E se o mundo virasse de ponta cabeça?

A dica de anime de hoje é um tanto quanto… maluca 😀

Gate: Jieitai Kanochi Nite, Kaku Tatakaeri se passa no distrito de Ginza, em Tóquio. Misteriosa e repentinamente, aparece um portal por lá através do qual surgem monstros, cavaleiros da idade média e seres mágicos e fantásticos que matam as pessoas por lá. O governo envia um grupo de soldados das Forças de Defesa Japonesa liderados pelo soldado Youji Itami que são enviados ao outro lado do portal para tentar descobrir de onde ele vem – e mais: como fechá-lo. Logo que passam para o lado de lá, eles encontram cidadãos sendo atacados por um dragão. Uma elfa, oriunda do mundo mágico, os ajuda e se junta ao grupo, buscando por respostas. Para  as grandes potências, um portal para um mundo desconhecido pode ser a chave para a dominação mundial, mas para nossos heróis, é uma oportunidade única de aumentar seus conhecimentos, amizades e perspectiva sobre o mundo.

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Análise Técnica

O que chama a atenção em Gate é sua motivação política. Quando Youji Itami é promovido ao cargo de primeiro tenente, ele é enviado com seu grupo para explorar a Região Especial do portal. Neste paradigma, aparecem as motivações políticas para descobrir quem criou o portal e por quê. Essencialmente, o governo japonês (e a maioria dos outros que são mencionados, como Rússia, China e América) vê a região especial do portal como uma área colonizável, já que após ingressarem no portal, verificaram que esse novo mundo ainda se encontrava na era medieval, com tecnologia arcaica – e, portanto, sem força suficiente para combater uma colonização de exploração. Entretanto, como sabemos que um povo colonizado raramente é um povo feliz,  as Forças de Defesa Japonesa decidiram implantar a colonização comprando a confiança dos nativos, disponibilizando a eles produtos japoneses modernos (ALÔ POVO DE PORTUGAL DE 1.500!)

Youji Itame <3
Youji Itami <3

O protagonista é, de fato, um herói. Isso se nota desde o primeiro episódio e com muita ênfase quando uma aldeia é destruída por um dragão de fogo e Youji Itami leva os sobreviventes (em grande parte crianças órfãs) de volta para a base do exército para ficarem a salvo. Além dele, há outros personagens fortes no grupo. Uma delas é Kuribayashi, uma das pouquíssimas mulheres do grupo militar, de personalidade forte e marcante. A amargura dela é bem aliviada pelo elfo Tuka, a sacerdotisa Rory e a princesa Pina… Co Lada. (SIM, esse é o nome dela) 😛

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E falando em exército… É de se esperar que o anime seja um tanto quanto violento. Em vários sentidos. Existe muita brutalidade e sangue nos animes e, além disso, existem algumas cenas perturbadoras, como, por exemplo, a amostra de como o sexo funcionava como uma mercadoria. Essa parte do anime acaba desmoronando um pouco a ilusão de que a terra da fantasia não é um sonho como muitos pensam… Apesar disso, existem momentos de humor bem acentuados para quebrar um pouco esse clima. Essas cenas são presentes no anime, mas são retratadas com muito mais sutileza do que no mangá. Nele, as cenas são mais intensas, há a presença de violência gráfica explícita e nudez. Caso queiram ver algumas cenas, clique na caixa de spoiler abaixo:

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A trilha sonora combina muito com o anime, com destaque para a opening. A música traz aquela magia toda que você só poderá sentir do outro lado do portal. Confira:

Vale a pena?

Gate poderia ser visto como uma forma de glorificar as forças armadas do Japão, mas também pode ser visto como uma história de culturas colidindo e tentando se dar bem (ou não), ou, ainda, apenas como uma história sobre um soldado descobrindo que existem criaturas lindas e fofas, mas também os dragões perigosos. Na verdade, é uma ótima maneira de esgueirar referências de momentos históricos em um anime.

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Gostou? Você pode assistir online aqui e baixar aqui. Você pode ler o mangá aqui!

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