A síntese de como fazer uma saga incrível em apenas 2 volumes!
A história de All you need is kill se passa em um tempo de devastação, com o mundo sendo atacado por uma ameaça alienígena conhecida como “Mimetizadores”, grandes máquinas de processamento extremamente evoluído que matam os humanos e destroem o meio ambiente.
Dentro desse caos, várias equipes militares em todo o mundo são destacadas e treinadas para combatê-las. No Japão, a base militar de Kiriya Keiji irá combater a próxima invasão que se inicia, mas nosso protagonista ainda é um menino cheio de medos que não se sente preparado para tal desafio.
No seu oposto, a base recebe Rita Vatrosky, a “deusa da Guerra”, a “Valquíria”, um mito que já matou centenas de Mimetizadores em diversas batalhas e se destaca frente a todos os homens nos combates. Rita é uma lutadora diferente e acaba se tornando o referencial de Keiji.
Pronto, temos um enredo de ação emocionante. Mas o que encanta nesta história são os questionamentos do pano de fundo. O que o tempo é capaz de fazer conosco – de bom e de ruim? Quantas batalhas são necessárias para entender nossos próprios limites e aprender a superá-los?
Keiji responde a essas e outras perguntas aprendendo a morrer e voltar a viver do mesmo ponto, sempre 30 horas antes, testando a si mesmo em combate. (MAS ACALME-SE! Isso não é um spoiler! Acontece logo nas primeiras páginas e consta em sua sinopse oficial) Em sua primeira batalha, ele recebe o ~dom~ de ficar preso num loop temporal que se repete até que ele consiga sobreviver. E, para isso, tudo o que ele precisa é matar: os Mimetizadores, os seus medos, as suas fraquezas. Mas, consequentemente, também sua humanidade, sua vontade de viver.
Neste ponto, é crucial aprender a lutar com Rita. Que vida pregressa motiva a “Deusa da Guerra” a lutar tão enfurecidamente sem perder o ímpeto?
Para quem já assistiu No Limite do Amanhã, o enredo parece familiar? Sim, o filme foi inspirado no mangá ~ mas dizem que o toque hollywoodiano tem o dom de distorcer as coisas, néam? Entonces, não se deixem levar pelas críticas ao filme. E, se você gostou, melhor ainda, vem que é sucesso com selo GG de garantia 🙂
É incrível que tudo isso se desenrole em apenas 2 volumes. É esse formato enxuto que faz com que cada página seja uma parada cardíaca ou uma explosão cerebral. A JBC mandou muito bem trazendo o título pro Brasil, com roteiro de Sakurazuka Hirosh e ilustrações de Takeshi Obata (figurinha conhecida de Death Note – sucesso certo).
Keiji e Rita me deram um up e me ensinaram bastante. Li numa semana de batalhas pessoais (e TPM) e é impossível separar minhas impressões do efeito que me causou: esse mangá tirou meu fôlego e me deixou com a faca nos dentes.
Agora alguém me dê um machado que vou ali destruir umas coisinhas na falta de máquinas gigantes.
Social Media desde o mIRC, Jornalista de formação e Geek pela curiosidade sem fim. Baiana, tagarela, aloka dos apps e leitora voraz amante de HP. Sua cabeça é uma página do Chrome com oitenta e seis abas abertas. Anda procurando o portal pra Wonderland, mas até agora só achou o Coelho.
