Cinco personagens femininas fortes do universo Disney que não têm a atenção que merecem 🙂

Quando falamos em Disney e em personagens femininas, imediatamente nossas mentes se rementem às princesas, que estão sempre em pauta.

Para além do desenvolvimento delas, é importante que a gente valorize também outras personagens que acabam sendo deixadas de lado, mas que têm muitas características que se sobressaem.

Então, sem mais delongas, vamos a elas:

Nani Pelekai

Se tem uma coisa perceptível sobre essa personagem é que ela é muito madura e sábia para sua idade (19). Isso acontece porque ela teve que amadurecer muito rápido com o falecimento de seus pais, para ser independente e cuidar de sua irmã Lilo, de apenas seis anos de idade.

A gente sabe que cuidar de criança não é tarefa fácil, ainda mais uma que está lidando com o luto – que é algo que podemos perceber através das atitudes da pequena Lilo. E isso não invalida, de forma alguma, o luto que a própria Nani passa, em silêncio.

E, por falar em silêncio, em algumas cenas do filme percebemos que Nani tinha muitos troféus de surf e que é algo que ela faz muito bem. Então, podemos inferir que ela teria uma carreira bem sucedida, mas com a morte dos pais decidiu colocar o futuro de sua irmã à frente de seu próprio.

Nani está sempre tentando dar o seu melhor em cuidar da Lilo, afinal, não é fácil cuidar de criança, cuidar da casa e trabalhar. Algo que nós, mulheres, sabemos muito bem. Mas Nani faz isso com o coração. E além disto, ensina a Lilo importantes lições de vida, como ter responsabilidade por suas ações, não fazer piada das pessoas por causa das aparências e ter amigos que gostam de você pelo que você é. Além, é claro, de não morder as amiguinhas.

Megara

Megara é uma personagem livre e bastante independente. Por ser muito direta, objetiva e se valer bastante do sarcasmo, sua atitude é mal interpretada no começo do filme – e por alguns até o final dele – e faz com que a personagem passe por arrogante ou desagradável. Leia aqui nossa matéria sobre o paradoxo da mulher desagradável presente no universo da TV e do cinema.

Em sua primeira aparição, Megara já mostra sua independência e nos ensina que ser uma donzela não significa que você está, necessariamente, em perigo. Você pode muito bem cuidar de seus problemas sozinha.

Ela relata problemas com homens durante o filme. Seja aquele com quem ela se envolveu anteriormente, que a fez ter o pacto com Hades, seja o próprio Hades ou até mesmo o centauro que a encurralou no momento em que conheceu Hércules. Esta situação é muito bem explorada no filme porque já em 1997 vemos mensagens importantes vindas da personagem sobre o tratamento que as mulheres costumam receber de homens.

Inclusive, Megara até salva Hércules no final do filme, mostrando que as mulheres podem ser fortes e também podem fazer sacrifícios, e não somente ser aquelas pelas quais alguém se sacrifica.

Esmeralda

Esmeralda é uma personagem forte e muito convicta de suas opiniões, desde o início. Manifestava-se abertamente contra as acusações preconceituosas feitas por Frollo contra a cultura de seu povo e, justamente por estes posicionamentos, sempre era alvo de prisões e represálias. Apesar disso, jamais deu para trás ou desistiu de seus ideais, sacrificando sempre sua liberdade pela justiça.

Esmeralda também é alvo de uma paixão obsessiva por parte de Frollo (o que até dá um arrepio na espinha quando vemos a música “Fogo do Inferno”, quando aparece a silhueta da personagem nas chamas da lareira) e, apesar disso, não o teme. Aliás, ela parece ser a única que verdadeiramente entende a perversidade do personagem. E essa bravura é que mostra a Frollo que ele não possui domínio sob ela.

Esmeralda também nos ensina a gentileza. É uma das poucas a respeitar o Quasímodo, tratando-o com a humanidade que ele merecia, enquanto os demais o tratavam como uma aberração.  Além disso, a relação que ela tem com o personagem também nos mostra que nem todas as formas de amor e carinho tem que se relacionar com romance.

Audrey Ramirez

Apesar de Kida ser a heroína de Atlantis: O Reino Perdido, Audrey é tão incrível quanto ela. Explico: ela é chefe de mecânica numa expedição para encontrar a cidade perdida. Mais do que isso: ela é conhecida por ser a maior especialista em mecânica do mundo na época, uma área predominantemente masculina.

Ela também não segue o estereótipo de mulher delicada e não dá a mínima para isso. Isto não só pelas roupas que utiliza – que logicamente também se associam à profissão. Afinal, é bem difícil ser mecânica e fazer tudo isso numa mini-saia, mas também por seus movimentos e comportamento mais objetivo. E que fique claro: não há nada de errado nisso!

Além de tudo isto, Audrey também traz uma lição valiosa sobre humildade, já que a personagem tem muito orgulho de suas origens e de sua profissão. É bem importante entendermos que somos resultado de todas as experiências que vivenciamos, e jamais nos esquecermos de onde viemos.

Capitã Amélia

Conhecida como a melhor capitã “desta e de outras galáxias”, Amélia faz o que se propõe a fazer. Ela é independente, inteligente, e incrivelmente corajosa. Sempre muito educada, mas sempre com a autoridade que domina a conversa com os outros.

Ela frequentemente demonstra habilidades excepcionais como líder e como capitã, navegando, mostrando que lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive dentro de navios. Há uma superstição bem antiga de alguns povos europeus de que mulheres dentro de navios traziam azar. Pois bem, Amélia é a prova viva de que, de fato, é uma superstição.

E, dentro deste ambiente predominantemente masculino, Amélia não se importou com os opositores que diziam que ela não tinha as habilidades necessárias para comandar uma equipe – em vez disso, ela definitivamente prova o contrário, né?

Curtiu? Então confira 5 Lições positivas aprendidas das personagens “não-princesas” da Disney 🙂 .

Mindy

Devoradora de livros e ávida consumidora de séries.