O Chris Evans ajudou na campanha de um jeito bem legal.

A entidade sem fins lucrativos Girls Inc. LA, o ativista Frederick Joseph e a organização filantrópica We Have Stories se uniram para lançar o desafio da Capitã Marvel. E não, o desafio não tem nada a ver com socar velhinhas em trens ou roubar jatos militares.

A hashtag #CaptainMarvelChallenge representa uma campanha de financiamento coletivo cujo objetivo é dar a garotas de diversos locais a oportunidade de assistir o primeiro filme da Marvel protagonizado por uma mulher, distribuindo ingressos e alugando salas de cinema.

“Todos deveriam ter uma oportunidade de ver uma mulher em um papel que os inspire”, afirma a página. “Papéis que mostram as mulheres como fortes, inteligentes e corajosas. Desde as professoras até as pilotos de caça – ou super-heroínas”. Exatamente como Carol Danvers, uma ex-piloto da força aérea americana que acabou se tornando uma das mais poderosas heroínas de toda a galáxia.

Com Brie Larson no papel principal, Capitã Marvel conta com um exército de mulheres em sua produção, incluindo a codiretora Anna Boden, Geneva Robertson-Dworet, Jac Schaeffer (responsável pela adaptação, ao lado de Boden), Nicole Perlman, Anna Waterhouse (que escreveu a história), a compositora Pinar Toprak e a coeditora Debbie Berman. Além das atrizes Lashana Lynch, Gemma Chan e Annette Bening.

O filme será lançado nos cinemas americanos em 08 de março de 2019, Dia Internacional da Mulher, apesar de seu lançamento no Brasil ocorrer um dia antes. Porém, não é suficiente apresentar essas personagens nas telonas. Você precisa ter o público certo assistindo, e infelizmente essa não é a realidade para muitas garotas, para as quais as histórias como a da Capitã Marvel não é acessível. O objetivo do financiamento é mudar isso.

Em apenas uma semana, a campanha original atingiu a meta de 20 mil dólares, e o próprio site de financiamento ofereceu um incentivo de 100 dólares para os primeiros 25 usuários que repetissem a iniciativa.

Chris Evans, o Capitão América da vida real, afirmou ter contribuído com a campanha, e uma vez que seu nome não aparece na lista de doações, é possível imaginar que a generosa doação no valor de 2 mil dólares de maneira anônima seja do ator.

A campanha afirma que os valores arrecadados além da meta serão revertidos para as próximas campanhas. No ano passado, o ativista e fundador da We Have Stories, Frederick Joseph, criou o desafio do Pantera Negra, tentando arrecadar 40 mil dólares para que crianças do Harlem (bairro de Manhattan de população majoritariamente negra) para que pudessem assistir ao filme gratuitamente. A campanha também foi um sucesso, e inspirou mais de 400 outras campanhas similares, arrecadando mais de 400 mil dólares, dando oportunidades a milhares de crianças.

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Apesar de Mulher Maravilha, Pantera Negra, Supergirl e Capitã Marvel estarem abrindo caminho para uma diversidade maior entre os heróis, as garotas ainda não possuem muitos exemplos a seguir nas telonas, de acordo com estudo recente da BBC America em conjunto com a Women’s Media Center. A pesquisa demonstrou que a representatividade pode afetar positivamente a confiança, a imagem própria e até a trajetória de carreira de uma criança.

E os dados falam por si: garotas adolescentes são significativamente menos propensas que os garotos em se descrever como confiantes, valentes e afirmar que são ouvidas em suas opiniões. Esses desafios são ainda mais duros para garotas negras.


Texto traduzido da Geek.com.

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