Dois anos atrás, a Disney relançou sua própria versão adorável do romance icônico de Rudyard Kipling, com uma re-imaginação em CG de sua adaptação animada clássica (para muitos, o melhor live-action que a Disney já lançou). Mas agora outra adaptação da história de Kipling está a caminho, com uma abordagem muito diferente e totalmente sombria das leis da selva.
Dirigido por Andy Serkis (o ator que interpreta Smeagol em O Senhor dos Anéis), o filme contará com novos personagens, com e sem camadas de efeitos de computação gráfica. Mowgli coloca um foco maior na vida do herói protagonista (interpretado por Rohan Chand), explorando seu lugar dividido entre a sociedade humana e os animais que o criaram – um dilema bem parecido com a história original de Tarzan. No caso de Mogli, alguém que não se considera nem homem, nem lobo.
De qualquer maneira, essa variação mais obscura de PG-13 (sequências intensas de violência e ação, incluindo imagens sangrentas, e alguns elementos temáticos) será presumivelmente mais fiel ao livro original do que o desenho da Disney ou que o live-action de Jon Favreau em 2016. Mas, no final das contas, ainda é outro live-action/animado de drama e ação, ambientado no mesmo mundo e derivado do mesmo material de origem. Só que não haverão canções bonitinhas sobre “somente o necessário” aqui – o filme é definitivamente uma abordagem muito mais taciturna e realista do que o clássico da Disney. E mesmo que “histórias conhecidas em tom mais sombrio” já tenham virado tendência, ainda há muita novidade no que envolve a forma como Mowgli se desenvolverá a partir da perspectiva técnica do diretor.
Pelo trailer, que segue logo abaixo, a história avança um pouco além do que o live-action da Disney, mostrando a vida do menino anos após seu crescimento na selva, tendo de aprender a lidar com os hábitos humanos e ainda tendo que lidar com alguns problemas no mundo animal – como o fato de Shere Kan ainda não ter se dado como vencido, apesar de já derrotado em batalhas anteriores.
Achei simplesmente fantástico o tema do filme ser sobre a luta interna de Mogli com suas origens, tendo uma aproximação mais real com tribos da Índia. Pra alguém que cresceu maravilhada com o primeiro live action da Disney sobre Mogli, lá de 1994 – que era uma versão bem menos infantilizada, fico bem mais satisfeita de ver essa nova versão chegando.
Além de, claro, já achar os cenários do filme estonteantes.
Além disso, o filme já tem um impressionante elenco para habitar as criaturas da selva de Kipling (Cate Blanchett, Benedict Cumberbatch e Christian Bale, só para citar alguns). Resta saber se a parte de CG não vai deixar a gente na mão.
Mowgli chega aos cinemas brasileiros em 18 de outubro.
Texto traduzido e adaptado de: io9 | Forbes.
Débora é musicista, professora de artes, pesquisadora de sociologia de gênero. Autoproclamada otaku-não-fedida e gamer casual. A alcunha de Liao veio de um site aleatório de geração de nomes japoneses (Liao é chinês, mas tudo bem).