Saiba mais sobre as gerações do k-pop!
Que o k-pop tá no seu auge todo mundo já sabe! Grupos como Blackpink e BTS aproximaram ainda mais as pessoas da hallyu (ou onda coreana), movimento que vem ocupando cada vez mais espaço na indústria cultural. O aumento do consumo da cultura coreana (doramas, música e cinema) tem rendido bons frutos não só para Coreia do Sul e outros países asiáticos, mas também para quem tem o coreano na ponta da língua (a busca por aulas de coreano cresceu cinco vezes mais). Os MVs (clipes) batem recordes assim que vão ao ar e o Brasil não fica para trás: somos o 5º país que mais ouve k-pop, de acordo com o Spotify.

Mas você, jovem padawan da hallyu, conhece as gerações do k-pop? Por enquanto, temos 4 gerações (e contando) e elas possuem características musicais e visuais distintas. Quando uma geração “acaba” não significa que os grupos acabaram também: muitas bandas estão na estrada há anos e continuam produzindo, como é o caso do Super Junior. Segue o fio!
Primeira Geração
O k-pop já é trintão! Ele começa com grupos colocando bastante influência ocidental nas músicas. O pop, hip hop e o jazz são ingredientes importantes e a intenção era justamente internacionalizar a música coreana. Em 1992 temos Seo Taiji & Boys com a música “Nan Arayo”. Na mesma década em 1995, o produtor musical e cantor Lee Soo-man funda S.M. Entertainment seguido do ex-integrante do Seo Taiji & Boys, Yang Hyun-suk, que funda a YG Entertainment, em 1996. Como você deve ter percebido, a geração usa as iniciais como nome das empresas então o cantor Park Jin-young, funda a JYP Entertainment, em 1997.
É possível ver as influências ocidentais misturadas com referências japonesas. É um mix daquele “poperô” de academia dos anos 90 com notas de aberturas de Tokusatsus. Reparem bem nos cabelos e nas roupas: estamos nos anos 90, e é incrível.

Caso você queira se deliciar nesse mar de possibilidades: Seo Taiji and Boys, H.O.T., SES, Turbo, Sechskies, Fin KL, Deux, Shinhwa, BOA, G.O.D, Fly to The Sky.
Segunda Geração
Aqui as gravadoras e agências começam a transformar o k-pop em produto de exportação. O investimento em visual, técnica vocal e coreografias de tirar o fôlego garantiram que a Coreia do Sul entrasse na pista de dança do pop mundial.

Importante salientar que nessa fase começam as turnês mundiais e os idols estão em todos os lugares: no rádio, na internet, nos programas de TV, e claro, nos doramas! Com o k-pop se tornando um negócio, as agências passam a ter uma organização maior para formar os grupos: começam as seleções, trainees, escolha de pelo menos um membro que fale outro idioma, aulas de canto, teatro, dança, “redesign” (as agências se responsabilizam pela repaginada visual dos aspirantes a idol, plásticas, aparelho nos dentes e o que for julgado como “necessário” para que tenham imagens deslumbrantes).
Navegue nessas águas perfeitas com: 2NE1, SNSD, KARA, SHINee, BigBang, Wonder Girls, BEG, Super Junior, TVXQ, Rain, 2PM, T-ARA, F(X), After School.
Terceira Geração
Donos do mundo que fala? Esse momento alguns pesquisadores já chamam de Neo-hallyu.
Aqui a Coreia do Sul já foi tomada por uma infinidade de agências que investem pesado em grupos de k-pop. A fama chegou e o sucesso global também. Quem não lembra do PSY com Gangnam Style? Tem BTS, Blackpink, EXO, Mamamoo, GOT7, Red Velvet e TWICE!

Os vídeos são lançados batendo um recorde atrás do outro. Apresentações em programas internacionais. Só para você ter uma noção, recentemente o apresentador estadunidense Jimmy Fallon fez uma semana inteira de BTS no The Tonight Show. Você pode conferir aqui.

Com memes a todo vapor, a internet aguarda cada MV como se fosse o lançamento de uma trilogia esperada há anos (o fã BR sofre porque é tudo no horário coreano). Cada fandom tem um apelido carinhoso: Army (BTS), Blinks (Blackpink), Ahgase (Got7), e por aí vai. As jogadas de marketing são sensacionais: lives, reality shows, teasers e lançamentos frequentes deixam o fandom com sensação de proximidade dos seus idols.

Essa geração também conversa sobre tabus e saúde mental. Os visuais são fluidos e os MVs conceituais cheios de cor. As formações com rap line e vocal line são uma receita que não tem como dar errado. Os fandons se posicionam e as ideologias aparecem, comportamento característico da Geração Z (nascidos entre 1996-2010).

Fazem parte do tsunami: BTS, EXO, Twice, Blackpink, Red Velvet, GFriend, Seventeen, GOT7, Block B, Vixx, Mamamoo, Apink.
Quarta Geração e futuro

Com uma indústria consolidada e bastante dinheiro no bolso, as agências agora já planejam os grupos pensando na carreira internacional. Integrantes falando vários idiomas, chamadas de vídeos com fãs, MVs lançados com muita frequência e cheios de teasers: o k-pop está cada dia mais pop. É impressionante. Estava outro dia numa loja de tintas e tava rolando um BTS de fundo. Ali, na lojinha de tinta num bairrão de Sampa, saca?
E temos aqui mais grupos maravilhosos: ATEEZ, NCT, Stray Kids, The Boyz, (G)Idle, Loona, TXT, ITZY, ASTRO, Pentagon, entre outras.
Dentre esses sou apaixonada por Stray Kids, ITZY e ATEEZ e encerro com três clipes incríveis:
Back Door de Stray Kids:
Not Shy de ITZY:
Wave de ATEEZ:
Existem mais divisões de gerações segundo a Idology, mas como o k-pop é um organismo vivo que ainda está acontecendo, fica difícil determinar padrões exatos. O importante é que o movimento continua; trazendo muita música boa, idols e coreografias incríveis para curtirmos.
Tati Balboa é publicitária especialista em psicologia transpessoal e marketing digital. Mas muito antes de ser essas coisas ela é uma fã incondicional de Saint Seiya, buracos de minhoca, reggaeton, música brega, disco music, 80s, doramas e k-pop. Seu passatempo predileto é criar fics na sua cabeça, lugar onde sempre encontra o Jay B, do GOT7.