Certo dia um lobo se infiltrou em um grupo de coelhos e a cada noite ele devora um dos animais. Os coelhos precisam agir rápido para descobrir quem é o lobo disfarçado entre eles, senão… todos serão devorados.
É com esse clima de suspense e mistério que lhes apresento o mangá Doubt do autor Yoshiki Tonogai que foi publicado no Japão entre 2007 e 2009 contando com quatro volumes no total. No Brasil está sendo publicado pela JBC.
Era uma vez…
Um jogo para celular bem popular chamado Rabbit Doubt, onde os jogadores são coelhos em um grupo e o sistema do game seleciona um deles aleatoriamente para ser o lobo. Os jogadores precisam descobrir qual deles é o inimigo disfarçado, mas quanto mais demorarem pra descobrir, mais coelhos vão sendo mortos pelo lobo do grupo a cada rodada.
Em uma tarde um grupo de jogadores decide se encontrar. Eles são Yuu Aikawa – um garoto de boa índole e coração; Eiji Hoshi – rebelde e um tanto violento; Haruka Akechi – peituda que adora se divertir; Rei Hazama – uma ex-ilusionista que chegou a ser bem famosa, mas hoje vive em uma cadeira de rodas; e sem querer, uma não jogadora amiga de Yuu acaba se encontrando com o grupo – Mitsuki Hoyama.
Tudo estava indo muito bem. O grupo estava se divertindo à beça em um karaokê, quando de repente todos são desacordados e ao recuperarem os sentidos se vêem presos em um prédio abandonado extremamente sinistro. Mas como desgraça pouca é mesmo bobagem, pra piorar a situação os jogadores estão em uma versão real do jogo Rabbit Doubt – há um lobo entre eles e o primeiro jogador já morreu…
Quem é o lobo? Onde eles estão? Como sairão dali? Como descobrirão quem é o lobo? Por que alguém fez isso com eles? Quem está por trás dessa trama? E o pior: será que alguém vai sobreviver?
Analisando
Me interessei por Doubt desde que li a sinopse. É difícil encontrar uma boa história de suspense e na hora pensei que o enredo desse mangá era bem interessante, apesar de não ser muito inovador.
O clima da história é perfeito. Os fatos vão sendo apresentados de forma simples e o desenvolvimento tem um ritmo bom – nem lento nem apressado demais. A história traz aquele ambiente de filme de suspense que estamos acostumados a ver: um grupo de jovens, um mistério a resolver bem perigoso, personagens meio clichê (o bonzinho e líder, o rebelde que causa problemas…), mas Doubt consegue se manter bem apesar das premissas básicas que permeiam o enredo. Os jogadores estão em um prédio abandonado com portas trancadas que só são abertas com códigos de barras que eles descobrem terem marcados em algum lugar de seus corpos, ao acordarem lá. Porém cada código abre apenas uma porta -portanto qual porta abrir é uma decisão muito séria que pode prejudicar a todos se mal feita. E mais esquisitices vão aparecendo conforme o grupo vai explorando o local onde o jogo está acontecendo.
Um porém seria que leitores mais acostumados com o gênero suspense podem sacar algumas coisas logo de cara, apenas pensando um pouco mais nos acontecimentos. No entanto, mesmo sacando certas coisas, ainda ficam muitas perguntas no ar que só serão respondidas nos últimos volumes da história. É uma boa pra quem gosta de brincar de detetive e quer descobrir quem é o lobo da turma.
Vale ou não?
Na minha opinião, Doubt é um mangá que vale a pena sim. A história é tensa e bem estruturada e ainda mais por durar o total de quatro volumes – ou seja, não fica arrastada com aquela impressão que o autor está “enchendo linguiça” pra dar mais volumes. Eu me empolguei bastante criando teorias conforme ia lendo. É perfeito pra quem gosta de ir analisando a trama e os personagens buscando descobrir as respostas antes deles.
Quem está acompanhando me diz aí nos comentários, já sabem quem é o lobo?
／(≡・ x ・≡)＼ Até o próximo post, coelhinhos! U｡･.･｡U
Tradutora ainda não formada, cantora de aniversário de parente, frustrada por não ter tido um GameBoy na infância. Adora vídeo-games mas é péssima em todos eles. Fundadora do já falecido Flyleaf Brasil e com apenas 5 palavras no vocabulário se acha fluente em japonês. Fica para sempre devendo sua entrada no GG à musa mangaká Ai Yazawa.
