Ela é uma personagem incrível!

Após assistir ao (incrível) filme do Homem-Aranha no Aranhaverso, outra personagem passou pela minha cabeça, uma heroína muito parecida. Talvez vocês já tenham ouvido falar dela: Seu nome é Garota-Aranha.

Não, não é a Spider-Gwen. Estou falando da filha do Homem-Aranha, May Parker.

Ou, como ela se descreve nas primeiras linhas do seu primeiro quadrinho:

Você está se sentindo solta e transbordando calor! Seu nome é May “Mayday” Parker, e hoje é o primeiro dia do resto de sua vida!

E assim como a garota protagonista da história, a leitura daquele quadrinho foi o primeiro dia do resto da minha jornada na cultura geek.

O motivo pelo qual talvez você nunca tenha ouvido falar da Garota-Aranha, caso não seja um fã ávido dos quadrinhos, é que sua história se passa na Terra-982, no segundo mundo da Marvel Comics. Por outro lado, a história que conhecemos do universo comum da Marvel, se passa na Terra-616.

Também é provável que você nunca a veja em um filme live-action, uma vez que no MCU, Peter Parker ainda está no ensino médio e tentando entender seu relacionamento com Michelle Jones (não Mary Jane, que eventualmente se tornaria mãe da Garota-Aranha).

A história da Garota-Aranha é uma das mais empolgantes, mesmo para aqueles que não são muito ligados aos quadrinhos.

May Parker é tudo que uma garotinha como eu gostaria de ser enquanto crescia: inteligente, legal, amiga tanto das crianças populares quanto dos nerds, lidando com sua própria adolescência enquanto estuda para se formar no ensino médio.

E não apenas isso, por ela constantemente tentava agir como pacificadora entre os dois grupos, em uma história que se refletia amplamente quando ela tentava utilizar suas habilidades de combate ao crime a favor de sua cidade.

Ela queria ser uma super-heroína porque era divertido, mas também pelo bem maior, assim como seu pai.

E sua batalha contra o Rei Dragão foi uma das melhores de toda a história da Marvel. Mas nada disso quer dizer que ela seja perfeita. Ela luta com sua identidade e para ser ela mesma. E neste processo, ela acaba indo contra os desejos de seus pais, mas não de uma forma clichê de rebeldia adolescente, pois há motivos para fazer o que ela faz, uma razão que não a rebeldia. Em sua jornada, ela acaba decepcionando pessoas, desde seus amigos e colegas a familiares e parceiros românticos.

Sua história ensina sobre a liberdade que surge com a aceitação de que você não é perfeito, mesmo quando todos pensam que você é. May é tratada como uma jovem prodígio, e ser tratado desta forma pode colocar muita pressão sobre você. O medo de que cometer um erro pode ser o fim do mundo é algo que ela ensina a superar, que a vida segue em frente, e que o importante é que você sempre tente fazer algo bom e algo que você acredite.

Ela passa por diversos apertos em batalha, escapando por pouco enquanto usa sua inteligência e piadas rápidas, exatamente como seu pai. E um dos seus maiores desafios no início da história é se distinguir de seu pai, algo que todo mundo já passou enquanto encontrava seu caminho na vida. Diferentemente de muitos heróis, ela é a segunda de seu “tipo”. E para ser honesta, não ajuda muito que ela utilize um traje idêntico ao do seu pai.

Quando ela conhece o Quinteto Fantástico (após o filho de Reed e Susan entrar para o grupo), eles questionam quem ela é, mas a garota consegue se esquivar com a ajuda de Franklin Richards, sem ter de revelar muito. Ela então começa a se concentrar em si mesma enquanto cresce.

Então, antes mesmo de haver a Miss Marvel ou a Miss America, já existia May “Mayday” Parker para mostrar que as garotas podem ser super-heroínas. Antes de a Mulher Maravilha e a Capitã Marvel mudarem a cara dos filmes de super-heróis para sempre, já havia uma garota mostrando para crianças que, às vezes, tudo que você precisa para fazer a diferença é tentar.


Texto traduzido do TheMarySue.

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