A presença de mulheres em Battlefield 5 criou polêmica, mas a EA não está nem aí pra ela.

Que o mundo gamer é tóxico e muitas vezes extremamente preconceituoso em torno de mulheres ou de qualquer assunto que envolva o gênero feminino nos games, não é absolutamente nenhuma novidade. Mas de vez em quando algumas tretas nos deixam sinceramente desapontadas, embora nada surpresas – afinal de contas nós infelizmente já estamos acostumadas com isso ¯\_(ツ)_/¯

A treta dessa vez foi com Battlefield 5, que no início dessa semana fez uma grande revelação nos trailers do jogo: mulheres também são personagens jogáveis e uma mulher estampa a capa do box do jogo. E pior! A personagem jogável não está lá como uma enfermeira recatada cuidando de guerreiros feridos numa parte tranquila do interior – não senhores, a personagem em questão é 100% putassa e está lá pra meter tiro, porrada e bomba. Como se isso não bastasse, outra mulher apareceu de forma proeminente no trailer de estréia, empunhando uma arma Tommy, um rifle sniper e, eventualmente, um bastão de críquete envolto em arame farpado:

A presença dessas duas personagens provocou uma reação de um monte de jogadores extremamente “preocupados” com a “precisão histórica” da representação da guerra no jogo – mesmo que essas coisas não tenham sido uma preocupação urgente em jogos de Battlefield anteriores, ou em jogos similares em geral. Acreditem ou não, tem até uma hashtag, a #NotMyBattlefield, rodando por aí nos cantos mais escuros do Twitter.

Inclusive, falamos mais sobre essa questão de “precisão histórica” no nosso canal:

Felizmente, a EA Games é uma empresa decente e essa treta não vai fazer ela recuar, nada disso vai mudar a mente da EA ou a direção que ela está tomando. O gerente geral da DICE (EA Digital Illusions CE AB), Oskar Gabrielson, usou sua conta pessoal no Twitter ontem só para compartilhar algumas idéias sobre o assunto, até não restar dúvidas sobre sua posição:

Suas declarações diziam:

Queremos que Battlefield V represente todos aqueles que fizeram parte do maior drama da história humana e dê aos jogadores a opção de escolher e personalizar os personagens com os quais jogam. Nosso compromisso como estúdio é fazer tudo o que pudermos para criar jogos que sejam inclusivos e diversos. Nós sempre nos propusemos a ultrapassar barreiras e proporcionar experiências inesperadas. Mas, acima de tudo, nossos jogos devem ser divertidos!

É ISSO AÍ

Para enfatizar esse último ponto, ele twittou outra imagem que foi amplamente compartilhada recentemente que realmente corta o assunto sobre “compromisso histórico” de Battlefield com a guerra:

Naturalmente, nem todos estão satisfeitos com a resposta de Gabrielson, mas certamente as pessoas um pouco mais razoáveis entenderam. E honestamente, se a maior reclamação sobre o “realismo” do trailer de BF5 é a presença de mulheres, então talvez o realismo não seja o problema real.

Já nós adoramos o posicionamento da empresa, afinal de contas:

Beijos.
Beijos.

Battlefield 5 está programado para ser lançado em 11 de outubro para os assinantes da Origin, 16 de outubro para o Deluxe Edition (que custa mais US$20) e 19 de outubro para o lançamento padrão.


Texto traduzido e adaptado da PC Gamer.

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