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“Qualquer um que tiver este martelo, se for digno, deverá possuir o poder de Thor”. Essas palavras, inscritas ao longo do Mjölnir (o martelo mágico de Thor) ganharam um novo significado na luta contra a Covid-19.
De acordo com o The New Yorker, a Emory University, a Ridgeback Biotherapeutics e a gigante farmacêutica Merck têm trabalhado em uma droga antiviral potencialmente poderosa que pode “reduzir pela metade as chances de uma pessoa infectada pelo coronavírus precisar ser hospitalizada”.
Os pesquisadores de Emory chamaram a droga de Molnupiravir em homenagem ao Mjölnir!
A droga foi considerada tão eficaz em destruir o vírus que um comitê independente pediu que interrompessem o estudo durante a Fase III mais cedo porque consideraram antiético continuar dando placebos aos participantes da pesquisa de controle.
Já aprovada para uso no Reino Unido, é possível que uma aprovação de “uso de emergência” seja enviada para outros países. Se aprovada, pode alterar radicalmente o tratamento da Covid-19. Pessoas com teste positivo podem pegar a dose dos comprimidos na farmácia local e se recuperar no conforto de sua própria casa, em vez de esperar o tratamento no pronto-socorro, com poucos recursos. Uma caixa de Molnupiravir, uma pequena pílula laranja, tem quarenta comprimidos: quatro das cápsulas precisam ser tomadas duas vezes ao dia durante cinco dias – e é essa a dosagem do remédio.
O Molnupiravir atua visando a maquinaria de replicação do coronavírus em vez da proteína spike (que é o alvo das vacinas). A proteína spike pode sofrer mutação e evoluir com o tempo, mas a maquinaria de replicação está “praticamente gravada em pedra”. O molnupiravir também é potencialmente eficaz contra vários vírus de RNA, como Ebola, Hepatite e Norovírus. O martelo de Thor é realmente poderoso!
A Pfizer também está logo atrás com sua droga antiviral secreta, Paxlovid. Com os feriados se aproximando e as reuniões sociais internas em ascensão, só podemos esperar que esses dois medicamentos estejam disponíveis e acessíveis a tempo de evitar uma nova onda.
Fonte: The Mary Sue.
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Débora é musicista, professora de artes, pesquisadora de sociologia de gênero. Autoproclamada otaku-não-fedida e gamer casual. A alcunha de Liao veio de um site aleatório de geração de nomes japoneses (Liao é chinês, mas tudo bem).
