Usuários reclamam que os benefícios não compensam a invasão!

A Amazon tem histórico de grandes lançamentos ao longo dos anos em sua linha de gadgets. Tivemos as gerações dos Kindles, o Eco, Eco Dot e agora o seu primeiro weareble chega para compor a família.

A Amazon Halo Band tem foco na saúde do usuário e trás recursos padrões de qualquer outra smartbands fit. Porém o seu diferencial foi considerado invasivo e pouco vantajoso.

Medição de gordura corporal

O mais novo recurso de medição e acompanhamento da gordura corporal seria o seu ponto forte. Logo de cara, o sistema solicita ao usuário que esteja com pouca roupa para realizar um scanner 360° do seu corpo onde as informações serão mandadas para análise na nuvem.

Após análise, a Amazon afirma que seus dados serão apagados e um modelo 3D será utilizado para medição de progresso.

Estudos realizados pela empresa afirmam que este recurso é mais preciso que balanças domesticas e cálculos do padrão de índice de massa corporal, o IMC.

Porém, usuários relatam que os resultados da análise de gordura corporal são exagerados comparados com cálculo de IMC realizado por médicos e que o diagnóstico é muito incisivo para uma análise tão rasa.

Uma observação importante: A empresa afirma que esse recurso é para maiores de 18 anos, pois existe uma preocupação com relação a imposição de padrões de corpo ideal para adolescentes.

Mas é possível que esta regra tenha sido criada para evitar captura de dados de menores com pouca roupa já que empresa avisa de antemão que esses dados vão para a nuvem.

Análise de tom de voz

O segundo recurso chave da Halo Band é a analise de tom de voz. A empresa comenta que o bem estar social também deve ser uma preocupação entre os usuários e, por isso, cuidar da maneira como se fala é primordial para saúde.

Para medir o seu nível de “energia e positividade” o usuário precisa ativar o microfone da pulseira, realiza um reconhecimento de voz repetindo várias frases e em seguida a pulseira irá coletar dados das suas conversas ao longo do dia, o que já é minimamente preocupante.

Usuários relatam que tiveram um histórico meio esquisito e perturbador. Na lista de adjetivos é possível encontrar os termos “triste”, “teimoso”, “severo”, “hesitante”, “desdenhoso”, “teimoso” e “condescendente”.

“Desativei o recurso depois de dois dias porque parecia uma invasão de privacidade assustadora. Mas deixei-o ligado por tempo suficiente para reclamar com minha esposa sobre como era uma ideia ruim.

Depois de analisar a conversa, o aplicativo Halo disse que eu parecia irritado e enojado”. Comenta Brian Chen redator do New York Times.

Esses recursos fazem parte da assinatura Halo Membership. Se o usuário decidir não continuar com sua assinatura, ele passa a ter uma smartband simples com dados de tempo básico de sono, frequência cardíaca e acompanhamento de passos que podem ser acessados pelo aplicativo já que a pulseira não possui visor para não “atrapalhar o dia a dia do usuário”.

É extremamente animador ver o avanço da tecnologia e o quanto ela pode nos auxiliar no dia a dia, porém sabemos que estamos cada vez mais concordando em compartilhar os nossos dados e muitas empresas não estão reverberando o uso deles em soluções importantes e relevantes para nós.

“Esperamos que nosso tom seja claro aqui: não precisamos desse tipo de crítica de um computador”, comentou o jornal O Post em sua análise do wearable.

A pulseira em si possui acelerômetro, sensor de temperatura, medidor de batimento cardíaco, dois microfones, resistência à água e traz alguns modelos que não irritam a pele.

Ela possui até sete dias de bateria e a recarga demora apenas meia hora. É discreta, minimalista e vale ressaltar o fato de não possuir um visor.

Após observar todos os relatos, o que dá a entender é que o dispositivo serve apenas para coletar dados de maneira invasiva que repassa informações minimamente confusas para os usuários e que não sabemos muito bem o que será feito com elas.

Fonte: O Post  // The New York times // Futurism 

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