Quadrinistas brasileiros declaram seu amor ao Festival Internacional de Quadrinhos

Somos todos #FicaFIQ! Artistas e amantes da nona arte estão se mobilizando pela realização da 10a edição do FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos. E a pressão está dando certo! A Prefeitura de Belo Horizonte confirmou a realização do evento, mas enquanto a promessa não se concretiza, a mobilização continua!

Apoiando esta causa, convidamos quadrinhistas responderem a seguinte pergunta: “Por que o FIQ é importante para você?”. Confira a opinião desses artistas talentosos e engajados!

Carol Cunha

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“Eu já passei por tantos FIQs na minha vida, em vários “papéis” diferentes. Já fui como visitante e trabalhando. Foram experiências muito boas, mas ser expositora e convidada como em 2015 foi algo que não consigo descrever em palavras. Algo completamente novo e recompensador. O FIQ é aquele momento mágico de reencontrarmos os amigos e conhecermos novos, sejam artistas ou leitores. Tempo de trocarmos experiências, rirmos (e suarmos) juntos.
O Festival foi algo que ajudou a me formar como pessoa, como artista e como acadêmica.
Mas o FIQ não é algo enriquecedor apenas a nós quadrinistas e apreciadores do gênero. Ele traz uma dinâmica nova para a cidade, um fluxo de turistas que se preparam durante dois anos para estarem em Belo Horizonte. Um época em que Belo Horizonte se torna realmente Internacional. São praticamente 20 anos de História e Tradição Cultural, não apenas Mineira, mas Nacional e Internacional, que não podem ser simplesmente abandonadas.”

Carol Cunha – É ilustradora, quadrinista e animadora. É professora de Roteiro, Narrativa e História em Quadrinhos na Escola Técnica de Artes Visuais Casa dos Quadrinhos, em Belo Horizonte. Autora das HQs independentes “História de Amor” (2013), “Dandelion” (2015) e da história “Valenti@”para a Coletânea da Campanha “Que Diferença faz” (2015).

Rebeca Prado

Beca Prado

“Eu comecei a frequentar o FIQ antes de descobrir que “fazer quadrinhos” era uma profissão. Eu gostava de ler quadrinhos e gostava de desenhar. Estava começando a estudar desenho e ainda não sabia que existia todo um universo que me acolheria a partir dali.
O mais importante das convenções é a troca. A troca de materiais produzidos, a troca de informações, a troca de experiências, a troca de medos, a troca de apoio. Na minha profissão – e agora eu sei que é, de fato, uma profissão – a troca é o que move todos os nossos esforços. Minha gratidão pelo FIQ se manifesta na materialização do meu trabalho. Se eu não tivesse ido aos estandes, conversado com as pessoas, assistido palestras, feito workshops e sido acolhida tanto pelos colegas que estavam na estrada desde muito tempo quanto pelos que estavam engatinhando como eu, meu trabalho não existiria. O trabalho de toda uma geração não existiria. Lá é o nosso espaço seguro para troca, luta, militância e acolhimento.”

Rebeca Prado – É formada em Cinema de Animação pela UFMG, quadrinista, ilustradora para os mercados editorial e publicitário e professora na Casa dos Quadrinhos. Rebeca publicou de forma independente os quadrinhos Navio Dragão, Baleia # 01, #02 e #3.

Samanta Coan

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“Já é clara a importância do FIQ para cena da HQ independente do Brasil. Dentro do recorte do Lady’s Comics, a gente acompanhou nesses quase sete anos de site uma mudança essencial de uma mesa exclusiva sobre mulheres e quadrinhos, em 2011, até a busca da diversidade nos convidados, em 2015. Sem dúvida, o Festival despontou frente a muitos produtos culturais de quadrinhos no país ao olhar para uma demanda social (ainda mais um evento público). Muitos coletivos, sites e artistas estavam sentindo falta de representações e ele buscou ser esse reflexo da cena. #FicaFIQ”

Samanta Coan – Designer gráfico, especialista em design experiencial e mestranda em Design, Cultura e Sociedade, pela UEMG. Além de escrever pro Lady’s Comics  tem o site Um Triz que, junto com André Coelho, faz entrevistas com quadrinistas brasileiros.

Vitor Cafaggi

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“Sem dúvida o FIQ é o evento de quadrinhos mais democrático e acolhedor do Brasil. É importante para a formação de público, já que lá o leitor habituado a mangás e quadrinhos de super heróis tem contato com material que ele não encontra em banca. É importante para os autores, já que temos pouquíssimos eventos desse porte no Brasil, onde autores do Brasil inteiro vem vender seus quadrinhos para um público relativamente grande. É importante para a formação de autores já que o ambiente e o contato tão próximo com os autores é inspirador. No FIQ muita gente descobre que o quadrinho pode contar qualquer tipo de história. É importante pra mim, já que no FIQ eu decidi que iria fazer quadrinhos. No FIQ de 2007 enquanto passava uma tarde de sábado no evento, eu resolvi que iria tentar fazer quadrinhos. No FIQ seguinte, em 2009, eu já estava sentado autografando ao lado do Mauricio de Sousa. Nosso mercado de quadrinhos no Brasil é pequeno, o FIQ é o lugar onde parecemos gigantes.”

Vitor Cafaggi – formado em Design Gráfico, além de quadrinhista, é professor da Casa dos Quadrinhos – Escola Técnica de Artes Visuais. Participou das coletâneas Pequenos Heróis, Futuros Heróis, MSP 50. É autor das HQs Duotone (2010), Valente Para Sempre (2011), Valente Para Todas (2012), Valente Por Opção (2013), Valente para o que der e vier (2014), Valente para onde você foi? (2017). Junto a irmã Luciana Cafaggi publicou as Graphic MSP Laços (2013) e Lições (2015)

Calma, não acabou não! Tem mais quadrinhistas fantásticos na próxima página!

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