A mostra estimula uma participação ativa dos visitantes, com obras que propõem uma reflexão social sobre a atualidade.

Unir diversão a reflexão. Essa é a proposta da exposição coletiva Playmode, que estreia nacionalmente no Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte no dia 30 de março, e poderá ser vista de quarta a segunda, das 10 às 22 horas, até o dia 06 de junho.

Os ingressos são gratuitos devem ser emitidos, preferencialmente, no site com apresentação do QR Code na entrada da exposição. O ingresso é válido para o dia agendado. Posteriormente, a mostra poderá ser vista no Rio de Janeiro (19/07), em São Paulo (25/10) e em Brasília (01/02/2023).

“Xadrez Auto-Criativo” (2019), de Ricardo Barreto e Raquel Fukuda - Foto: Camila Picolo
Xadrez Auto-Criativo (2019), de Ricardo Barreto e Raquel Fukuda – Foto: Camila Picolo

A exposição exibe 44 peças, muitas interativas, de artistas de todo o mundo. Sete deles, brasileiros.  A mostra conta com curadoria dos portugueses Filipe Pais e Patrícia Gouveia e utiliza o caráter lúdico dos jogos para propor uma reflexão social e política sobre a atualidade.

Ao propor uma reflexão sobre a faceta lúdica da sociedade contemporânea, Playmode divide os trabalhos dos artistas em três grandes eixos: “Modos de desconstruir, de modificar e de especular”, “Modos de participar e de mudar” e “Modos de transformar, de sonhar e de trabalhar”.

Obra: Cubo de Dados, 1970, de Nelson Leirner - Crédito da imagem: Jaime Acioli
Obra: Cubo de Dados, 1970, de Nelson Leirner – Imagem: Jaime Acioli

No primeiro eixo encontram-se obras que exploram os modos de jogar. Valendo-se de jogos bem conhecidos, propõe a transformação de regras e mecanismos já automatizados pelos usuários desses jogos. Sugere-se, nessa dinâmica, a revisão de conceitos como resistência e o estímulo para promover novas visões do mundo contemporâneo. É o eixo com maior quantidade de obras na mostra.

Obra: Huni Kuin, de Guilherme Meneses, Bobware e Beya Xinã Ben - Crédito da imagem: Guilherme Meneses, Bobware e Beya Xinã Ben
Obra: Huni Kuin, de Guilherme Meneses, Bobware e Beya Xinã Ben – Imagem: Guilherme Meneses, Bobware e Beya Xinã Ben

O eixo 2 compreende obras cujo objetivo é convocar a atenção mais profunda dos visitantes: além da participação ativa nos jogos, mobiliza-se a consciência das decisões tomadas ao longo da partida. Consequentemente, as peças digitais desse eixo acabam por estimular a mudança de perspectivas em relação à realidade e às maneiras de lidar com ela.

Obra: SuperMario Sleeping, 1997, de Miltos Manetas - Crédito da imagem: Miltos Manetas
Obra: SuperMario Sleeping, 1997, de Miltos Manetas – Imagem: Miltos Manetas

Estão presentes na mostra artistas e estúdios, produtores e coletivos da Alemanha, Brasil, Croácia, Estados Unidos, França, Grécia, Nova Zelândia, Portugal e Japão.

São eles: Aram Bartholl, Bill Viola + Game Innovation Lab, Bobware, Brad Downey, Brent Watanabe, Coletivo Beya Xinã Bena + Guilherme Meneses, David OReilly, Filipe Vilas- Boas, Harum Farocki, Isamu Noguchi, Jaime Lauriano, Joseph DeLappe, Laura Lima + Marcius Galan, Lucas Pope, Mary Flanagan, Mediengruppe Bitnik, Milton Manetas, Molleindustria, Nelson Leirner, Pippin Barr, Priscila Fernandes, Raquel Fukuda + Ricardo Barreto, Samuel Bianchini, Shimabuku, Tale of Tales (Auriea Harvey e Michaël Samyn) e The Pixel Hunt.

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