Um menino de rua órfão chamado Billy Batson passará por muitas aventuras, após ir ao encontro de uma entidade poderosa que lhe dará poderes para encarar grandes emoções!

Vocês se lembram de quando contei aqui sobre a chegada no Brasil de Shazam! & A Sociedade dos Monstros? Eis que, após sua estreia nas terras tupiniquins, consegui pegar uma promoção bem massa e preparar uma resenha para quem ainda está com dúvidas quanto a obra. Assim, posso contar um pouco mais sobre esta edição, que não faz ligação a nenhuma cronologia do personagem, mas tem boa reputação e muitos fãs deveriam conhecer.

O roteiro e a arte são de Jeff Smith, que conseguiu explorar de forma inocente a história do pequeno Billy Batson, com um tom bem cartoon e diálogos cheios de molecagem. Por sinal, aqui tudo rola de uma forma diferente de muitas histórias do Shazam ou Capitão Marvel – Chame como quiser, pois de forma ilegal ou não, o nome Capitão Marvel ainda está na boca dos leitores. Shazam, porém, ainda é o nome válido adotado pela DC Comics.

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Nesta edição, Billy Batson se vê diante de problemas muito comuns para a maioria dos moradores de rua: conviver com medo, sob um teto que pode não ser o mesmo do próximo dia, além de ter que lidar com pessoas com más intenções. Mesmo com a possibilidade de ir para um abrigo, o garoto não quer ser encaminhado para uma nova família, já que seus pais biológicos morreram e ele se vê como um jovem responsável, que pode viver sozinho pelas ruas.

Um dos companheiros de Billy na história é o senhor Malhado, um velho muito sábio, que orienta o garoto sobre os perigos de se viver na rua. Até que em uma das conversas com o sábio Malhado, Billy persegue um vulto negro em direção ao metrô e BAM! Billy Batson se vê num lugar muito diferente daquele em que havia entrado e logo dá de cara com um Mago. A entidade reconhece a independência e a responsabilidade do pequeno Billy Batson e lhe dá o trabalho de ser hospedeiro dos poderes de alguns heróis: Salomão, Hércules, Atlas, Zeus, Aquiles e Mercúrio, nomes que com suas iniciais formam a palavra Shazam! E ao dizer a palavra, o menino se torna um adulto poderoso pronto para proteger o universo.

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Enquanto se acostuma com a novidade, descobrimos que Billy tem uma irmã perdida por aí: a pequena Mary. A garota aparece quando ele decide procurar algo para fazer no circo da cidade, lugar onde animais anunciados como atração acabam chamando atenção por devorar o apresentador. Vemos ai as mesmas criaturas que causaram problemas na cidade anteriormente, como uma espécie de jacaré falante. Durante o tumulto no circo, o jacaré tenta sequestrar algumas crianças e Shazam entra em cena para salvar os pequenos. É aí que ele encontra, entre as crianças, sua irmã Mary, que descobre estar na mesma situação: morando na rua e sem rumo.

Em meio aos monstros devoradores que aparecem na cidade, o Procurador-Geral Dr. Silvana  anuncia medidas para controlar o caos. Começamos, então, a acompanhar atitudes suspeitas e uma aparente oportunidade de lucrar com novas armas de guerra contra os monstros. E é aí que Shazam e companheiros  aparecerão pelo caminho e ajudarão a combater os monstros.

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E aí, convencido de ir atrás do seu encadernado? A leitura é incrível, pois – como havia dito – o jeito como Jeff Smith explora o personagem nesta história é muito carismático. A molecagem dos diálogos é simples, mas mostra muito mais que um herói adulto numa roupa colada com dever de usar seus poderes para o bem. Mostra também o lado infantil de um grandão que cresce junto com um garotinho, onde juntos evoluem e se transformam.

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