Publicação está prevista para o ano em que o bombardeio atômico de Hiroshima completa 75 anos

Você ainda acha que história em quadrinhos são coisa de criança? Pois você precisa conhecer, e apoiar, o financiamento coletivo do livro-reportagem Projeto Hibakusha, que contará em forma de história em quadrinhos os relatos de sobreviventes do bombardeio de Hiroshima, em 6 de agosto de 1945. A bomba atômica, a primeira usada para a guerra em toda a história da humanidade, matou cerca de 70 mil pessoas instantaneamente, começando a dar um fim para a Segunda Guerra Mundial.Projeto Hibakusha - capa - divulgação - catarseNo Projeto Hibakusha, você acompanhará a história de um jornalista brasileiro enquanto ele tenta encontrar respostas para algumas perguntas: o que a bomba atômica significou para as pessoas que estavam lá naquele dia histórico?  Quem são elas e que tipo de sentido elas extraíram daquela experiência terrível? E quais sentidos restam para nós construirmos a partir da barbárie, 75 anos depois da explosão? O idealizador do projeto, o jornalista e professor universitário Guilherme Profeta, assina a reportagem e o roteiro do livro, sua terceira publicação em forma de quadrinhos.

A arte é da quadrinista Ligia Zanella, autora da série Calendar (2017, 2018 e 2019) e de outros vários títulos. O projeto gráfico leva a assinatura da designer Priscila Nakajima, cuja família é originária de Hiroshima. Ela já colaborou com Profeta e Zanella em outros dois títulos, incluindo a HQ inaugural do trio, Melissa em Ellipsia (2016).Projeto Hibakusha - detalhe do miolo (BOOM!!) - divulgação - catarse

O livro, que terá 160 páginas, foi concebido e produzido num período de aproximadamente dois anos, entre 2018 e 2020, incluindo a observação em campo no Japão, e entrevistas com dois sobreviventes que atualmente residem na cidade de São Paulo.

Takashi Morita, 96, fundador e presidente da Associação Hibakusha Brasil pela Paz — que reúne sobreviventes da bomba atômica no país — era um jovem de apenas 21 anos quando a bomba explodiu. Como membro da Polícia Militar do Exército Imperial, ele estava em Hiroshima no fatídico 6 de agosto, a 1.300 metros do epicentro. Ele presenciou em primeira mão todos os horrores da bomba atômica: a cidade em chamas, o dia que virou noite, a chuva negra, os corpos carbonizados, as pessoas caminhando trôpegas como zumbis, os rios cheios de cadáveres. Esses são alguns dos acontecimentos que serão relatados no livro.

Projeto Hibakusha - mockup do miolo (1) - divulgação - catarse

Além de Morita, também foi entrevistada a sobrevivente Junko Watanabe, 77, que faz parte de outra geração de hibakusha (como são chamadas as pessoas afetadas pela explosão nuclear). Em 1945, ela era apenas uma criança, mas apesar das memórias incompletas, ela também sofreu as consequências da bomba. Tendo sobrevivido, Watanabe tomou para si a responsabilidade de levar adiante a luta da menina Sadako Sasaki, a famosa colegial japonesa que motivou a construção do Monumento das Crianças pela Paz, no Parque da Paz de Hiroshima, após ter morrido de leucemia aos 12 anos, em decorrência da exposição à radiação.

E aí, curtiu? Quer apoiar? Você pode contribuir com valores de R$40 a R$80 e escolher recompensas como Projeto Hibakusha impresso (com marca-página), postal surpresa, print A4 “Caminhada com a Morte” assinado, Livro Calendar vol. 1, Livro 金KIN** (com marca-página).Projeto Hibakusha - detalhe da capa - divulgação - catarse

A meta para para a realização de Projeto Hibakusha é de R$7.500 e você pode apoiar o financiamento coletivo no Catarse até o dia 11 de maio. O lançamento do livro está previsto para julho de 2020, um mês antes do aniversário de 75 anos do bombardeio de Hiroshima.

Além dos três capítulos e do prólogo que compõem a narrativa visual, Projeto Hibakusha inclui um prefácio assinado pelo prof. Dr. Marcos Reigota, um dos grandes nomes brasileiros da Educação Ambiental e autor do livro Hiroshima e Nagasaki (2015), além de uma seleção de conteúdos extras sobre a concepção e a produção do livro.

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