Conheça Hibi Chouchou, um mangá super adorável sobre primeiro amor e superação da timidez! O shoujo é escrito e desenhado por Morishita Suu, foi lançado em 2012, pela revista Margaret, da Shueisha, e ainda está em publicação no Japão. O nome da história, que atualmente ele se encontra em seu oitavo volume, significa algo como Borboleta do dia-a-dia. Se você for ler acho legal ficar com essa informação na cabeça!

Enredo

Hibi Chouchou conta a história de Suiren, uma garota linda, porém muito tímida e quieta. Apesar de sua falta de palavras e expressões faciais serem causadas por sua personalidade, a situação piorou graças à sua aparência. Quando era criança, Suiren sofria bullying dos garotos que gostavam dela e, por isso, a menina decidiu estudar em um colégio feminino durante o ensino fundamental. Ela só não sabia que garotas poderiam ser mais assustadoras do que meninos. Assim, Suiren decidiu voltar a estudar em uma escola mista no colegial. Porém, neste ponto ela já havia parado de sorrir e falar, uma vez que a cada palavra dita, todos faziam escândalo por ela ter um voz linda, assim como a cada sorriso mostrado.
Ao entrar no colegial, a garota se depara com uma situação inesperada. Ela encontra Kawasumi, um garoto gentil, mas muito diferente dos outros meninos. Assim como a personagem principal, ele não consegue se relacionar com pessoas do sexo oposto, portanto, é o único garoto que não a incomoda. Intrigada, Suiren passa a observar o rapaz e a vivenciar seu primeiro amor.

Doces gigantes, eu quero!! \o/
Doces gigantes, eu quero!! \o/

O que me apaixonou

O mangá faz um ótimo trabalho misturando comédia e fofura. Eu não consigo dizer pra vocês se eu rio ou se eu derreto mais enquanto leio essa história. O fator principal para essa mistura perfeita entre duas características tão diferentes são os personagens. Não existem muitas situações na história sendo engraçadas por si só, mas sim com os personagens as tornando hilárias. As ações destes, mesmo não sendo exageradas como vemos em muita comédia por aí, arrancam muitas risadas.

Além disso, ao mesmo tempo em que funcionam como alívios cômicos, todos os personagens são, também, alavancas para que a história progrida. Este papel, entretanto, fica principalmente para a rival amorosa de Suiren, Koharu. Aliás, gostei muito de como essa personagem foi construída. A história estaria estagnada há muito tempo se não fosse por ela, e, além disso, a forma como a menina foi retratada fez o mangá entrar pra minha lista de histórias shoujo sensatas. Ou seja, histórias que não agem como se todas as mulheres fossem histéricas e maléficas por definição. Isso porque em vez de mostrar a garota como a criatura mais maldosa do mundo, só por ela gostar do cara, a autora fez dela uma menina normal, com seus próprios problemas, e usou muito bem a antagonista como um passo para a evolução de Suiren, sem, entretanto, fazer a história ficar muito pesada. Eu também gostei muito dos outros personagens, não são tão complexos quanto em muitos mangás por aí, mas eles me cativaram principalmente pela amizade e fofura deles.

Suiren vs Koharu
Suiren vs Koharu. Parece o Aang lutando contra o espírito ladrão de faces.

Eu gostei de como a Suiren evoluiu durante o mangá, sempre indo atrás do seu objetivo, mostrando que, ao contrário do que nos é passado no início da história, ela não é só uma menina medrosa e inútil. Ela não muda muito drasticamente, mas considerando os primeiros capítulos, nos quais ela tinha menos falas do que os personagens figurantes, a evolução foi boa. A mesma história para o Kawasumi, já que ele nunca conversava com a personagem principal, e, portanto, não era retratado falando muitas vezes.

Mas na verdade a personagem mais interessante para mim ainda é a Koharu. Eu achei a evolução dela muito interessante, passou de uma personagem um pouco irritante para uma garota mais séria e com mais profundidade. Às vezes eu até me pego torcendo mais pela felicidade dela do que da Suiren, pois a última às vezes parece regredir um pouco, voltando a ser aquela menina mais covarde. Ainda estou esperando aqui a autora fazer alguns capítulos contando um pouco da história pela visão da Koharu, eu iria amar! E olha que é difícil eu gostar de personagens antagonistas, sou muito mais apegada à personagens principais.
É claro, eu também não posso deixar de falar sobre a arte. Uma palavra – Linda. Estilo perfeito pra um shoujo inocente como esse, arte leve, sem erros e muito bonita. Os traços em geral são bem delicados, às vezes deixam até uma sensação de que as coisas estão flutuando. modo poeta fake on. Como todo bom shoujo fofura, a autora usa muito brilhos, pausas dramáticas e páginas com mais quadros “vazios” do que desenhos, contribuindo pra sedimentar os sentimentos da personagem nas nossas mentes.

Traços delicados, e como todo shoujo, brilhinhos voando por aí
Traços delicados, e como todo shoujo, brilhinhos voando por aí

Romance lento

A única coisa que acho bom avisar é que o romance é bem devagar. Eu não posso mentir para vocês, Hibi Chouchou é uma história adorável e tem vários pontos positivos, mas se você não gosta de um romance lento, esse mangá não vai te agradar. Se comparado com Kimi ni Todoke, por exemplo, eu tenho a sensação de que essa história passa bem mais devagar. Apesar da Suiren perceber seus sentimentos bem rápido e de ir atrás do Kawasumi, muitas vezes parece que a história simplesmente estagna. Como ambos os personagens principais tem problemas fortes de timidez, o relacionamento deles demora bastante para crescer. Além disso, se compararmos a quantidade de coisas que ocorrem nos dois mangás, eu arrisco afirmar – Kimi ni Todoke é bem mais ativo.

Mas mesmo assim eu acho que o romance foi bem feito. Temos dois personagens principais bem tímidos, sendo que nenhum dos dois está acostumado a conversar com pessoas do sexo oposto, imagina então namorar. Por esse fato eu acho que se o romance fosse muito rápido, iria estragar todo o propósito do enredo inicial, e deixaria a história incoerente.

Kawasumi-kun
Kawasumi-kun

Conclusão

Recomendo muito Hibi Chouchou pra quem quer ler uma história adorável e sem maldade, pra quem gosta de romances lentos, de uma arte bonita e de histórias de primeiro amor. Ela vai render boas risadas e ataques de fofura, é o tipo de história pra quem quer relaxar sem sofrer (mas quem quiser sofrer é só pedir nos comentários que eu faço um post recomendando alguma história sofrida =P HAHAHAHA). Entretanto, ele não é o tipo de mangá pra quem fica nervoso com a demora pelo primeiro beijo (que aliás, parece um sonho distante aqui, hahaha snif).

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