Confira alguns pontos sobre o primeiro exclusivo da Sony deste ano 🙂

Após seis anos de desenvolvimento, a Sony lançou este ano seu primeiro exclusivo nascido e totalmente desenvolvido para a nova geração: Days Gone, um game de mundo aberto que se passa dois anos após uma pandemia global que transformou milhares de pessoas em zumbis, em perspectiva de terceira pessoa.

Vem com a gente conhecer alguns pontos do jogo 🙂

O protagonista e sua motocicleta

Aqui, acompanhamos a história de Deacon St. John, um caçador de recompensas que gosta de viver sua vida perigosa nas estradas.

De fato, o protagonista foi um dos pontos altos do jogo, especialmente porque a história nos é mostrada de uma forma que nos torna mais próximos dele, causando a sensação de empatia com a sua forma de pensar.

Isto acontece por diversas vezes no jogo, especialmente diante de tantas tragédias dentro de um apocalipse zumbi vividas pelo próprio protagonista – entre elas, a perda de sua amada Sara -, que apesar de parecer “duro na queda” por ser um ex-militar, tem seu lado sentimental.

Esse lado se aflora bastante, mas não chega a ser algo cansativo, mesmo porque Deacon acaba tendo que lidar com o presente – fugir dos zumbis e, principalmente, sobreviver.

O único porém é que toda a história é fragmentada em missões, que até seguem uma certa “linha cronológica”, mas que pode se tornar um pouco confusa no início. Com o decorrer do jogo, os detalhes vão se encaixando e então finalmente conseguimos descobrir o que está acontecendo.

Normalmente, a narrativa de jogos que tratam de apocalipses zumbis é bem clichê, e Days Gone não foge à regra. Mas é interessante o fato do protagonista investigar o envolvimento do NERO, um órgão governamental suspeito de se envolver com o fato, para tentar desvendar como o vírus se espalhou e culminou numa pandemia.

O personagem se desloca nesse mundo aberto através de sua motocicleta, que, na verdade, é muito mais do que apenas um meio de transporte: é a única coisa que sobrou da vida de Deacon antes do apocalipse.

E por mais que você passe por pontos desconhecidos, florestas e lugares abandonados, você vai passar bastante tempo pilotando nas estradas – o que de certa forma acaba sendo cansativo, especialmente porque o combustível acaba bem rápido. Certa vez, fiquei cerca de vinte minutos procurando por gasolina em vez de continuar a missão 🙁

Mas tem o seu lado bacana: você pode dar um belo de um upgrade nela, colocando novos pneus, rodas, faróis, escapamentos e afins, aumentando a velocidade e até mesmo diminuindo o barulho que ela faz – que atrai vários zumbis. Também rola de carregar munição na motocicleta, além de outros tipos de suprimentos que você só encontra nos acampamentos, o que é uma bela mão na roda, já que tem poucos recursos no jogo.

Os inimigos

Temos três tipos de inimigos no jogo – e não são apenas zumbis: os frenéticos, os humanos e os animais.

Os frenéticos (freakers) são os principais, e possuem várias categorias: os comuns, as lagartixas – que são crianças zumbis (PASMEM), atalaias e outros mais fortinhos. Para cada um deles, você deve usar uma estratégia específica, porque se aproximam de forma diferente.

É fácil encará-los quando estão sozinhos, mas às vezes estão em bando – as famosas hordas – e aí a coisa fica feia. Você precisará fazer armadilhas e criar uma rota para fazê-los passar por elas, o que é bem divertido.

Os humanos podem ser os próprios sobreviventes, como o protagonista, que acabaram enlouquecendo e acabam tentando prendê-lo em armadilhas. Eles dão um trabalhinho (ô racinha!), especialmente os RIPers, que são os malucos das ceitas que ficam te atacando sem qualquer motivo aparente.

Por último, temos os animais. Alguns deles vão servir para caça e comida, especialmente os cervos. Outros te usarão como isca, como os lobos e ursos, que costumam atacar de surpresa e às vezes dar mais trabalho que os próprios zumbis.

Jogabilidade

A jogabilidade foi bem desenvolvida, de modo que você precisa REALMENTE trabalhar para deixar seu personagem mais forte, desbloqueando diversas habilidades a depender da sua estratégia de jogo.

Outra coisa que ajuda muito é a criança de itens, que dá várias opções na hora de bater nos inimigos – e também de fugir deles, como, por exemplo, com a criação de silenciador para sua arma.

Infelizmente, você enfrentará alguns bugs, como quedas de fps e às vezes na própria movimentação do personagem, o que realmente acabou atrapalhando algumas vezes 🙁

Outro problema foi em relação ao tempo. Você perceberá que algumas espécies dos frenéticos (freakers) aparecerão com mais frequência à noite. O jogo tem um sisteminha em que você pode dormir à noite e acordar de dia para fazer a missão, mas em alguns pontos, o jogo IGNOROU totalmente o horário e em cinco minutos de repente tudo ficou escuro, o que nos revela que aquela missão foi programada para ser realizada à noite.  Aliás, o que acontece com bastante frequência é que os dias são bem mais curtos que as noites, com o único propósito de fazer brotar vários zumbis – ou melhor, horas deles.

Gráficos

Os gráficos são outro ponto alto do jogo. As cidades destruídas e a aparência bem real dos personagens às vezes acabam sendo até mais interessantes que a própria história, o que, de certa forma, acabava tirando o foco das missões menos atrativas.

Vale a pena?

O jogo é divertido e bem bacana, mas sinceramente não acho que esteja no nível dos exclusivos que costumam ser lançados pela Sony.

Se você é fã de jogos de apocalipse zumbi, vale a pena jogar para se divertir e passar o tempo, especialmente para arregaçar os monstrinhos. Mas se você for grande fã de histórias e estiver esperando algo muito inovador, infelizmente o jogo deixou a desejar 🙁


Imagens via PlayStation

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