Entrevista com a editora Jambô e o editoral da revista em exclusividade!

Olá aventureiros,

Toda a terra (e Arton também) pararam para o grande anúncio do mês: A DRAGÃO BRASIL VAI VOLTAR! A revista que por tantos anos era a nossa maior fonte de informações e novos cenários sobre o RPG, o cantinho acolhedor em que muitos RPGistas desbravaram seus primeiros passos neste mundo de dados e personagens. Com suas 111 edições as histórias das revistas, o amor dos fãs e leitores chegam até os dias de hoje. (Inclusive vi umas pra comprar numa sebo na minha cidade, pretendo voltar lá)
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Tudo começou com a série Stranger Things, que não só aqueceu o coração de todos que jogam RPG como tinha a mesma fonte da revista antiga. Daí surgiu uma capa de brincadeira, que acabou virando uma edição especial de Stranger Things da Dragão Brasil.

Como muita gente ficou animada com essa edição especial nada mais justo do que ver a revista renascer através de um financiamento coletivo. Ele foi inaugurado essa semana e você pode conferir todas informações aqui: https://www.apoia.se/dragaobrasil

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Paladino de armadura de papelão mais fofo <3

E pra quem ainda tem dúvidas esse financiamento vai funcionar como uma assinatura de revista, você assina e vai estar pagando os seus sete reais (R$7,o0) todo mês pra receber o seu link pro PDF da Revista. A campanha já bateu todas as metas, ganhando novos artigos e até um PODCAST e existem recompensas muito bacanas pra cada valor de colaboração.

Mas vamos ao que interessa porque: TEM ENTREVISTA COM O TREVISAN RESPONDENDO AS NOSSAS PERGUNTAS!!!!!

Q.: O que os RPGistas que não acompanharam a revista durante seu tempo de vida passada vão encontrar de interessante? Como a DB vai dialogar com o novo público?

Trevisan: Há dois fatores básicos aí. Os jogadores mais novos só conhecem a “nossa voz” pelo material de Tormenta. E mesmo assim, nós, criadores originais, temos dado mais espaço para novos autores. Eu acho que essa galera tem a curiosidade de passar pela experiência de acompanhar a Dragão em primeira mão pela primeira vez.

Fora isso, são 11 anos desde que fizemos a última Dragão Brasil. Ainda que resolvêssemos só replicar o que era feito naquela época, somos pessoas diferentes, com uma década a mais de experiência e mais três editores (Leonel Caldela, Gustavo Brauner e Guilherme Dei Svaldi) com 40 edições de bagagem no comando da Dragon Slayer, sucessora da DB. O que fizermos daqui para frente vai refletir o que passamos nesse tempo todo.

Outro ponto é que há novos sistemas, novas experiências que não existiam naquela época e que serão de uma forma ou de outra incorporados nessa nova encarnação. Neste ponto a participação do público através do nosso grupo exclusivo para os assinantes do nivel Conselheiro-Mór é essencial. Também estamos em contato direto com autores e editoras bem atuantes no mercado no momento.

Só para ilustrar tudo isso, deixa eu te contar um caso que aconteceu num evento que eu e o Gustavo Brauner participamos aqui no litoral gaúcho há umas semanas. Fizemos uma palestra em que anunciamos a nova DB e falamos um pouco do projeto. No fim, um rapaz chegou para conversar comigo. Perguntou se eu tinha sido editor da Dragão, eu disse que sim e ele ficou todo feliz. “Mas você não tem idade pra ter comprado a Dragão!”, eu disse. E ele “Não comprei. Eu ganhei várias e li tudo! Vocês são foda. A Dragão não vai morrer nunca!”.

Acho que resume bem. 🙂

Q.: As adaptações são um clássico (e uma das melhores coisas da revista, se eu puder adicionar isso), mas novos sistemas vão fazer parte da pauta de vocês também?

T: Sem dúvida. A maior vantagem de toda a campanha é o contato com o público, então parte disso vai depender muito do que os apoiadores da Dragão querem ver nas páginas da revista. A outra parcela é se certificar do que pode ser feito em termos legais. Há editoras e autores que liberam qualquer tipo de material, há outras que adotam posições bem restritivas. Queremos fazer as coisas do jeito certo.

De uma forma ou de outra, as adaptações fazem parte do DNA da Dragão e estão mais do que garantidas.

Q.: A DB faz parte do passado de muitos de vocês, para o futuro, o que vocês esperam que ela realize?

T: Até poucos meses a gente não esperava nem que ela existisse! Dificil chutar, mas o nosso objetivo é que a revista seja um ponto de encontro. Um foco de discussão e divulgação do RPG no Brasil. O Guilherme diz desde o começo do projeto como essa coisa se perdeu desde o fim da revista. Há muito material legal em sites, mas não é algo sincronizado. Cada pessoa vê um artigo num dia diferente, num momento diferente e a discussão morre ou fica confinada a espaços menores. Isso muda com a Dragão saindo todo mês.

A revista também vai servir de plataforma para a evolução dos cenários da casa. A Gazeta do Reinado, que fazia parte da Dragon Slayer, mostra acontecimentos atuais de Arton e desenvolve alguns plots, por exemplo. Esse crescimento vai prosseguir no decorrer dos meses, servindo também para mostrar planos de longo prazo que já temos arquitetados.

Q.: Como foi a sensação e a LOUCURA de bater todas as metas da campanha em um dia e passar a ser a maior campanha de financiamento contínuo do Apoia-se? Vocês esperavam isso?

T: O Cassaro esperava! Ele dizia “A gente vai ter pelo menos uns 800 apoiadores, e a meta de oito mil vai cair fácil”. E eu, “Calma, Cap. Não é assim. Talvez demore meses para chegar nisso. A gente não sabe direito como esse troço funciona”. E a meta não durou 24 horas. Mas agora até as expectativas dele foram superadas. Já são mais de mil apoiadores/assinantes. Isso tudo em menos de cinco dias. Somos a campanha de financiamento coletivo recorrente mais bem-sucedida do Brasil, em todas as plataformas. É insano.

O desafio agora é manter o que temos e oferecer mais coisas. Estamos bem confiantes.

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Olha só que bacana as novidades que PAREM AS PRENSAS!! PAREM!!!!

NÓS RECEBEMOS A PRIMEIRA PÁGINA DA NOVA DRAGÃO BRASIL!!!

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Já dá até pra saber os editores e colaboradores <3

Não sobrou nem muito o que falar, é muita surpresa pra um dia só.

Mas se eu puder adicionar algo, vejo na nova Dragão Brasil uma chance de continuar o desenvolvimento bacana que o RPG tem tido. Diferente de outros tempos; em que era difícil termos material e acesso pra jogar; as streamings, materiais gratuito, novos sistemas saindo no país e a revista marcam uma época muito boa para se jogar e ler sobre RPG. Uma era não de ouro, mas de Smaug, eu diria. Estamos deitados sobre uma pilha de ouro e pedras de D20, e queremos todos jogando. <3

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