Orphan Black é uma série foda da BBC America, que já está partindo para a terceira temporada! Orphan Black conta a história da órfã (duuuh) Sarah Manning (Tatiana Maslany), que vê sua vida sofrer uma reviravolta quando dá de cara, em uma estação de metrô, com uma mulher idêntica a ela. A mulher se joga nos trilhos num suicídio inesperado e Sarah encontra uma chance de conseguir algum dinheiro. Beth Childs, a.k.a. a suicida, é detetive de polícia e Sarah resolve tomar seu lugar apenas para roubá-la. As coisas começam a se complicar quando a proximidade com a vida de Beth leva Sarah a se envolver em uma elaborada conspiração de clonagem humana.
Infelizmente, a série não tem tanto reconhecimento internacional quanto deveria. Apesar de que, de uns tempos para cá, isso tem mudado. Um exemplo claro disso é que no próprio Emmy tivemos um quadro com o Billy on the Street, em que o apresentador perguntava para as pessoas na rua se elas achavam que Orphan Black tinha sido “roubado” no Emmy. Isso porque a série – novamente – não teve nenhuma indicação ao prêmio, mesmo com os maiores portais de notícias internacionais reconhecendo a Tatiana Maslany (atriz principal de Orphan Black) como a maior revelação na TV.
Então vamos aos 7 motivos para ver Orphan Black.
1 – Representação feminina
Papéis femininos costumam ser rasos na televisão. Muitas vezes, eles estão lá para dar apoio ao personagem masculino principal.
Dai você fala “Afff, cala a boca. Game of Thrones só tem mulher foda!”. E eu lá disse que Orphan Black é a única série com uma boa representação feminina? Só estou falando que poucas são as séries que têm isso, e que devemos dar MUITO valor a todas essas poucas que existem.
2 – Sci Fi sem ser Sci Fi
Gosta de Sci Fi? Então beleza, você provavelmente vai curtir uma série sobre clones. Não gosta de Sci Fi? Beleza também, pois Orphan Black não é só sobre clones. Elas serem clones não é a parte mais importante da história, e sim como cada uma reage com isso.
Seria o mesmo que dizer que Breaking Bad é uma série para quem gosta de temas como química e tráfico de drogas. Não faz sentido, certo? Então, o mesmo vale para Orphan Black. Não tente rotular essa série como apenas uma série sobre clones.
3 – Imprevisível
Sabe aquela sensação que você tem assistindo Game of Thrones? Quando você está lá, de boa, achando que a história está indo pra um lado e de repente os desgraçados te jogam para outro e você fica em estado de choque sem saber o que ta acontecendo? Então, é tipo isso…em todo episódio.
É incrível como uma história está sempre muito bem amarrada na outra. Não há episódio perdido que você está só vendo por ver, as coisas acontecem rápido, elas evoluem logo. As dúvidas que você tem no piloto não tem mais nada a ver com as dúvidas que você têm no episódio final, todo minuto é bem aproveitado.
4 – Os Clones
Nós vemos nesta série quatro personagens principais representadas pela mesma atriz, e o único jeito disso não ficar uma bosta é se você tiver personagens com personalidades variadas e complexas.
Dai você pode até tentar comparar isso com United States of Tara, afinal a Toni Collette representava uma pessoa com múltiplas personalidades. Só que é bem esse ponto que você tem que prestar atenção: a Toni Collette era UMA pessoa, enquanto a Tatiana Maslany faz diversas pessoas, com outros sotaques, manias, jeitos… Afinal todas cresceram completamente separadas umas das outras.
5 – Poucos episódios por temporada
Isso não ajuda só na hora de ter um roteiro conciso, também ajuda bastante na qualidade técnica. Tudo é muito bem pensado e executado, o roteiro, a fotografia, a direção, a montagem, os efeitos…
E com isso, também não tem desculpa de que não tem tempo pra ver série nova. Já que acabou de acabar a segunda temporada (então a terceira só vem ano que vem), e são temporadas de apenas 10 episódios.
6 – Os coadjuvantes
A série não é feita só de uma atriz. Todo o resto do elenco também é foda. Na minha opinião, esta série não tem personagem fraca, cada uma tem a sua própria história, o seu próprio motivo de se envolver na trama. Você nunca terá certeza se aquela pessoa está falando a verdade, se ela é boa ou não. Na verdade, essa coisa de bom e mau é bem relativo aqui, e o questionamento moral não é algo exclusivo dos principais.
7 – Sexualidades
Hetero, homo, bi… Tanto faz a sua sexualidade, ela é bem representada na série. O legal é que ela é representada, mas sem ser o ponto mais importante da personagem. Aqui isso é apenas mais uma caracteristica, junto com tantas outras, como ser moreno ou ter olhos claros.
Tanto é que dá pra contar nos dedos as vezes que foi usada a palavra gay, bi, lésbica ou hetero.
Um dos motivos principais para isso acontecer é porque Orphan Black é canadense, e no Canadá essa questão da sexualidade já está bem resolvida dentro e fora da televisão.
Olha, vou ser bem sincera. Tem bem mais do que 7 motivos para ver Orphan Black, mas eu não vou listar tudo aqui senão fica longo demais.
É difícil explicar as razões para algo ser tão bom sem dar spoiler, então assiste logo a série e tire a sua própria conclusão. E aceite: Orphan Black não é igual a nada que você já tenha visto.
Mais perto dos 30, do que dos 20. Superviciada em séries, a ponto de abandonar a música para ficar escutando o áudio de séries enquanto trabalha. Dona de uma coleção de bonecos. Tem duas cachorras – uma ceguinha e uma cresceu um pouco mais do que o esperado. Por sinal, gosta mais de cachorro do que de muita gente por aí e muitas vezes é considerada mal humorada. É uma das fundadoras do Studio Ni, um estúdio de animação e live action e também tem uma marca de acessórios chamada Miniminou com a irmã.