Por mais garotas gamers e geeks no mundo!

Sua filhinha pode ser nova demais para estar pensando em sua carreira no futuro, mas isso não quer dizer que ela não tenha interesses. Se você está criando uma garotinha, uma pesquisa recente sugere que a forma mais fácil de fazer isso é simplesmente deixá-la ser uma criança… Jogando videogame.

O estudo publicado na revista Computers in Human Behaviour (Computadores no Comportamento Humano), de acordo com a Universidade de Surrey, sugere que jogar ativamente videogame enquanto criança ajuda a atingir médias melhores no STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Liderada pela Dra. Anesa Hosein, da Surrey, a pesquisa indicou que as garotas entre 13 e 14 anos que se identificavam como “jogadoras hardcore” tinham “propensão três vezes maior de buscar um trabalho nessa área” em comparação com garotas que não jogavam videogames. Para fins metodológicos, foram consideradas “jogadoras hardcore” aquelas que jogavam por mais de nove horas semanais.

Essa informação pode ser utilizada de diversas maneiras na educação, de acordo com a Dra. Hosein. De acordo com ela, professores e pais que percebam um interesse por jogos do tipo em garotas poderiam encorajá-las a buscar uma formação nestas áreas, incentivando a participação em eventos e palestras sobre os temas. A inclusão de jogos nas atividades curriculares também poderia ter esse efeito. Porém, a pesquisadora também afirma que é necessário tomar cuidados com estereótipos. Nem todas as garotas geeks possuem os mesmos interesses, e muitas delas podem não ter interesse sério em jogos ou ciência.

A pesquisa também demonstrou que 100% das garotas que já estudavam com uma grade curricular em STEM se identificavam como jogadoras. O mesmo, porém, não foi verificado entre os garotos, uma vez que em todas as áreas de formação apresentavam parcela representativa de jogadores. Isso indica que provavelmente os garotos experimentam muito menos pressão para se adequarem a um estereótipo de jogador enquanto estudam nas áreas de ciência e tecnologia.

Além de incentivar potenciais cientistas e desenvolvedores de tecnologia, jogos eletrônicos também são considerados atualmente uma ferramenta educacional bastante útil na alfabetização. A iniciativa “Perspectives On Reading” compartilhou diversas histórias de crianças com dislexia ou outros transtornos que dificultavam a alfabetização conseguindo superar essas dificuldades através de jogos como Skyrim e Minecraft.

Todos estes mundos complexos acabam tornando a leitura um importante componente na exploração dos jogos. E as crianças se sentem mais motivadas a se esforçarem para entender os jogos do que em uma sala de aula clássica.


Fonte: Lifehacker

Compartilhe: