A Revista AzMina, em parceria com o Coletivo Doroteia, mostra o cotidiano e o que pensam as MCs que produzem funk no Brasil.
A cada dia despontam no cenário musical novas MCs. Com letras escrachadas e conteúdo político, elas falam sobre machismo, sexo, racismo, autocuidado e a vida na periferia. Ao falar sobre temas como empoderamento feminino, putaria lésbica, funk e feminismo, periferia, poder sobre seus corpos, liberdade na dança e no sexo, essas MCs se encontram e criam também no funk um espaço para fala e reconhecimento.Para revelar mais sobre esse universo pouco conhecido e muito questionado, a Revista AzMina em parceria com o coletivo Doroteia, produziu o documentário “Funk de Mina”. O vídeo, que está disponível no youtube, trata de funk e feminismo, mostra o cotidiano e o que pensam as MCs que produzem funk no Brasil.“Eu comecei a cantar funk tem dois anos, mas sempre ouvi funk e eu amo funk. Mas a partir do momento que eu vejo que essas letras não me representam, eu vou falar a minha verdade, o que eu quero que as pessoas escutem, especialmente as mulheres e os LGBTs”, conta MC Deyzerre.Sem medo de levantar a bandeira da igualdade de gênero, as MCs se reconhecem nas letras e músicas feitas por mulheres. O documentário “Funk de Mina” conta com entrevistas com Alexandrina Roberta (MC Mano Feu), a produtora cultural Andressa Oliveira, Carolina Lourenço (MC Carol), Jiheslen Moraes (MC Baronnesa) e Tatiane Deize (MC Deyzerre).
“A gente vê muito funk falando mal da mulher: que ela tá fedendo, que a mulher tava cabeluda, que ela não sabe fazer, mas a gente não ouve falando que o cara brochou, é fraco, propaganda enganosa. E aí eu venho e falo isso”, diz MC Carol, cantora de funk carioca que encontrou nesse cenário o espaço necessário para falar das dificuldades de ser mulher, negra e gorda. Suas músicas costumam inverter papéis comuns do funk (e da grande maioria dos gêneros musicais), trazendo a mulher como protagonista dessas histórias.O documentário “Funk de Mina” tem reportagem e realização do Coletivo Doroteia e coordenação de Carolina Oms.
Coletivo Doroteia – Em 2017, as fotógrafas Daniela Agostini e Gabriela Portilho decidiram reunir suas afinidades e paixões para contar histórias. A motivação do Coletivo Doroteia é fomentar a multiplicidade de vozes dentro da fotografia documental independente, trazendo dentro de narrativas poéticas e atmosferas ficcionais histórias feitas e contadas por mulheres.
Carolina Oms – Carolina é jornalista formada pela USP. Em São Paulo e em Brasília, cobriu economia, política e judiciário para o jornal Valor Econômico. É diretora executiva da Revista AzMina, além repórter, fazedora de playlists e sofredora por antecipação.
“O funk é mais uma manifestação cultural, afro, preta!”. Assista agora o documentário “Funk de Mina” e descubra como essa manifestação cultural pode ser feminista
Jornalista, Especialista em Gestão da Comunicação e Mestra em Análise do Discurso. Rpgista de longa data, trekker (Vida longa e próspera!) e whovian (Allons-y!)… Gosto da natureza, de literatura, HQs, cinema, séries de TV, rpg, board games, de música boa (rock and roll) e de nerdices em geral! Adoro preparar quitutes e receber os amigos. Insisto em ser feliz e sou altamente convivível! E amo o Leo – o maridão e personal-particular-chef!!!