E que, obviamente, não é legal ser xenofóbico.
Desde o início, os quadrinhos sempre refletiram o cenário político em que foram criados. O nono volume da HQ Lois Lane não é uma exceção, pois a série continua a abordar os campos de fronteira do mundo real da América e os debates sobre imigração. Enquanto visitava uma instalação de Imigração e Alfândega (ICE), Lois Lane aponta o que ela vê como a hipocrisia do governo dos EUA – uma vez que alguns dos heróis mais poderosos da Terra, incluindo Super-Homem ou Mulher Maravilha, são tecnicamente ‘imigrantes sem documentos’.
Alguns dos heróis mais fortes e conhecidos da DC nasceram em diferentes nações, isso sem falar em diferentes planetas, tendo cidadania temporária ou não nos Estados Unidos. Como todo fã sabe, Superman nasceu em solo estrangeiro antes de ser enviado para a Terra após a destruição de seu planeta. Apesar de ter sido criado (e adotado) pelos Kents, nunca foi informado anteriormente se Clark era um cidadão documentado ou não. Agora a HQ de Lois Lane, onde ela é publicamente casada com Clark, levantou a questão e parece ter confirmado que ele não tem documentos oficiais.
Na HQ, a tentativa de Lois de ajudar uma família sob a custódia do ICE não sai como planejado e ela se culpa pelo que aconteceu e, ainda por cima, descobrir que a mãe sequer sabia onde seus filhos estavam sendo mantidos. Enquanto Lois tenta confortá-la, os guardas enfatizam continuamente que nenhum contato físico é permitido, antes de expulsá-la do local.
Lois tem uma participação pessoal no que está acontecendo com os imigrantes sem documentação que estão sendo detidos pela ICE. Como ela menciona na edição, ela está fazendo isso porque esse grupo de imigrantes deveria incluir o próprio Super-Homem e os outros heróis que trabalham para manter o país (e o mundo) em segurança.
Nem todo mundo tem a sorte de ter superpoderes como o Super-Homem para lutar contra a injustiça, e Lois pretende fazer o possível dentro de sua função como jornalista para ajudar os imigrantes.
Fonte: Screenrant
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Débora é musicista, professora de artes, pesquisadora de sociologia de gênero. Autoproclamada otaku-não-fedida e gamer casual. A alcunha de Liao veio de um site aleatório de geração de nomes japoneses (Liao é chinês, mas tudo bem).
