Hoje venho mostrar um pouco sobre um estúdio independente do Rio de Janeiro, a Double Dash Studios e seu mais novo jogo, a Super Stella S2. Um jogo com estética retrô todo feito em pixel art, dando um ar saudosista dos jogos de SNES. Por enquanto o jogo não tem em modo história, só o survival, mas eles já estão providenciando isso, rs.

Vejam abaixo o vídeo do gameplay:

[youtube_sc url=”http://www.youtube.com/watch?v=zlbFVRteiig”]

Ficaram curiosos? É claro que eu deixei o jogo aqui para vocês experimentarem! É só clicarem nesse link e divirtam-se 😀 Abaixo eu deixei o funcionamento do jogo, objetivos etc

Pôster do Survival

Seu objetivo é eliminar os inimigos de cada sala e sobreviver pelo máximo de salas possível. (simples e direto rs)

– O personagem pode correr, pular e dar um dash, que é um movimento em alta velocidade pra frente ou pra baixo. Quando pular , o personagem terá um movimento extra no ar, podendo ser um pulo ou um dash extra. Quando golpear um inimigo ou um objeto , caso já tenha gasto o movimento extra, receberá um novo movimento pra usar.

– A energia do personagem está constantemente caindo. Para recuperar a energia, O jogador deve atingir inimigos com a espada ou matá-los usando uma arma. O personagem pode morrer tanto de falta de energia quanto de sobrecarga. Para gastar energia, você pode receber ataques ou lançar um ataque especial.

stella_megadrive_wip2
Capa do jogo versão Mega Drive

Eu que não sou boba nem nada, fiz uma pequena entrevista com os irmãos Lucas e Pedro Thiers, um dos idealizadores da Double Dash, para nos dizerem um pouco sobre como tudo começou, projetos em andamento e a opinião deles sobre o mercado de jogos no Brasil. Saca só:

Thiers_brothers

 

COMO COMEÇARAM O ESTÚDIO?

Depois que tivemos a oportunidade de fazer um pequeno jogo para aparecer no programa da Ana Maria Braga ( que , para nossa surpresa,adora videogames! ) , nós achamos que era um bom momento pra consolidar um grupo e começar a correr atrás de outras oportunidades.

QUAIS ESTÚDIOS/PESSOAS QUE TE INSPIRAM?

Edmund McMillen , responsável por jogos como Super Meat Boy e Binding of Isaac ;
Tim Schafer , responsável por Full Throttle, Grim fandango e outros jogos geniais;
Paul Robertson , um animador 2D que trabalha com pixel art e é uma das minhas maiores influências nesse quesito;
Valve, pelo carinho em todas as áreas de desenvolvimento e dinâmica de empresa única;
Pixar, pelo dinamismo e carinho na produção.

DIFICULDADES QUE PASSARAM:
Organização. Nosso problema é sempre organização. Seja de tempo, do trabalho remoto de todos, das outras etapas da vida… Não que sejamos desorganizados, mas todos estamos aprendendo nossos limites e como encaixar a DD no resto da vida.

DIGAM UM POUCO MAIS SOBRE ALGUM PROJETO EM ANDAMENTO:
Estamos trabalhando no Super Stella S2 agora, que começou no Global Game Jam desse ano, mas nos empolgamos tanto no projeto que resolvemos continuar.É um jogo 2D de ação-plataforma feito em pixel art. Estamos puxando muita referência de jogos antigos que tinham um nível de desafio elevado, mas ao mesmo tempo estamos trabalhando pra deixar o jogo com uma agilidade e um dinamismo mais comum em alguns jogos de hoje em dia. Esperamos que seja um jogo que recompense bem a habilidade e esforço do jogador. Estamos completando um modo Survival do jogo que vai ficar disponível gratuitamente na Web para quem tiver interesse. É uma demonstração das mecânicas principais do jogo, mas não de todos os aspectos que haverão no modo história que vamos começar a desenvolver.

FERRAMENTAS/PROGRAMAS QUE UTILIZAM PARA FAZER OS JOGOS:
Usamos o Construct 2 pra criar alguns protótipos e experimentar mecânicas, e estamos usando o Unity 3D pra desenvolver os jogos, porque nossos programadores são mais habituados e por causa da facilidade de portar para diversas plataformas.

JOGOS QUE INSPIRAM O ESTILO DA DD:
Nós gostamos muito dos antigos da Nintendo, enquanto o Jandê é mais da SEGA e o resto do pessoal é meio neutro. Preferimos os jogos que tem mecânica mais envolventes e que recompensam a habilidade. Jogos como Megaman, Wild Guns, Strider, Flashback, Out of this World e Wonderboy estão entre os favoritos.

O QUE ACHAM DO CENÁRIO DE GAMES NO BRASIL?
Levando em consideração os projetos que tem aparecido por aí e as pessoas que tenho conhecido nos eventos que reúnem os desenvolvedores brasileiros, eu diria que é um cenário promissor. São pessoas muito criativas e esforçadas, com projetos ótimos que estão começando a receber a atenção que merecem! O mercado está expandindo de forma satisfatória, embora ainda existam os problemas de custo que desencorajam um pouco as empresas estrangeiras a se estabelecerem aqui, e gente achando que game não é cultura. Mesmo com essas adversidades eu diria que estamos num caminho muito bom.

QUAL É A DICA QUE DARIAM PARA QUEM QUER COMEÇAR UM ESTÚDIO DE GAMES? Double Dash Capa (1)
Não espere até completar uma faculdade pra começar a se envolver. Nós já experimentávamos ferramentas simples tipo RPG maker quando tava no colégio, e assim que botei o pé na faculdade comecei a correr atrás de qualquer grupo ou pessoa que tivesse um mínimo envolvimento ou interesse na área. E ainda assim não estou nem no começo!
A melhor forma de aprender a fazer jogos é tentando fazer, por mais que a gente falhe em um monte de projetos antes de começar a ter um resultado satisfatório, não existe forma melhor do que tentando. Temos Game Jam, Ludum dare, One Game a Month e um monte de outros desafios interessantes, vários fóruns com pessoas interessadas .
E também tem que estar disposto a abrir mão das horas de lazer pra poder se dedicar. Fazer um projeto sair do papel pede muita dedicação e tempo. É bem mais fácil jogar a criação de outros do que criar algo para outros jogarem.

Curtiu? Quem quiser acompanhar o andamento do projeto é só ir na página do facebook deles!

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