Lonely Hearts Club (Elizabeth Eulberg, editora Intrínseca) conta a história de Penny Lane, uma adolescente de 16 anos filha de um casal fanático por Beatles (cêjura?).

Cansada de se decepcionar com romances, ela decide que nunca mais irá namorar e que todos os homens representam o inimigo, exceto por John, Ringo, George e Paul, é claro.

Inspirada em seus queridinhos, ela funda o Lonely Hearts Club. Um clube só seu. Um clube para pessoas cansadas de terem seus corações partidos.

De acordo com que suas amigas ficam sabendo sobre as decepções amorosas de Penny, a identificação é certeira e elas passam a fazer parte do clube. As regras são claras: elas não podem namorar ninguém pelos próximos dois anos do colégio, porque, bem… Porque eles são garotos. E garotos são cruéis.

Por um bom tempo tudo isso funcionou muito bem: as meninas se reuniam aos sábados e o número de participantes cresceu tanto que elas já tinham que juntar mesas no almoço, no refeitório da escola, para que nenhuma ficasse de fora. É claro que com essa popularidade, há quem se aproxime para se aproveitar da situação.

Acontece que sem planejamento ou previsão nenhuma, as coisas começam a mudar. Penny começa a se sentir atraída por um amigo e, mesmo resistindo, ele também demonstra gostar dela. Além disso, ela acaba descobrindo que o cara pelo qual uma de suas amigas é apaixonada há anos corresponde esse sentimento. E não seria justo atrapalhar a chance de uma delas tentarem ser feliz. Inclusive da própria (e resistente até o fim) Penny Lane.

lonelyheartsclub

Lonely Hearts Club é aquele tipo de livro que nos leva de volta à nossa adolescência e a todas as vezes que quebramos a cara e prometemos nunca mais usar dessa droga de novo agora a gente pega e não apega. Por sorte a gente amadurece e passa a encarar os relacionamentos com mais sabedoria (ou não ¯\_(ツ)_/¯).

Seu clube, no final das contas, não se tratava só de não namorar garotos do colégio. Tratava de amizade, de ensinar suas amigas que não é bom ou saudável tornar um namorado o centro do seu universo. Seu clube é sobre amizade e sobre dar chance às pessoas, dar conforto e apoio para que cada uma de suas amigas se assumam como são.

Recomendadíssimo para ler naquele domingo entediante, gostando ou não de Beatles (e se você gosta: vale uma mixtape com as músicas que abrem cada capítulo).

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