Em homenagem à estreia do último filme do HP, nosso blog fez diversos posts para o bruxinho, inclusive o Personagem da Semana. E agora saiu a terceira (e última) parte do PDS (eu prometo).

O Nome (Etimologia)

O nome Harry vem do “inglês médio” do nome Henry, que por sua vez é derivado do nome germâncio Heinrich. “Hein” significa “casa” e “ric” significa “poder, governante”. Foi o nome de cinco reis da Noruega, três da Dinamarca e dois da Inglaterra.

Em uma entrevista, J. K. Rowling afirmou que o nome “Harry” era um de seus nomes favoritos para meninos, e que se sua filha mais velha fosse do sexo masculino, ela se chamaria Harry. Porém, ela diz que se isso tivesse acontecido, ela teria que escolher outro nome para os livros, já que, como ela mesma disse, “seria muito cruel nomeá-lo depois de seu próprio filho”.

Potter é um sobrenome bastante comum na Inglaterra, e tradicionalmente refere-se à profissão de cerâmica (pottery). Beatrix Potter é uma autora inglesa de livros infantis bem reconhecida. Potter’s Field é um cemitério para mortos não reconhecidos ou clamados pela família, como soldados e órfãos, e a família Potter tem muitos membros que se encaixam nessa descrição. A “Potter Box” é um modelo para se tomar decisões éticas desenvolvido por Harvard.

Rowling também comentou que ela gostou do nome desde a infância, quando ela conheceu uma família “Potter” que morava perto de sua casa naquela época.

J. K. Rowling

Joanne Kathleen Rowling.

Mas primeiro é importante lembrar que o nome da autora é apenas Joanne Rownling, o “Kathleen” é o nome de sua avó Kathleen Rowling. Como já foi dito na Parte 1 do Personagem da Semana, a editora havia pedido para que ela escolhesse um nome neutro para lançar HP e a Pedra Filosofal, então ela pensou em J. Rownling, mas não atendia ao pedido da Bloomsbury de ter duas iniciais. Para não escolher um nome completamente aleatório, ela resolveu fazer uma homenagem a sua avó preferida.

Independente do nome, o que seria de nós sem essa mulher? Conseguem pensar em um mundo sem Harry Potter? Até dá, mas é uma coisa bem ruim! E a força de vontade que ela teve para fazer toda a sua obra é admirável e o retorno que ela teve foi merecido! Também na parte 1 eu conto como foi que surgiu a ideia do HP, ela parece que foi simples, mas para levar essa ideia adiante precisou de muita vontade.

Vivendo em um casamento conturbado e, principalmente por isso, se mudou para muitas cidades (uma delas foi até Porto, em Portugual). Ela teve grandes períodos de depressão, mas mesmo assim não parou de criar. Após uma de suas inúmeras brigas com o marido, ela vai embora para Manchester e dá entrada no Bornville Hotel, na periferia da cidade. E foi nesse quarto que surgiu o maior esporte entre os bruxos, o Quadribol.

Sem ter nem um computador em casa, Harry Potter foi sendo desenvolvido em sua maior parte no Nicolson’s, um bar que pertencia ao cunhado de Joanne, e no bar The Elephant House Café. Ela ia com sua filha no carrinho, e escrevia até o momento em que a menina acordasse.

Controvérsias

Plágios/Infração de Marcas e Copyright

Após o lançamento de Harry Potter, uma das maiores controvérsias que envolvia a obra de Rowling eram acusações de plágio. Uma delas foi que seu personagem principal era uma cópia do personagem de Neil Gaiman em “Livros de Magia”, Tim Hunter. Pelo desenho da capa já dava para ver as semelhanças: ele era um inglês, órfão, magro, franzino, cabelo e óculos parecidos também, além de ambos possuírem uma coruja como mascote.

Mas Neil Gaiman teve uma atitude legal e defendeu Rowling, dizendo que não acreditava que isso seria um plágio, já que esse é um estereótipo comum de jovens feiticeiros, já havendo precedentes em outras literaturas.

Depois, em 1999, apareceu a escritora Nancy Kathleen Stouffer, também conhecida como N. K. Stouffer, alegando que J. K. Rowling havia infringido direitos autorais e sua marca registrada por causa de seus livros The Legend of Rah and the Muggles e Larry Potter and His Best Friend Lilly, publicados no ano de 1984.

Stouffer que teria inventado o termo muggles (trouxas) que se referia a pessoas não-mágicas. Além de seu personagem se chamar LARRY POTTER, um garoto de cabelos pretos e óculos. Ela diz que além dessas semelhanças gritantes, ainda possuem outras que ela lista em seu site “Verdadeiros Trouxas” (Real Muggles).

Rowling, ao lado da Scholastic, sua editora americana, e da Warner Bros, entraram com um processo próprio alegando que não haviam infringido quaisquer direitos autorais dos trabalhos de Stouffer. Eles fizeram o uso de testemunhas especializadas que colocaram em dúvida as provas de Stouffer, fazendo com que ela perdesse o caso e ainda fosse obrigada a pagar US$ 50 mil para Rowling por “seu padrão de má conduta”, além das taxas legais do julgamento.

Oposições à Bruxaria

Já era de se esperar que em um mundo cheio de hipocrisia cristã um livro como Harry Potter traria muita polêmica junto dele. Diversas manifestações contra a obra de Rowling apareceu para tentar “estragar a festa”. Desde 1999 os livros estão no topo da lista da Associação de Bibliotecas dos EUA como os que possuem mais queixas, e a maior parte delas vêm de igrejas.

Um dos maiores críticos são cristãos protestantes que dizem acreditar que a imagem “pagã” da série é perigosa para suas crianças.

“[A série Harry Potter] contém algumas lições poderosas e valiosas sobre o amor e a coragem e a vitória final do bem sobre o mal”, disse Paul Hetrick, porta-voz do Focus on the Family, um grupo cristão norte-americano. “Entretanto, as mensagens positivas são embaladas em meio a bruxaria, que é diretamente denunciada nas Escrituras” (o argumento mais fraco do universo).

Na Justiça

Em 2002, uma sequencia não autorizada da série HP foi lançada na China (tinha que ser), chamada Harry Potter e o Leopardo contra o Dragão. Esse livro extremamente mal-escrito foi feito por um ghost-writer. Rowling e seus advogados venceram a ação contra os editores, que foram obrigados a pagar indenização.

Impacto

O impacto cultural de Harry Potter na sociedade é inegável. É um dos melhores livros de “iniciação” que eu vi até hoje, e isso é comprovado. Fizeram uma pesquisa com leitores do HP com idade entre 5 e 17 anos, e 51% deles disseram que não liam livros por diversão antes de conhecerem o bruxinho, e agora o fazem. E a parte mais chocante é que o estudo ainda relatou que, de acordo com 65% dos filhos e 76% dos pais, o desempenho escolar melhorou desde que as criança começaram a ler a série.

Curiosidade: Harry Potter é o único Personagem da Semana que tem 3 partes no Garotas Geeks (heheh).

Saiba Mais

Veja também os outros posts que as Garotas Geeks Fizeram sobre Harry Potter:

Personagem da Semana: Harry Potter (parte 1)

Personagem da Semana: Harry Potter (parte 2 – Curiosidades dos Filmes)

Unhas Inspiradas Em Harry Potter

Joguinho-vício da semana: Harry Potter Lego Pacman

Matinê Garotas Geeks – Harry Potter e a Pedra Filosofal

Wallpapers da Semana: Harry Potter

Quadribol para trouxas na luta pela oficialização

Vem aí, Pottermore, a rede social de Hogwarts

Paródia de “Friday” com Harry Potter

A evolução dos personagens de “Harry Potter”

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