de que, quando se trata da equidade de gênero no cinema, ainda temos um longo caminho pela frente.

Embora a indústria não mude da noite para o dia, isso não significa que ainda não existam filmes de ação dirigidos por mulheres de nível A que valham a pena comemorar, então reunimos uma lista de cinco dos melhores filmes de ação dirigidos por mulheres .

D.E.B.S As Super Espiãs (2004) – Angela Robinson

Filmes de ação
Dominique (Devon Aoki), Max (Meagan Good), e Janet (Jill Ritchie)

Esta comédia de ação de 2004 da roteirista e diretora Angela Robinson, D.E.B.S, foi um fracasso de bilheteria que encontrou um (muito merecido) segundo fôlego como um clássico cult após sua exibição teatral. O filme conta a história de um grupo de alunas (Devon Aoki, Meagan Good, Jill Ritchie e Sara Foster) que são recrutadas por uma organização secreta de treinamento militar (o título “D.E.B.S”, que significa Disciplina, Energia, Beleza e Força) após ter uma pontuação alta em um componente secreto dos testes de aptidão escolar que procura por potenciais agentes secretos. Juntas, as quatro jovens se unem para usar suas habilidades extraordinárias para derrubar a criminosa internacional Lucy Diamond (Jordana Brewster).

Dos nomes dos personagens ao conceito e aos figurinos, há um charme encantador em D.E.B.S que o torna um filme cult icônico e, ao mesmo tempo, um filme desanimador para o público que não está disposto a olhar além das aparências iniciais. Apesar de sua má recepção crítica e fracasso comercial, D.E.B.S é um filme com uma personalidade distinta que o destaca da labuta dos filmes de espionagem de ação no início dos anos 2000. Embora o público que procura sequências de ação de alto orçamento fique desapontado, se não é se caso, você deve dar uma chance a D.E.B.S.

The Old Guard (2020) – Gina Prince-Blythewood

Andy (Charlize Theron), Nile (Kiki Layne), Nicky (Luca Marinelli), e Joe (Marwan Kenzari)

Uma opção de filme muito mais moderna e brilhante na lista é o sucesso surpresa de Gina Prince-Blythewood, The Old Guard, que estreou na Netflix em 2020. Baseado na série de quadrinhos de Greg Rucka de mesmo nome, o filme segue um grupo de guerreiros imortais: Nicky (Luca Marinelli), Joe (Marwan Kenzari) e Booker (Matthias Schoenaerts), que viajam pelo mundo salvando vidas em missões lideradas por Andy (Charlize Theron). Quando o quarteto percebe que uma nova imortal, Nile (Kiki Layne), está por aí, sua busca para encontrá-la rapidamente dá errado quando um empresário de tecnologia malvadão (Harry Telling) descobre suas habilidades e procura aproveitá-las para seu próprio ganho.

As sequências de ação do filme, graças ao enredo de ter um bando de heróis que podem se esquivar de praticamente qualquer ferimento, são brutais, de maneira que as cenas sangrentas, violentas e ritmadas ajudam a dar vida ao mundo corajoso dos imortais. O que é realmente especial sobre o filme, porém, é a maneira como a diretora é capaz de compensar essa ação brutal com um conjunto de personagens bem desenvolvidos, graças a um roteiro forte e ao elenco excelente. Este também foi o primeiro filme de ação a apresentar com destaque um par de super-heróis gays – Nicky e Joe – cuja química e romance tocaram os corações de muitos fãs. Do seu elenco impressionante às sequências de ação encharcadas de sangue, The Old Guard é facilmente um dos melhores filmes de ação originais da Netflix até hoje, e um filme que você deve assistir se você busca de representação queer em um gênero repleto de machismo heteronormativo.

Caçadores de Emoção (1991) – Kathryn Bigelow

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Keanu Reeves e Patrick Swayze

É praticamente impossível fazer uma lista de filmes de ação dirigidos por mulheres nos anos 90 sem mencionar o icônico filme de assalto a surfistas de Kathryn Bigelow. Estrelado por Patrick Swayze e Keanu Reeves, o filme conta a história do agente do FBI Johnny Utah (Reeves) enquanto ele tenta se infiltrar nas fileiras de uma notória gangue de ladrões de banco que também são surfistas hardcore em busca de emoção. Inicialmente, Johnny só está interessado em se infiltrar na gangue para ajudar a colocá-los atrás das grades, mas ele rapidamente forma um vínculo estreito com seu líder Bodhi (Swayze) e logo Johnny se envolve em um jogo bem perigoso.

O filme é um clássico por uma razão: a direção acelerada de Kathryn Bigelow e as sequências de acrobacias (cortesia do diretor da segunda unidade/coordenador de acrobacias Glenn Wilder) trabalham em perfeita harmonia para criar um filme de assalto que é igualmente intenso e quase pateta. Embora reconhecidamente não seja o mais fundamentado ou corajoso dos filmes de ação, ele sempre é lembrado graças à intensidade do relacionamento entre Johnny e Bodhi e ao puro prazer culposo de assistir surfistas usando máscaras do presidente dos EUA roubando bancos.

Aves de Rapina (2020) – Cathy Yan

Margot Robbie, Mary Elizabeth Winstead, Ella Jay Basco, Rosie Perez, e Jurnee Smollett

Outro filme lançado em 2020 (e o único filme da DC ou Marvel em nossa lista), é Aves de Rapina (e a fantástica emancipação de uma Harley Quinn), de Cathy Yan. O filme de ação é estrelado por Margot Robbie, que reprisou seu papel como Harley Quinn (um dos poucos pontos brilhantes de Esquadrão Suicida, de 2016). Aves de Rapina vê Harley Quinn tentando se virar sozinha e descobrir como é sua vida fora das garras do Coringa, e, assim, as coisas rapidamente se transformam em caos. No entanto, tudo muda quando ela acaba cuidando de uma jovem batedora de carteiras (Ella Jay Basco) que involuntariamente roubou um diamante do chefe do crime Máscara Negra (Ewan McGregor). Juntamente com um grupo improvável de chutadoras de traseiros, Harley luta para derrubar Máscara Negra e garantir sua reputação como uma força a ser reconhecida em Gotham – com ou sem o Coringa.

Aves de Rapina leva a natureza colorida e desbocada de Harley Quinn ao coração e cria uma identidade para si mesma que é igualmente imprevisível e de alta energia. A abordagem criativa de Aves de Rapina para sequências de luta faz com que seja uma mudança refrescante de ritmo tanto para filmes de super-heróis da DC quanto para filmes de ação como um todo. Com o desempenho perfeito de Margot Robbie como Harley no centro de tudo, Aves de Rapina é sem dúvida um dos filmes mais fortes da DC, e quase o mais divertido que um filme de ação pode ser.

Franquia Matrix (1999-2021) – The Wachowkis

Keanu Reeves como Neo em Matrix

Claro, quando se trata de filmes de ação dirigidos por mulheres, não há praticamente nada que possa (ou deva) ocupar o primeiro lugar ao lado de Matrix (e suas muitas sequências), escrito e dirigido pelas irmãs Lilly e Lana Wachowski. O filme que trouxe o famoso ‘pílula vermelha, pílula azul’ (uma frase agora profundamente enraizada na cultura pop) e algumas das sequências de ação mais memoráveis ​​da história do cinema, a franquia Matrix é uma obra-prima de suspense e ação de ficção científica que combina os anos 90 e 2000 com técnicas cinematográficas de ponta e um roteiro alegórico para criar uma obra-prima que transcende as convenções dos filmes de ação, aterrissando diretamente entre as fileiras dos melhores filmes já feitos, e ponto final.

Estrelado por Keanu Reeves, Matrix segue Neo, cujo mundo vira de cabeça para baixo quando o indescritível Morpheus (Lawrence Fishburn) lhe oferece a oportunidade de expandir sua mente e responder a todas as suas perguntas. Buscando respostas e apaixonado pela bela e misteriosa Trinity (Carrie-Anne Moss), Neo toma a pílula vermelha e descobre a verdade surpreendente sobre o mundo em que ele pensa que vive – iniciando uma jornada para salvar a realidade e descobrir os segredos do mundo. Os trajes de couro preto da cabeça aos pés, as sequências de luta em tempo de bala e a cinematografia desorientadora geram uma identidade inconfundível em Matrix, que faz com que os espectadores voltem a assistir os filmes várias vezes. Combinado com os comentários mais recentes de Lana e Lilly sobre os significados do filme em relação à identidade de gênero e autoexpressão, Matrix continua mais potente do que nunca, e uma prova do brilho que as mulheres podem produzir por trás das câmeras.

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Qual é o seu favorito?


Texto traduzido e adaptado de The Mary Sue, de onde foram retiradas todas as imagens.

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