Para quem está obcecado com o Departamento dos Poetas Torturados!

Na sexta-feira, dia 19 de abril, Taylor Swift lançou seu 11º álbum (que, na verdade, são dois álbuns em um!), chamado The Tortured Poets Department (O Departamento dos Poetas Torturados, em tradução livre), e deixou toda sua legião de fãs completamente obcecados com as músicas e toda a estética por trás dele!

Imagem: Republic Records / Taylor Swift

O álbum quebrou vários recordes de estreias do Spotify e também de vendas de vinis nos Estados Unidos e no mundo.

Pensando nessa nova era poeta, reunimos algumas indicações de livros de poesia escritos por mulheres para quem quer levar a obsessão também para a lista de leituras! (Os livros dessa lista estão disponíveis na Amazon e nos sites de suas respectivas editoras).

Poesia Completa, Cecília Meireles

Após promover a reedição dos livros de poesia de Cecília Meireles em edições autônomas desde agosto de 2012, a Global Editora traz agora ao público leitor sua Poesia completa, em dois volumes, reunindo a totalidade da produção poética da autora. A edição traz desde seu livro de estreia, Espectros (1919), até o livro Crônica trovada da cidade de San Sebastian (1965), publicado postumamente. Por meio desta edição, os leitores têm à sua disposição a oportunidade ímpar de fruir do puro e íntegro diamante de uma artista dos versos de primeira grandeza. Cecília Meireles foi uma escritora, artista e professora carioca, viveu entre 1901 e 1964 e é considerada uma das melhores poetas brasileiras.

Outros jeitos de usar a boca, Rupi Kaur

Sobre a experiência de violência, o abuso, o amor, a perda e a feminilidade. O volume é dividido em quatro partes, e cada uma delas serve a um propósito diferente. Lida com um tipo diferente de dor. Cura uma mágoa diferente. Outros jeitos de usar a boca transporta o leitor por uma jornada pelos momentos mais amargos da vida e encontra uma maneira de tirar delicadeza deles. Publicado inicialmente de forma independente por Rupi Kaur, poeta, artista plástica e performer canadense nascida na Índia e que também assina as ilustrações presentes neste volume, o livro se tornou o maior fenômeno do gênero nos últimos anos.

Um útero é do tamanho de um punho, Angélica Freitas

Reúne poemas escritos a partir de um tema central: a mulher. Uma das vozes mais destacadas da geração, Angélica Freitas subverte as imagens absolutamente gastas do que se espera do gênero feminino ― anunciadas em capas de revistas e em vitrines de lojas de departamentos ―, e joga luz ― com inteligência, sagacidade e senso de humor aguçado ― sobre o nosso tempo.

Meu corpo virou poesia, Bruna Vieira

Em 2017, Bruna Vieira fez as malas, deixou a vida no Brasil de lado e foi escrever uma nova história em outro país, vestida de coragem e guiada por um sentimento que sempre foi sua maior prioridade: o amor. Com o tempo, porém, os dias foram ficando cada vez mais longos e solitários. Era como se naquele lugar o amor tivesse perdido o equilíbrio e se tornado uma obrigação. Foi bem perto do fim e de jeito mais frio que ela finalmente se deu conta: é impossível ser “nós” sozinha. Formado por quatro partes ― cabeça, garganta, pulmão e ventre ―, este livro é um mapa. Um mapa que leva Bruna de volta à escrita e a si mesma. São relatos reais, repletos de lembranças, aprendizados e cicatrizes, que agora deixam o corpo da autora para encontrar o seu, em forma de poesia.

Poesia completa, Emily Dickinson

Emily Dickinson nasceu em Amherst, Massachusetts (EUA), em 1830, e morreu na mesma cidade, em 1886. Salvo dez poemas divulgados em jornal, sua obra só foi difundida postumamente. De intensa emoção concentrada, sua poesia é única e antecipatória em termos de densidade léxica e liberdade sintática.

Amavisse e outros poemas, Hilda Hilst

Em 1989, inconformada com a recepção de seus livros, Hilda Hilst afirmou que Amavisse marcava sua despedida: “Não vou publicar mais nada, porque considerei um desaforo o silêncio”. Mais tarde, o volume se consagraria como um dos títulos mais celebrados de sua obra e seria incorporado à coletânea Do desejo, em 1992. Hilda Hilst nasceu em 1930, em Jaú, no interior do estado de São Paulo. Formada em direito pela Universidade de São Paulo (USP), aos 35 anos mudou-se para a chácara Casa do Sol, próxima a Campinas, onde se dedicou integralmente à criação literária. Escreveu poesia, ficção e peças de teatro. Morreu em 2004. Foi a autora homenageada da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) em 2018.

Quebre os seus sapatinhos de cristal, amanda lovelace

Os poemas deste livro abordam temas contemporâneos como autoaceitação, relacionamentos tóxicos, assédio sexual, transtornos alimentares, mas falam principalmente de dar a volta por cima e de perceber que somos a personagem mais importante da nossa história e podemos construir o nosso próprio final feliz. Com seus versos simples e diretos, que já arrebataram milhares de fãs em todo o mundo, amanda lovelace se dirige às mulheres, questionando e transformando papéis que fazem parte do imaginário feminino há muitas gerações, como o do príncipe encantado, com o qual viveremos felizes para sempre, e o da fada madrinha, que nos concederá todos os nossos desejos.

Contos de Fadas & Poemas Vorazes para Alimentar a Alma, Nikita Gill

Neste livro, não temos mulheres dóceis e homens salvadores, mas princesas destemidas que derrubam monstros sozinhas e agarram seus sonhos com os dentes. Uma obra mágica, criativa e fascinante, poemas e fábulas que evocam nossas lembranças e uma nova perspectiva. Contos de fadas clássicos se transformam em versos sobre empoderamento, feminismo, amor, imagem corporal, autoestima e relações tóxicas, ressaltando as dualidades de uma vivência que nem sempre é plena. Tudo isso emoldurado por ilustrações apaixonantes desenhadas à mão pela própria autora. Nikita Gill, o coração poderoso por trás desta aventura em versos, é poeta e escritora, e se tornou um fenômeno na internet com seus versos afiados sobre viver em um mundo que silencia tantas vozes.

Deve ser um buraco no teto, Camila Paixão

Camila Paixão, poeta contemporânea paulistana, olha para cima e inaugura uma cartografia íntima de um corpo poético que se contorce. Um buraco pode ser tanto intruso quanto escape: o intercâmbio entre fora e dentro se articula em simbioses – se entrar é inevitável, sair é urgente. Somos convidados a olhar para o passado e experimentar memórias que denunciam: “os passos/ eram falsos”. Sem a possibilidade de esquecimento, não há leveza no caminhar; o que há é peso, acúmulo e pressão. Em deve ser um buraco no teto, estamos diante de um corpo que fala.

Hino a Afrodite e outros poemas, Safo

Reunião de textos remanescentes da mélica (ou seja, as canções para performance ao som da lira) de Safo, poeta grega do período arcaico. Os textos são traduzidos e anotados por Giuliana Ragusa, professora e tradutora que ganhou o Jabuti 2006 com um livro sobre a lírica da poeta, a única mulher entre os grandes da época.

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