E já estava na hora.

Arlequina não é apenas uma das personagens mais populares da DC Comics na atualidade, como hoje é também uma das melhor trabalhadas personagens do Universo Expandido da DC e Warner. Analisando a personagem desde a sua introdução em Esquadrão Suicida, passando por Aves de Rapina até o novo O Esquadrão Suicida, nós podemos ver como Margot Robbie trabalhou para trazer a personagem à vida, apesar dos erros cometidos no início.

Apresentada na animação de Batman nos anos 1990, Arlequina era inicialmente a namorada do Coringa, arqui-inimigo do herói titular. Apesar de começar apenas como uma personagem de suporte, ela aos poucos foi se transformando em uma personagem trágica, apaixonada por um palhaço abusivo. Eventualmente, os dois se separaram, e por uma razoável parte de sua versão mais moderna, ela constantemente tem evoluído para existir fora do mundo de Coringa.

E isso aconteceu após vários erros, porque Arlequina é uma personagem muito fácil de entender errado, especialmente quando hiperssexualizada. Esquadrão Suicida, de David Ayer, está próximo de ser a pior obra do universo DC por muitos motivos, apesar do elenco fantástico. Margot Robbie como Arlequina foi uma excelente escolha.

A atriz claramente sentiu uma grande afinidade com a personagem, e trouxe muito para cada atuação. Mas ainda assim, é difícil assistir Esquadrão Suicida com a personagem de shortinho sob o olhar voyeurista focado em seu corpo. O filme faz muito pouco pela personagem, além de apresentá-la como “sexy”, “maluca” e um pouco triste.

Tudo que pode ser tirado de bom daquilo é exclusivamente por conta de Margot Robbie.

Aves de Rapina, de Cathy Yan, foi uma excelente medida corretiva. Apesar de parte de nós ter ficado um pouco frustrada que o filme de Aves de Rapina tenha focado tanto na Arlequina, foi ótimo ver a personagem cercada por um grupo de mulheres. A história, que conta a jornada de autoconhecimento dela após o término com o Coringa, permite que a personagem seja aproveitada. Seja sexy sem precisar usar trajes ridículos criados por um homem, e que possa se divertir.

James Gunn disse em uma entrevista que não sabia sobre Aves de Rapina (Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa) enquanto escrevia esse filme. Ele sabia que:

(…) não importa como você olhe para isso, Arlequina possui um relacionamento anterior com o Coringa. Então eu precisava que ela saísse disso de certa maneira, e eu precisava que ela fizesse uma escolha saudável – saudável pela perspectiva dela – sobre onde ela queria levar a sua vida sem depender de um homem.

Além disso, tendo Margot Robbie no set, que é a Arlequina nesse momento, temos certeza que ela está lá para ajudar a guiar a direção da personagem. O que temos hoje é uma Arlequina que parece uma excelente continuação de Aves de Rapina. Ela se preocupa com a sua equipe, se veste de forma mais confortável, e continua em alerta para quaisquer bandeiras vermelhas no comportamento dos outros, o que leva a uma das melhores cenas de todo o filme.

Isso sem contar, que para todos os fãs dos quadrinhos, foi maravilhoso vê-la novamente em vermelho e preto.

E falando como alguém que nunca foi muito fã da personagem em sua fase da série clássica animada, eu posso dizer que hoje a personagem é uma das minhas preferidas. Margot Robbie é excelente no papel, e podemos ver todas as camadas acumuladas pela personagem em sua história sendo colocadas em sua atuação. Assim como na animação Harley Quinn, assistindo O Esquadrão Suicida, pudemos ver as coisas finalmente se encaixando. Arlequina está aqui.

Agora, só falta um live-action com ela e a Hera Venenosa.


Fonte: The Mary Sue

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