Fatman/Jake
O personagem lunático esquecido que fez uma pequena aparição no jogo anterior, agora está disponível para a matança, animado para fazer parte dos 50 blessings (os cabeças responsáveis pelas ligações e pelo controle de “limpeza”).
Habilidade: é possível escolher no inicio da fase uma das três máscaras de cobras – Jake (arremessos letais), Irvin (grampeador) e Dallas (somente ataques melee e um nunchaku).
Henchman (o braço direito)
Gangster Russo subordinado. Deseja sair da máfia para viver a vida de seu jeito junto com sua namorada, mas antes precisa completar um último trabalho pendente.
Habilidade: comum. Sem regalias ou bônus.
Especiais:
[spoiler] Ruivo/Beard – o soldado
Finalmente são reveladas informações sobre o passado do cara mais onipresente de todos. Sua parte da história se passa em 1985 no Havai, focando em sua participação na operação de eliminar russos. Detalhe: o cara é tão fod* que foi matar geral com óculos (me senti representada haha).
Habilidade: Arma de fogo + faca. É possível escolher no inicio da fase qual arma de fogo irá utilizar, porém não há como trocar suas arma pela dos russos. Ao zerar suas balas, é preciso ir até a caixa de munições e recarregar.
Richter
Personagem misterioso que deixa Jacket em coma no primeiro jogo e usa a memorável máscara de rato.
Habilidade: comum. Sem regalias ou bônus.
The son/boss (o filho)
Atual chefe da máfia russa e filho de um certo personagem de Hotline Miami 1 (quem jogou já deve ter sacado), é vingativo e busca eliminar de vez todos os colombianos que infestam a cidade.
Habilidade: é possível escolher entre as três vertentes – “Guarda costas” (Katana e rolinho para esquivar-se), “Mãos sujas” (punhos letais, iguais aos de Tony) e “Linhagem” (Duas metralhadoras. Pode atirar com as duas mãos, assim como Mark) [/spoiler]
É uma penca de gente né? Vale a pena jogar novamente logo após zerar. Certos personagens e itens estão presentes nos lugares mais inusitados e enriquecem a narrativa visual. Se apegue aos detalhes, notar eles fará toda a diferença.
Trilha Sonora
As músicas… Ah! As músicas…
Já falamos especificamente delas aqui, mas não custa frisar: definitivamente uma das melhores trilhas sonoras de todos os tempos. É ESPETACULAR.
Impressionante a quantidade de artistas talentosos reunidos aqui – M|O|O|N, Perturbator, El Huevo, Jasper Byrne (o criador do indie game Lone Survivor), Coconuts e outros da casa estão de volta. A lista de artistas aumentou consideravelmente de 9 para 30 fucking artistas. É MUITA GENTE BOA
São 49 músicas de puro deleite para os ouvidos. Para ter idéia do quão boa ela é, colocaram ela para venda separada do game, e pode ser comprada na Steam e na PlayStation Store.
Os que curtem Perturbator (conhecido por Miami Disco em Hotline Miami 1) terão uma boa surpresa: Carpenter Brut é tão absurdamente maravilhoso, que passei HORAS ouvindo e repetindo seus álbuns no Spotify. Três faixas suas estão presentes: Le Perv, e Roller Mobster e Escape from Midwich Valley, a trilha dos primeiros trailers de divulgação e que está lá no iniciozinho deste review. Se você curte música eletrônica com um toque mais pesado, anota o nome, pois certamente virará fã após ouvir a música abaixo.
Novidades
Mudanças, melhorias e tudo mais que você precisa saber antes de jogar
É ótimo finalmente poder falar sem “achismos” e afirmar que Hotline Miami 2: Wrong Number manteve o que estava bom e inovou nos pontos certos. Os comandos estão precisos e fluidos, as mecânicas dos novos personagens são divertidas e desafiadoras e as fases estão gigantescas.
A filosofia de tentativa e erro continua intacta – é testar, morrer, aprender, vencer, repetir. As mortes estão garantidas, e é só questão de tempo até ganhar o troféu ou conquista de morrer 1000 vezes.
O background mantém as transições de cores psicodélicas, ácidas, super saturadas, com o acréscimo de elementos em movimento, de acordo com os cenários. Alguns exemplos notados foram nuvens e ondas.
Se no primeiro tudo girava em torno de telefones, dessa vez a inspiração para os menus e troféus são fitas cassete. O menu ta super detalhado e bonito, inspirado em filmes VHS. Tudo para deixar ainda mais no clima anos 80-90 (dá até uma nostalgia)
Decisões podem ser tomadas em certas fases, envolvendo matar ou não inimigos chave. Há também fases secretas e finais diferentes para alguns acontecimentos.
Que mais? Há legendas em português Brasileiro.
Dificuldade
Para quem já jogou Hotline Miami 1 e está com os comandos frescos nas mãos, o inicio do segundo não será um problema. Entretanto, se você não está acostumado, vai ser um bom desafio. A partir da 11 fase, o game se torna quase impossível de ser zerado em uma sentada. É preciso dar um tempo, pois os nervos (e a adrenalina) estarão a toda – e daí pra xingar a mãe, a vó e todas as gerações de familiares dos desenvolvedores faltará pouco.
Um dos jogos mais difíceis de platinar, sem sombra de duvidas.
Tirar A+ em todas as fases no nível normal já é uma tarefa árdua, imagine repetir a façanha no Hard. É… não ta fácil. E isso é ótimo: mais motivação para jogar por muito tempo.
Além do jogo no modo normal estar bem mais difícil, foi implementada a opção de hard mode.
Hard mode: Dificuldade em dobro
Em dobro mesmo. Literalmente
Os inimigos no hard dobraram de quantidade e por vezes em força também. Logo na primeira fase o jogador já se depara com os gordões – uma versão mais resistente dos mafiosos e que não pode ser derrotada na mão (a menos que você esteja com personagens especificos para trucidar nos punhos).
“Ah, mas sendo a mesma fase, só com mais inimigos, ta de boas”
Ééé… Esqueça essa idéia. Além do lock-on (que facilitava bastante) não ser mais uma opção, as fases estão invertidas de cabeça para baixo. Tá punk o negócio!
Por que vale a pena jogar no modo hard?
Mais fragmentos da historia foram adicionados. Se você tem paciência, vale demais. Tudo parece novo, e será um verdadeiro teste para os jogadores hardcore.
Boatos e verdades
Uma das maiores (se não a maior) suposições ao ver os trailers era a possibilidade de jogar em dupla. Not gonna happen. Ao menos não está incluído por enquanto. Os personagens que víamos juntos nos trailers, das máscaras de cisnes, na verdade são controláveis por apenas um jogador. Seria tão maneiro… Quem sabe numa próxima?
A criação de fases já confirmada e apresentada anteriormente neste não está inclusa no game ainda. É provável que saia na segunda metade deste ano, adicionado em um update.
Pontos negativos
Como jogamos no primeiro dia, nada mais natural do que encontrar bugs. Alguns dos mais chatinhos foram inimigos presos em cantos de portas, ou pior, presos fora do cenário. Quando isso acontece, infelizmente a solução é reiniciar a fase – o que pode ser uma chateação se ele for o último inimigo remanescente (experiência própria). Porém, nada disso é suficiente para dar rage quit no game. É só dar um tempo, esfriar a cabeça e voltar depois de alguns minutos ou horas. E claro, nada que uma atualização não corrija. Faz pouco tempo que foi lançado, é só aguardar.
Outro ponto negativo é a falta de colecionáveis (como as máscaras e letras secretas do primeiro). Eles aumentavam bastante o tempo de jogo. Essa falta foi amenizada pela adição do hard mode e pelo aumento do nível de dificuldade – apesar disso, ainda dá aquela saudade de ficar catando itens pelos cenários.
Conclusão
Há muita coisa extra a ser feita, pessoas especiais para encontrar e finais alternativos para fazer em certas fases. Contabilizando as horas totais para zerar (com cenas), terminei em torno de 11-13 horas o modo normal, porém é difícil prever o tempo de aproveitamento, visto que cada jogador terá seu próprio ritmo (e paciência), podendo levar de 4 ou 40 horas.
A ambientação, a jogabilidade e a trilha sonora são um pacote completo garantido de diversão e altas emoções (mesmo!)
Se você curtiu demais ou já é fã, ainda pode investir em uma das edições (iam8bit ou gamersedition) de colecionador hiper fodonas lançadas. Ou nas duas, por que não? (Money, cadê você nessas horas?)
O jogo custa em torno de R$ 30 e pode ser comprado pela Steam (PC, MAC, LINUX) ou PlayStation Store (PS3, PS4, PSVita). Vale cada centavo (tanto que mesmo ganhando a key, aproveitei e comprei de presente a versão de PS4 <3 que é cross-buy com PS3 e cia).
Se você já zerou, vem surtar ca’gente com o spoiler absurdo abaixo
(SPOILER TENSO, NÃO LEIA DE JEITO NENHUM SE QUISER SURPRESAS)
[spoiler]
Aparece tão rápido na tela que eu demorei a assimilar o que estava acontecendo. Parecia que o terceiro jogo já estava ali, pronto para ser jogado logo, aaaand It’sgone, rebobinado de volta ao menu principal do segundo jogo. Depois de confirmado pelos próprios Jonatan e Dennis (Dennaton) que não haveria uma seqüência, as esperanças estavam perdidas. Mas aparentemente não é só Kojima que consegue nos surpreender jogando verde.
Muitas coisas ficaram sem respostas ou confusas. Será que era essa a intenção, tendo em mente um 3? Ou seria algum tipo de brincadeira (por favor não) com os fãs?
Desejamos com forças que isso se torne realidade.
[/spoiler]
Estudante de Design de games/moda/gráfico, aspirante a ilustradora nas horas vagas e artista “faz-tudo” em desenvolvimento de jogos, é louca por qualquer coisa de terror e não dispensa um bom filme trash asiático para rir. Sonysta assumida (deixando o PC muitas vezes com ciúme) e persistente como uma pedra, se negando a jogar no modo easy – quanto mais difícil o jogo, mais viciante!