Eles existem!

Muitas pessoas, ao analisarem adaptações como Harry Potter e Game of Thrones, acabam sendo bastante críticos, e aparentemente criou-se um pressuposto de que as obras originais de que os livros sempre são melhores do que os filmes e séries.

Isso já faz parte de uma espécie de mentalidade coletiva, que possivelmente muitos de nós podem admitir já ter aderido em algum momento, mas a realidade é que há muitos filmes que são iguais ou mesmo superiores à sua contraparte do livro.

Assim, reunimos aqui 11 adaptações excelentes, que ameaçam inclusive superar as obras originais:

Da Magia à Sedução (1998)

Se o filme, no ano do seu lançamento, conseguiu prender a atenção dos fãs, o mesmo talvez não pode ser dito do livro original de Alice Hoffman, Practical Magic. O filme não apenas tem uma pegada maior de comédia romântica, mas a química entre Sandra Bullock e Nicole Kidman no filme é perfeita. E a Nicole poderia ter mantido aquele visual para sempre, não?<3

O Silêncio dos Inocentes (1991)

Apesar do filme Dragão Vermelho – também do autor Thomas Harris, da série Hannibal Lecter – não ser nem de longe tão bom quanto o livro, O Silêncio dos Inocentes é não apenas um ótimo filme mas também uma incrível adaptação. Apesar de ainda ter uma representação extremamente problemática de Buffalo Bill, o livro tenta demonstrar que Bill não é maluco por ser gay, e a adaptação de Jonathan Demme continua sendo um filme incrível com uma excelente atuação da heroína Clarice Starling por Jodie Foster e a icônica presença de Anthony Hopkins como Hannibal Lecter.

A Princesa Prometida (1987)

Tanto o livro quanto o filme de A Princesa Prometida são excelentes, de formas diferentes. Com o script sendo escrito pelo próprio autor do livro, William Goldman, o filme mantém as principais qualidades mas criando uma diferente atmosfera da obra original. O livro parece uma brincadeira com clichês de contos de fadas, mas de uma forma muito mais satírica (e sombria) do que o filme, que não deixa de ser perfeito do início ao fim. Ao mesmo tempo, as obras conseguem ser icônicas e transmitir aquela sensação gostosa aos fãs.

A Princesinha (1995)

A versão de 1995 de A Princesinha muda muita coisa em relação ao livro: o cenário, o período histórico, a guerra, entre outros, mas ainda assim consegue criar algo tão leal ao coração da obra original, ao mesmo tempo que aborda questões como racismo e preconceito de classes no contexto americano. Sem contar que a obra faz muito mais pela construção de um vínculo de irmãs entre as garotas da escola, e que Sara pode ser muito mais espontânea de várias formas. É um filme excelente e que se ainda não fez, poderá fazer vocês se emocionarem.

Jurassic Park (1993)

O livro de Jurassic Park é legal, mas a história é muito enrolada e leva muito tempo antes de começar a chegar a algum lugar. O filme por sua vez, graças a excelente direção e atuação, realmente capturou as maravilhas do mundo dos dinossauros, além dos protagonistas realmente nos guiarem através da história. Além disso, Jeff Goldblum está no filme. E muita gente, mas muita mesmo morre nos livros. Não que isso seja uma crítica, mas é algo que deve ser apontado.

A Época da Inocência (1993)

A adaptação de Martin Scorsese para o cinema do romance dramático de Edith Wharton é muito boa. Não só o filme é bem feito e cheio de paixão pulsante, mas também representa maravilhosamente os personagens criados por Wharton. A performance de Daniel Day-Lewis traz calor ao personagem de Newland e é arrasadora.

O Diabo Veste Prada (2006)

Eu não posso dizer que o livro é uma porcaria, porque isso seria injusto. Prefiro dizer que não é uma obra que qualquer um possa aproveitar. Mas se você gostou do filme porque achou um estudo interessante dos personagens e por causa de Miranda Priestly, o livro vai te desapontar. Especialmente o final.

Psicopata Americano (2000)

Apesar do livro de Easton Ellis ser bom, o filme acaba sendo muito mais bem sucedido em apresentar todos os aspectos importantes sobre o que torna Patrick Bateman um sociopata. Tudo isso acaba combinando perfeitamente com o Wall Street, marca da cultura obsessiva que ele satiriza. Além disso, pensando bem, chega a ser hilário ver o Batman matando o Coringa.

Matilda (1996)

Todas as mudanças feitas no filme apenas tornaram nossa heroína ainda melhor. E o fato de Matilda manter os seus poderes ao final do filme foi muito mais satisfatório do que o final original dos livros, em que ela perdia os poderes por terem cumprido seu propósito. Desde quando telecinesia tem de ter um propósito?

A Saga Crepúsculo – Lua Nova (2009)

Sejamos curtas e grossas: Lua Nova é o pior livro da saga Crepúsculo, mas é definitivamente o filme mais divertido. Isso já é uma vitória.

O Iluminado (1980)

Tanto o livro quanto o filme são excelentes de formas diferentes. Eu posso preferir as versões de Jack e Wendy nos livros, mas seu trabalho na história que Kubrick tenta contar é muito bem feito.

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E vocês? Tem outros filmes que acham que foram melhores que as obras originais?


Texto traduzido do The Mary Sue.

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