Com sua história? Jogabilidade? Gráficos? Tudo?
Confesso que, após o lançamento de God of War 3, eu achei que a saga de Kratos ficaria por ali mesmo, na mitologia grega. Com o anúncio de que o quarto volume da saga viria à tona, todos se alvoroçaram e a internet pirou, mostrando o quanto a trilogia até então tinha conquistado os corações dos jogadores.
Definitivamente, a saga se superou, e parece que estamos em frente à maior obra prima da Sony.
História
Sei que estamos acostumados com Kratos e a mitologia grega, toda aquela coisa de “this is Sparta” e tal, mas desta vez Kratos está em um novo reino (Midgard) tentando levar uma vida normal, já que ele tem até uma família (PASMEM).
O grande foco da história é a relação com seu filho Atreus, que se mostra bem dura e recheada de críticas feitas pelo protagonista, o que muitas vezes se agrava pelo sentimento de luto pelo qual passam os dois personagens, que perderam a figura da mãe e esposa que tinham no lar. Em certos momentos, me senti constrangida por alguns comentários feitos por Kratos a seu filho, mas tudo isso se relativiza quando eles unem esforços para realizar o último desejo da mãe/esposa: levar suas cinzas até a montanha mais alta do local.
Durante o desenrolar da história, vemos os esforços de Kratos para tentar esconder sua origem de seu próprio filho, muitas vezes sem sucesso, diante da esperteza de Atreus, apesar de sua pouca idade. Além disso, o pequenino é bondoso, diferente do deus da guerra, e justamente esta característica do filho acaba fazendo com que Kratos pondere um pouco sobre seus posicionamentos.
Além disso, temos o desenvolvimento dos personagens secundários, em especial dos irmãos anões e ferreiros, que muitas vezes são engraçados, compensando o clima intenso da relação dura entre Kratos e Atreus. Estrategicamente, eles são os responsáveis por melhorias em equipamentos, o que acaba criando um vínculo maior entre os personagens, e por isto a participação deles é mais marcante.
Jogabilidade
Muitas mudanças ocorreram, e elas foram muito bem vindas.
A primeira delas, que você verá logo de cara, é a mudança da câmera. Desta vez, foi usada a single shot, de modo que a câmera fique sempre apontada para o protagonista, sempre em terceira pessoa, o que ajuda bastante durante as batalhas.
Falando em combate, somos apresentados à segunda maior mudança: o Leviatã, a mais nova arma de Kratos, um machado que funciona como um bumerangue (talvez tenha uma certa inspiração no deus nórdico Thor, que usa um martelo que também retorna a suas mãos). Este machado tem propriedades de gelo, por isso pode ser usado para congelar inimigos e para resolver os quebra-cabeças durante o jogo.
Sem o machado, você pode atingir os inimigos com golpes físicos e com o escudo, o que também gera bastante dano. Mas não se esqueça de se esquivar: este movimento é muito importante durante o jogo (acreditem).
Outra grande mudança foi o sistema de evolução para melhoria dos aspectos de combate das armas e armaduras.
Antes, precisávamos coletar orbs, mas agora, com as lutas e missões, ganhamos experiência suficiente para realizar os aprimoramentos necessários. Além disso, você poderá equipar talismãs para ganhar habilidades extras, ou usar o hacksilver (dinheiro do jogo) para comprá-las.
Visual
Nota mil para o visual de God of War!
Os cenários são incríveis e recheados de detalhes, contando com efeitos singulares de luz e sombra. Em minha opinião, podemos inclusive compará-lo com a beleza dos cenários de Horizon Zero Dawn. Além disso, temos uma ótima estratégia para apreciar cenários extras através da realização de missões adicionais, que se valem de caminhos alternativos para revelar a beleza de cenários diferentes.
Este detalhamento todo também faz seu papel durante as batalhas, especialmente nos detalhes dos golpes e no sangue fluindo das feridas causadas por eles.
Dublagem e trilha sonora
Normalmente, costumo jogar no idioma original do game, mas confesso que God of War mudou minha perspectiva sobre o assunto, contando com Ricardo Juarez dublando, novamente, o protagonista Kratos, valendo-se de uma voz mais encorpada pela idade que o aflige, e Felipe Volpato como Atreus, o sidekick mais importante dos últimos tempos.
A trilha sonora é incrível, especialmente durante as batalhas. Há também alguns momentos silenciosos, o que revela a maestria com que os efeitos sonoros foram utilizados.
Veredicto
God Of War é um dos poucos jogos que ultrapassa a expectativa. Todas as mudanças foram muito bem vindas e demonstram uma nova perspectiva de jogo, seja no que se refere à história, seja em relação à jogabilidade e gráficos.
É minha gente, God of War realmente é uma arma valiosa para a Sony!
Devoradora de livros e ávida consumidora de séries.
