Uma sequência cheia de novas aventuras, confusões, batalhas e redenções.

Honestamente, nós nunca tivemos dúvidas de que Steven Universe Future seria uma fantástica continuação para a história criada por Rebecca Sugar. Porém, a forma como a série tem abordado a adolescência de Steven, deixando para trás o doce garotinho que acompanhamos por todos esses anos, é comovente. Ele quase sempre esteve certo, mas agora tem de lidar com a forma “errada” com que ele se sente.

*O texto a seguir contém spoilers sobre a primeira temporada de Steven Universe Future*

Em um texto fantástico para a io9, Charles Pulliam-Moore esmiuçou os motivos pelos quais ele acreditava que Pink Diamond era a vilã da década, e eu acho que essa temporada avança ainda mais a história na linha de sua teoria. Nós vimos os poderes de Pink causarem mal aos outros, como sua Pearl original, que foi parcialmente estilhaçada por sua causa, além das outras Rose Quartz, que foram aprisionadas por causa de sua semelhança com Pink.

Além da Pink, só porque as Diamonds não estão mais expandindo seu domínio imperialista, isso não quer dizer que todas as gems simplesmente vão começar a se comportar. Jasper ainda está profundamente frustrada e ferida por tudo, vivendo isolada apesar dos esforços de Steven para consertar as coisas. Bluebird Azurite, uma fusão de Aquamarine e de Ruby “olhinho”, ainda está furiosa por ter sido superada por Steven, e duas novas Lapis Lazuli que sabem que a guerra acabou continuam se divertindo enquanto destroem mundos, ou seja, não é só porque a colonização acabou que as coisas vão todas simplesmente voltar ao normal.

E qual seria o novo normal?

Isso é algo que todos estão tentando descobrir, especialmente, Steven. Em “Snow Day”, nós vemos que Steven continua crescendo, apesar de suas protetoras e companheiras ainda o enxergarem como o pequeno Steven, e o episódio é todo sobre ele tentando encontrar um equilíbrio entre quem ele era, quem é hoje e quem se tornará.

Little Graduation” e “Prickly Pair” mostram que Steven sente insegurança com relação a sua família e medo de perder o controle. Seus poderes são muito mais afetados pelas emoções, e com isso, podemos ver mais sobre o egoísmo e a dependência de Pink. Steven quer crescer, mas quer também controlar o crescimento de todos ao seu redor. Ele não consegue, e então precisa esquecer isso, o que provavelmente será um elemento explorado em grande parte da segunda metade da temporada.

Além da incrível narrativa, a animação é linda, e continua a oferecer uma das séries com mais diversidade na história da televisão. Em “Little Graduation”, conhecemos Shep – personagem não-binário com dublagem original de Indya Moore, também não-binária – casais canonicamente queer, com personagens de etnias diversas.

Sinceramente, Steven Universe Future é uma animação que indicamos para todos os públicos, porque a série é um raiozinho brilhante de luz em meio a um mundo realmente ruim e caótico.


Texto traduzido do The Mary Sue.

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